Cap 11°

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Eu me viro como uma bala, irritação no meu rosto, que imediatamente desaparece assim que meus olhos se encontram com os dele. Mais uma vez, eles parecem brilhar ao olharem para mim, como as diferentes facetas de um diamante.

Mellanny: Eu me senti excluída por vocês dois. Porque eu deveria ter ficado?

No começo, ele parece surpreso com minhas palavras, então um sorriso sorrateiro aparece em seus lábios perfeitos.

Peter: Você é ciumenta?

O que? Fico surpresa! Ele me dá um sorriso malicioso e fico atordoada e feliz por vê-lo tão relaxado.

Mesmo que sua pergunta me faça sentir realmente desconfortável...

Mellanny: Claro que não!

Eu me afasto, minhas bochechas vermelhas e rapidamente começo a andar pelo corredor, sem saber para onde eu vou...

Eu sou tão transparente?

Novamente, ele rapidamente me alcança e começa a andar de costas na minha frente. Mais uma vez, um sorriso vitorioso aparece em seus lábios, e eu o acho fofo e irritante.

Peter: Vamos para casa juntos. Está escurecendo, e ouvi dizer que monstros vagam na cidade à noite!

Olhando para ele sorrindo, não posso deixar de sorrir também. Quando o Peter está feliz, estranhamente eu também fico. Quanto mais tempo passo com ele, mais eu quero conhecê-lo. Seu passado, suas feridas... Eu quero saber tudo sobre ele. Quando estamos juntos, me sinto no meu devido lugar. Estou muito feliz por conhecê-lo. Bom para Mystery Spell sem muita esperança e, graças a ele, meu futuro parece muito mais brilhante. 

Está escuro enquanto voltamos para a mansão. O mesmo sentimento pode ser lido em ambos os nossos rostos. Alegria de ter passado um bom tempo juntos, esquecendo por um momento todos os nossos problemas...

♦♦♦

Estou arrumando o quarto da pequena Lorie, mas meus pensamentos estão em outro lugar. Faz alguns dias que conheci a Dorothy e que passei o dia com o Peter na biblioteca. O Peter ficou mais frio e distante como se ele tivesse se arrependido de se aproximar. Não entendo o seu comportamento. Com ele é sempre instável, não tem um meio termo.

Suspiro e continuo arrumando os assustadores bichinhos de pelúcia da Lorie. Quem a comprou todos esses brinquedos esquisitos? Foi o pai dela? Nunca o conheci, mas, aparentemente, ele tem gostos peculiares... Enquanto continuo refletindo, sinto pequenas mãos segurando minha cintura. Não a ouvi entrar.

Mellanny: Lorie, como foi o seu dia?

Lorie: O mesmo de sempre! As aulas são realmente chatas... Eu quero brincar!

Ela puxa minha mão e me obriga a sentar no chão. Ela é tão forte. Eu me pergunto como a Lorie se tornou uma vampira... Ela nasceu assim? Ou ela foi transformada quando era pequena? Ela coloca um Ken príncepe sem olhos e uma perna na minha mão. Ele quase não tem cabelo. Uma boca triste está desenhada em seu rosto. Ela não tem brinquedos fofos, ou pelo menos, um que não me façam querer fugir?

Ela escolhe uma princesa bonita, com longos cabelos vermelhos e um adorável vestido rosa. Ela tem os braços, os olhos e até as pernas!

Ufa, nem tudo está perdido!

Lorie: Esta sou eu!

Ela me mostra sua bonita boneca com um sorriso. Ela é muito fofa quando sorrir. Então ela aponta para o meu Ken inválido.

Lorie: E ele é o James, o menino que está me incomodando na escola, vamos brincar do jogo de se pendurar.

Eu me acostumei com suas brincadeiras sombrias. Sua infinita imaginação até me diverte às vezes. Eu me seguro para não rir. Ela aproxima a sua boneca da minha e aponta um dedo acusador para o meu pobre príncipe de uma perna só.

Lorie: Príncipe James, você cometeu crimes imperdoáveis.

Mellanny: Crimes, mas não fiz nada, ó linda e majestosa princesa Lorie!

Coloco-o de joelhos numa posição de mendicância. Eu sei que ela gosta de usar toda sua autoridade, e melhor que seja com a boneca do que comigo.

Lorie: Você ri da minha cara na frente de toda a corte, isso é um crime de alta traição!

Eu sorrio maliciosamente, com um desejo bastante desagradável de constranger a menininha.

Mellanny: Mas princesa, eu apenas fiz isso para chamar sua atenção!

Lorie: Porque você quer chamar minha atenção, seu pequeno Príncepe traidor?

Mellanny: Porque eu te amo, princesa Lorie!

A menininha deixa cair a boneca, as bochechas ficam vermelhas e a boca meio aberta. Ela é tão fofa quando reage como uma criança! Devo confessar que só fiz isso para vê-la ansiosa, e não é realmente para isso que sou paga...

Lorie: Mas... Eu... Pare de falar bobagem, Mellanny!

Mellanny: Mas não sou eu quem está falando, é o Príncepe James!

Lorie: O James não me ama, ele é malvado comigo!

Mellanny: Você sabe, os meninos são um pouco bobos, e às vezes é assim que eles mostram que eles nos amam.

A Lorie olha para mim, seus olhos piscando como se não pudesse entender minhas palavras. Eu mexo a boneca na frente de seus belos olhos de âmbar.

Mellanny: Você ainda vai me matar, princesa Lorie? Estou pronto para morrer por você, se necessário!

É quando ouço a porta se abrir atrás de mim. O Peter aparece, com sua habitual expressão impassível.

Peter: É isso que você quer ensinar a ela, Mellanny, que os homens podem morrer por amor?

Agora, é minha vez de ficar desestabilizada...

Mellanny: E porque não? O amor é o sentimento mais forte, somos capazes de qualquer coisa por amor.

Peter: Os seres humanos não são capazes de tais sentimentos.

Mellanny: Você está errado!

Peter: Pare de colocar idéias estúpidas na cabeça da Lorie, Mellanny!...

Nós nos olhamos um para o outro, ambos irritados. Em primeiro lugar, ele não deveria entrar inesperadamente, e em segundo lugar, ele não deveria me dar lições de moral na frente da criança! Somos interrompidos pelos soluços da menina. Nós a esquecemos.

Lorie: Viu só Mellanny! Eu lhe disse! Ele não me ama e nunca vai me amar. Eu sou um monstro! Ninguém gosta de monstros!!

Eu lanço um olhar de censura para o Peter. Ele se aproxima da Lorie e a pega nos braços.

Peter: Desculpe, Lorie, não deveria ter me deixado levar assim.

Ela se apega a ele como se fosse um salva-vidas, seu rosto coberto de lágrimas. Nós estavamos brincando silenciosamente e o Peter veio para dizer que o amor não existe! Que imbecil!! O Peter a pega em seus braços e a leva para a porta.

Peter: Nós vamos sair, você pode voltar para o seu quarto, Mellanny.

Ele simplesmente me dispensou, como se eu fosse uma criança. Não consigo acreditar no que estou vendo e ouvindo! Levanto-me rapidamente e passo por ele furiosamente. Eu o ouço suspirar atrás de mim. Eu o aborreço, eu o irrito, eu o incomodo?

Continua....

Is-It love? PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora