Capítulo 1-Um homem sem vida

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O inverno terminava em Unit, castigando a cidade com uma última onda de frio, que cobria a metrópole com uma densa névoa branca flutuando entre os prédios.

A noite havia chegado na cidade. As boates estavam finalmente abertas, e as filas atravessavam os quarteirões preenchidas por socialites e ricos metidos, que exalavam superioridade com suas roupas de grifes e risos agudos.

David falava mansamente nos ouvidos de uma bela dama de cabelos ruivos. A garota colocava suas mechas onduladas atrás da orelha enquanto gargalhava timidamente com as palavras maliciosas que o milionário a falava discretamente. O som da música abafava qualquer tentativa de conversação. A batida eletrônica trazia a vibe certa ao ambiente lotado, coberto de LEDs e mesas que tomavam a frente do open bar.

David sentava em uma poltrona isolada no canto da boate com a mulher em seu colo. Suas trocas de olhares transmitiam intensões para o que os aguardava naquela noite. A modelo se levantou caminhando entre a multidão, até um quarto nos fundos. Ela o fuzilou com um último olhar de provocação, até que ele se levantasse e a seguisse até lá.

Antes de chegar ao quarto, David sentiu seu celular vibrar em seu bolso. Ele hesitou em frente a porta do quarto, odiava ter que decepcionar sua acompanhante porém sua mente naquele momento foi desviada bruscamente a outros assuntos, tornando até fácil sua decisão. Ele entendia a urgência daquele chamado, e assim que olhou o celular teve que partir, atravessando o amontoado de pessoas até sair da boate movimentada. Em frente ao estabelecimento o esperava uma limusine preta de portas blindadas e castigadas pelo frio.

Assim que entrou, David olhou nos olhos de Charles pelo retrovisor, retirando seu smoking enquanto o carro partia.

— Você os achou?– Perguntou David.

— É um antigo restaurante na ilha. Foi fechado pela inspeção sanitária em 2028. Homens armados e prováveis reféns. É um tipo de armazém para produtos químicos. Tenha cuidado.

David retirou sua gravata e abriu o contêiner metálico em sua frente. O grande baú guardava seu novo uniforme, mais leve, mais resistente e simples. Seu visor havia sido melhorado, o sistema de monitoramento foi aprimorado e ganhado novas utilidades. David vestiu seu traje pouco a pouco, colocando as placas de metal e seu colam de kevlar(uma fibra super leve e resistente a fogo e constituída em fibra aço). As últimas peças foram as pistolas, carregadas com balas neutralizadoras. David pegou suas granadas e sua faça de combate, equipou em seu bolsos e guardou as armas no coldre. Seu traje estava completo. David meditou alguns segundos antes de colocar o capacete, como se fizesse uma prece. Quando o equipou sua figura justiceira estava completa. Seu olhos azuis se iluminaram, o livrando do peso de ser David waylol. Agora, ele era Justice!

Após alguns minutos dirigindo, Charles finalmente parou em um beco escuro ao lado do prédio alvo

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Após alguns minutos dirigindo, Charles finalmente parou em um beco escuro ao lado do prédio alvo. O restaurante estava claramente ocupado, e rodeado por uma cerca improvisada. O prédio emitia luz e evidências de ocupação por todo ambiente ao redor. David estava devidamente vestido, abriu a porta do carro e a bateu novamente dando a deixa para que Charles desse partida e fosse embora. Ele seguiu discretamente até o prédio, se esgueirando entre as janelas até observar o ambiente interno com sua visão ampliada. O estabelecimento estava sujo, havia mesas e cadeiras espalhadas pela sala de entrada, todas quebradas e empoeiradas assim como outros móveis velhos que permaneceram no local. Havia 10 guardas armados na entrada, David já havia enfrentado mais, treinou cada vez mais desde que enfrento Philippe, sua técnica foi aprimorada, aprendeu a manter o controle quando saía nas ruas, tinha aceitado aquele mundo como seu e se tornou uma verdadeira imagem de vigilância. Porém, ele sabia os perigos da confiança e em poucos minutos tramou seu plano de entrada.

Justice II- Halloween Maldito.[Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora