Capítulo 19: Igor narrando

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Fui almoçar com os pais da Rebeca é de cara foi um péssimo negócio bem que minha mãe me avisou pra não ir.

Que esse namoro meu e da Rebeca não ia pra frente apesar de sermos da mesma classe social.

Disse mais que a Rebeca era até uma garota bacana mas que ainda não era a certa pra mim.

E cara não é que a minha mãe tinha razão. Por que mãe tem que ter sempre razão?

Parece até que elas têm uma bola de cristal ou se não um pacto com o capiroto porque tudo que elas dizem de ruim acontece.

Minha mãe diz que a boca de uma mãe e a boca de Deus falando. Sei lá se é Deus ou o capeta mas que eladeveriam parar com isso deveriam.

Porque não passa as respostas da prova, ou até mesmo o resultado da Maega Sena mas não elas têm que prever como será  seu namoro.

Chego em casa puro puto da vida e ela está lá sentada fazendo a maior e melhor cara pode paisagem que ela tem.

Eu sabia que não ia passar despercebido e que ela não ia perder a chance de dizer eu te avisei, mas torcia mentalmente pra que isso acontecesse.

E quando eu estava pra subir as escadas ela diz:

- Pelo jeito o almoço não foi bom né?! -sem tirar o olho da revista que folheava

- Não,  Não foi. -digo e como ela não diz mais nada eu subo.

Mas vocês devem está se perguntando o que aconteceu nesse almoço pra mim ficar assim.

Vamos lá estávamos almoçando e eles fizeram várias perguntas a meu respeito tipo quem era meus pais, aonde eu morava e com quem eu andava, lugares que eu frequentava e etc.

E eu comecei a falar. Se interessaram pela profissão da minha mãe mas quando eu disse que minha mãe morou  favela já vi eles entortarem o nariz e a Rebeca ficar incomodada com a situação e até tentar mudar de assunto.

Mas aí que eu continuei no assunto, só pra ver até aonde vai a hipocrisia alheia, minha mãe nunca negou as raízes sempre teve orgulho de onde veio. Porque eu tenho que ter vergonha? Eles que tinha que ter vergonha de ser preconceituosos.

Falei mesmo que meus amigos moram na favela do Iraque, que eu vou pros bailes de favela e eles não gostaram que eu vi.

Me ausente pra usar o banheiro, mas claro que fiz isso de propósito só pra deixarem eles sozinhos e quando volto a Rebeca diz que queria falar comigo.

Mal sabe ela que eu escutei toda a conversa deles.

- Pode falar.

- É que assim eu gosto de você m... - diz Rebeca

- Mas... - digo

-Calma Igor é que eu não sei como te falar isso.  - diz Rebeca

- Que seu não largar meus amigos e parar de frequentar os bailes você não pode namorar comigo porque seus pais não deixam. -digo

- Você... Você... - diz Rebeca

- Se eu ouvi tudo, ouvi cada palavra é você nem precisa terminar a sua fala pois não vou deixar de ser quem eu sou nem por você, nem por ninguém.

Dito isso eu saí de lá e agora estou aqui enfurecido com a humanidade. Como as pessoas podem ser assim. E pensar que o meu tio Guilherme pensa igual.

Affs gente de mente pequena.

Sou tirado dos meus pensamentos com uma mensagem da Pietra.

Sou tirado dos meus pensamentos com uma mensagem da Pietra

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Me arrumo e vou ir encontrar aquele encosto chamado Pietra e em menos de dez minutos estou na casa do pai dela.


- Até que enfim né diabo do meu ódio, pensei que não vinha mais. -diz Pietra

- Demorei mas estou aqui né despacho de encruzilhada. -digo e ela se faz de ofendida

- Mas e aí maluca vamos aonde? -digo

- Comer alguma coisa e bater uma papo, aí depois você vai me levar até o aeroporto que meu pai vai está me esperando lá. -diz Pietra

- Vamos né se não tiver comida envolvida você não é você. - digo

- Me diz se tem algo melhor na vida do que comer, causar e transar? -diz Pietra

- Tu é doida mesmo né despacho?! -digo e ela fica rindo

Fomos ao Burguer King e lá a Pietra ficou flertando com um atende só por zueira, pensa em uma mina louca agora duplica isso umas quinze vezes e terá a Pietra.

Contei pra ela tudo que aconteceu e tudo que eu ouvi os pais da Rebeca disseram pra ela.

- Nossa migo, beleza que eles ameaçaram a tirar tudo dela mas quando a gente gosta a gente enfrenta não viu a Júlia. - diz Pietra

- Já está na sua hora maluca vamos pagar aqui e rumo ao aeroporto. -digo

Fomos para o aeroporto e deu um aperto quando eu vi minha louquinha partindo.

- Pietra não esquece de mim viu. -digo

- Nunca meu encosto preferido. Daqui a vinte dias eu estou de volta pra causar pouco. -diz Pietra

Estava quase todos lá pra se dispidir da Pietra menos quem ela procurava com os olhos o Curinga.

- Ei Pe ele não veio mas ele gosta de você. -digo

- Tá falando o que garoto. Já não é mais meu encosto preferido. To proucurando ninguém não. To nem ai pro Coringa quero que ele vá pro inferno. - diz Pietra

- Sei vou dona Pietra. Pra cima de mim. - digo

- Mas não sei porque eu sinto que ele tá aqui que tem alguém me vigiando. - diz Pietra

Nos despedimos e eu fui pra casa já estou vendo a solidão que vai ser a minha vida sem namorada e sem Pietra.

DOCE VENENO 🍸3° LIVRO DA TRILOGIA Onde histórias criam vida. Descubra agora