Brutamente Assassinada

Capítulo 05

    Entramos no grande prédio do departamento de Polícia de Yakutsk. Ayla e eu pegamos o elevador e chegamos ao laboratório, vejo Raul olhando alguma coisa no microscópio. Me aproximo e ele fala.
— Não há digitais do assassino na arma, mas... encontrei fios de cabelo ruivos no cabo da faca, e adivinhem só. Falsos, são fios de uma peruca.
— Acha que o assassino estava usando uma peruca durante o assassinato? — Pergunto.
— Talvez... ou ele pode ter usado para espionar a vítima sem ser reconhecido por ela, com certeza o assassino era alguém que Nádia conhecia bem.  — Ayla se pronuncia pela primeira vez desde que entramos na sala.
— Precisamos falar com Mikhail e Alik, eles são os principais suspeitos. Ayla, eles já deram depoimento? — Pergunto.
— Sim, e o estranho que eles tem um álibi sólido.  Se não me engano Mikhaiel estava no cinema na hora do crime, nós vimos o bilhete. E Alik estava em casa com a irmã, talvez ela possa ter mentido para encobrir o irmão.
— Raul, quero o acesso das câmeras no raio de 40 metros do cinema e as câmeras internas, vamos ver se nosso garoto realmente estava lá naquela noite.
— Posso dar um jeito de conseguir. — Ele fala e vai em direção a seu computador.
— Ayla, interrogaram a irmã do Alik? — Pergunto encarando-a.
— Nós apenas a chamamos para confirmar o álibi do irmão.
— Ayla, você vai visitá-la e enquanto isso eu irei interrogar o  Alik aqui, pergunte o que ela e o irmão fizeram a noite inteira, eu irei fazer o mesmo com ele, vamos ver se as histórias batem, Raul já sabe o que tem que fazer.
— Tudo bem! Irei localizá-los. — Ele fala e começa a digitar rapidamente em seu computador.
{...}
— Alik, o que você e a sua irmã fizeram durante a madrugada em que Nádia foi assassinada? — Pergunto ao homem sentado em minha frente.
— Passamos a noite assistindo televisão, pedimos uma pizza, comemos e depois fomos dormir por volta das 2:00 AM.
— Qual era o sabor e tamanho da pizza? — Pergunto.
— Eu não lembro cara, acho que era uma pizza pequena de frango.
— Recebeu algum telefonema ou mensagem naquela noite? — Pergunto o encarando.
— Não! Ninguém me ligou.
— E você, ligou para alguém? Para Nádia talvez? — Pergunto novamente.
— Não! Eu e Nádia não nós falavamos mais desde o término.
— Tudo bem, quero que aguarde aqui enquanto sua irmã está sendo interrogada pela agente Ayla. — Falo e levanto da cadeira indo em direção saída. — Marcos, fique de olho nele. — Marcos assenti e eu vou em direção a minha mesa.

{...}

— Nikolai, aqui estão as respostas dela para o interrogatório. — Ayla fala e me entrega uma pequena pasta.
— Obrigado, vou conferir agora, vá até o Raul e veja se ele conseguiu acesso as câmeras. — Ela assentee vai em direção a sala.
    Pego o a pasta e abro-a, as respostas dela conferem com as dele. Isso é loucura! Levanto e vou em direção onde Alik está.
— O álibi confere, mas sabe que ainda não pode sair da cidade.  — Ele assente, levanta da cadeira e sai da sala.
  Me direciono para a sala onde Ayla e Raul estão a procura de alguma novidade.
— Nikolai, Mikhail não esteve no cinema aquela noite, um garoto assistiu o filme em seu lugar, pelas câmeras internas conseguimos imagens dele e jogamos no banco de dados e ele foi identificado como Dylan Bayron, 17 anos e não há nenhuma ligação dele com a vítima. — Fala Raul.
— Bom trabalho! Já tem a localização do Dylan?
— Sim! Mandei para seu celular agora, no momento ele está na escola.
— Obrigado Raul! Vamos Ayla? — Ela assente com a cabeça e vamos em direção a saída da delegacia.