Percy Jackson
Já fazia três semanas desde que tinha retornado do acampamento meio-sangue. Na primeira semana fiz uma viagem com minha mãe, aproveitando o resto das férias. Fomos para Califórnia, pois minha mãe sempre foi apaixonada pelos filmes gravados por lá.
No início da segunda semana as aulas voltaram e finalmente voltei ao habitual "normal" com meus amigos mortais, sem deuses ou semideuses ou monstros para atormentar. No momento estava em meu quarto escutando música enquanto fazia um fichário solicitado pela Srta. Spines, professora de história da arte, quando ouvi a campainha.
Fiquei surpreso pois os meus amigos tinham viajado em uma excursão de biologia aplicada, matéria a qual eu não tinha pegado nesse período, pois já tinha pago. Grover tinha falado comigo a três dias, parecia empolgado com o treinamento dos faunos e não sairia do acampamento Júpiter tão cedo. Os deuses simplesmente aparecem do nada, o que agradeci por ainda não ter ocorrido e minha mãe tem a chave.
Suspirando me levantando, eu odiava quando retiravam a minha concentração, até porque era difícil voltar a tê-la novamente. Se fosse algum vizinho reclamando do síndico novamente eu juro que irei esquecer do meu auto controle e irei joga-lo pela janela.
Abri a porta dando de cara com um belo par de olhos cinzas. Annabeth Chase estava em toda a sua beleza, com seu cabelo loiro caindo em cascata por seus ombros, ela usava uma camisa vermelha de mangas e um short jeans claro.
- Chase? - A olhei confuso. Eu realmente não estava esperando por aquilo. - O que faz por aqui?
- Eu posso entrar? - Ela pediu, parecia um pouco nervosa.
- Claro. - Falei rápido dando passagem. Ela entrou e eu fechei a porta, não sem antes olhar se tinha algum vizinho fofoqueiro olhando a movimentação. Esse prédio estava horrível. - Você aceita alguma coisa? Água? Suco?
- Não, obrigada. - Ela não estava me olhando, estava olhando a sala como se quisesse gravar os detalhes na mente. Dei de ombros, deve ser coisa de arquitetos.
- Então o que você faz aqui?
- Eu vim pedir desculpas pelo jeito que me comportei depois... - Ela travou como se tentasse escolher a palavra.
- De dormimos juntos? - Questionei divertido. Não acredito que ela realmente ficou preocupada com isso.
- É, isso. - Ela olhou para mim envergonhada. Eu comecei a rir. E sua expressão mudou para irritada. - Do que você está rindo, Jackson?
- Você realmente encanou com isso, né? - Falei quando me recuperei, a loira apenas me olhou em silêncio. - Relaxe, Chase. Eu geralmente durmo com meus melhores amigos.
- Hum, então quer dizer que você admite que sou sua melhor amiga? - Ela sorriu divertida. Levantei uma sombrancelha para ela.
- É, uma das melhores. - Lhe devolvi o sorriso.
- Certo. O que você estava fazendo antes de eu chegar?
- Ah, estava fazendo um trabalho de escola, mas ainda tenho tempo. - Me sentei no sofá, fazendo sinal para que ela me acompanhasse. - E você? Tem novidades?
- Hum, não muitas. - Annabeth fez uma careta. - Só que Reyna foi para o acampamento romano.
- Ela só fez isso depois que eu saí de lá? - Perguntei fingindo uma falsa indignação.
- Sim, aparentemente ela gostava de lhe torturar, você era o brinquedo preferido dela. - A loira riu. Revirei os olhos, mas sorri concordando.
- Bom, se você não tiver nada para fazer podemos assistir um filme. Eu me responsabilizo por fazer a pipoca e o brigadeiro.
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Apenas Um Conto
Fiksi PenggemarE se você pudesse mudar algo em sua vida que te incomoda? Ah, e se alguém te incomoda profundamente? Naquele fim de tarde ele apenas fez o que muitos gostariam, se estivessem acima de sua empatia. Mas foi rápido, simples, foi bom, isso era apenas o...