Prólogo

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- Saía de onde você está! - Uma voz de homem fez se ouvir em um pequeno apartamento, na cidade de Nova York. Em algum lugar naquele mesmo espaço um jovem garoto de apenas sete anos se encolhia tremendo de medo.

- O que está havendo aqui? - Dessa vez uma mulher falou, sua voz mostrava exaustão. Um barulho de porta fechando e passos andando rumo a cozinha, foi ouvido pelo menino ainda encolhido, atrás do seu armário.

- É aquele verme que você chama de filho. - O homem respondeu, sua fala estava arrastada, como se ele estivesse embriagado, o que notoriamente é o caso. - Traga-o aqui para ele aprender uma lição.

- Deixe-o Gaby. - A mulher pediu.

- Não me fale o que fazer mulher! - Ele rosnou, e um estalo foi ouvido, logo após um choro feminino foi ouvido. - Vá buscá-lo ou seu rosto ficará inrreconhecível. - Aquilo pareceu deixar o menino com raiva, lentamente ele caminhou para a cozinha e avistou o casal.

- Não toque nela novamente, seu porco! - A criança rosnou. Seu olhos antes um verde-mar cristalinos, agora estavam escuros, como o mar numa tempestade. A mulher o olhou temerosa, seus olhos gritavam para o menino correr, já o homem o olhava numa mistura de raiva, nojo e diversão.

- E você vai fazer o que se eu fizer isso? - Ele perguntou.

- Eu vou matá-lo. - O menino falou calmo, mas seus olhos demonstravam o extremo oposto. O homem riu ergueu a mão e deu o tapa nas costas da mulher, que tombou para frente. Ela bateu a cabeça fortemente no chão, a fezendo desmaiar.

- Ops! - O homem falou, o garoto andou até sua mãe e colocou sua mão em frente ao nariz dela, percebeu que apesar de lenta a respiração ainda se fazia presente. Com um suspiro aliviado ele se voltou para o lixo que estava na frente dele gargalhando. O moreno voltou seus olhos para a mesa a seu lado, avistou uma faca de açougueiro bem alí. Sorrindo de um jeito estranho e até perturbador o menino pegou a faca e deu alguns passos em direção ao homem. - Você acha mesmo que vai me matar? - O ser o perguntou debochadamente. O jovem não respondeu apenas ergueu a lâmina e desceu sobre a perna do homem, este caiu no chão tentando estancar o sagramento. - Seu idiota, eu sou mais forte que você eu que irei matá-lo!

- Você deveria saber que eu nunca descumpro minha palavra. - O menino falou sem qualquer emoção na voz, ele ergueu novamente a lâmina e fez um corte profundo no pescoço do homem, que deitou no chão agonizando. - Espero que tenha uma ótima estádia no submundo. - O moreno falou sorrindo. Ele se voltou para a sua mãe que estava inconsciente no chão, ele sabia que a polícia acharia que foi ela que matou aquele verme, mas ele não deixaria isso acontecer, ou ele não se chamava Perseu Jackson. O garoto caminhou para sala e pegou o telefone discando o número da emergência.

- Olá, com quem falo? - Disse a atendente.

- O-oi aqui é P-perseu. - O menino respondeu fingindo choro.

- Qual a emergência? - A mulher falou.

- M-meu padrasto, e-ele tentou matar minha mãe e eu... - Ele fungou. - Eu c-consegui impedi-lo, mas m-minha mãe d-desmaio no processo, e ele e-está sangrando muito. S-será que eu o machuquei?

- Acalme-se Perseu estarei enviando uma equipe para aí agora, logo você estará a salvo. - A mulher falou confiante.

- O-obrigado. - O menino desligou, limpando as falsas lágrimas. Ele se aproximou da mãe virando seu corpo com um pouco de esforço, depois colocou a cabeça dela, em seu próprio colo, acariciando seu cabelo castanho escuro. - Não se preocupe mamãe você ficará bem. O ser alí não irá mais nos incomodar. - Ele falou, um sorriso se formando em sua face.

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