Capítulo 10: Coringa narrando

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Usei tanta farinha que não sei dizer nem como cheguei em casa, só sei que acordo na minha goma.

Vou em direção à cozinha e escuto barulhos vindo de lá pego o meu 38 destravo ele e vou até à cozinha.

- Não basta ter ido até minha casa, feito maior auê, ter acordado os vizinhos as três da manhã, o China quase ter te matado, minha mãe ter feito eu vir com você. Ainda vai me matar? - diz Pietra

- Não lembro de nada disso só lembro de ter ficado puto contigo ter ficado com uma amiga da Bruna, ter te chingado por tá puto contigo, ter ido atrás de você e ter te visto com outro cara e ter socado a cara dele. - digo

- Fiquei mesmo meu bem como dizem chumbo trocado não dói. - diz Pietra

- Isso quando tu não é mina de bandido. - digo

- Podia ser até ser o Marcola, me fez de trouxa retribuo na mesma moeda porque não sou obrigada. -diz Pietra

- Para de fala. - digo puxando ela pra mim, juntando nossos corpos.

- Quem disse que voltamos como falei estou aqui porque o China ia pipocar a sua cara e minha mãe me fez vir com você se não você não ia parar de ficar gritando na porta da minha casa . - diz Pietra

- Não precisava nem ter vindo não, preciso da dó de ninguém não, que deixasse o China me matar.- digo

- To ligada e tenho dó de ninguém não. Não sou nota musical. E na próxima deixo mesmo.

Empurro ela contra a parede e aperto a garganta dela que segura nas minhas bolas e começa a apertar também.

- Não vai ter próxima.-digo

- Assim espero. - diz Pietra

Solto o pescoço dela que solta as minhas bolas.

- Tá doendo sua louca. -digo

- Já falei pra você Curinga comigo é deu recebeu morremos juntos mas baixar a cabeça pra você isso nunca no mundo. - diz Pietra

Ela fala e sai me deixando ali sozinho.

Cara o que eu sinto por essa mina ainda vai me matar.

O pior que eu estou arrependido de ter ido pra cima da loira, mas ela é foda e fica testando a minha paciência.

Não sou de relar em mulher até porque antes de ser bandido eu sou sujeito homem e homem não bate em mulher mas a Pietra testa os meus sentidos o tempo todo.

Maldita a hora que chamei essa diaba pra ir na minha goma, o Ryan também podia ter avisado que o olhar hipnotiza e a boca é um veneno. E que ela é uma diaba.

Nunca precisei correr atrás de mulher e agora estou eu aqui ocorrendo atrás de uma pirralha de dezesseis anos.

Acho que nem Freud explica minha relação com aquela diaba.

Vou pra boca porque ficar pensando na Pietra não vai resolver meus problemas na boca e nem me fazer ganhar dinheiro.

Estou lá conferindo o livro de contabilidade e o dinheiro, enquanto o Bruxo tinha ido cobrar umas dividas.

O Bruxo vamos dizer assim de todos os vapores, olheiros e aviãozinho é o que chega mais perto de ser meu homem de confiança.

Porque minha confiança mesmo ninguém tem.

E por falar em Bruxo ele entra na boca com uma cara que eu já sei que é b.o.

- Fala qual o b.o? -digo assim que ele abre a porta

- Sabe aquele cara lá da rua sete que você mandou cobrar. -diz Bruxo

- To ligado qual é. Mas qual é a fita? Não vem me dizer que veio pedir mais prazo porque se for isso avisa pra ele que aqui não é as Casas Bahia e eu não sou Samuel Klein. -digo

- Falei pra ele chefe que você não ia aceitar desculpas e nem ia dar mais prazo pra ele, ai ele disse que não tinha o dinheiro e que ele tem uma filha de 17 anos...-diz Bruxo porém não deixo ele terminar de completar a frase e nesse momento tudo que eu passei com a minha mãe quando era criança e isso faz meu sangue ferver.

- Pode para Bruxo e já seia até aonde isso vai dar ele me oferecendo a filha pra pagar a dívida. -digo

Não falo mais nada pego a minha trinta e oito coloco no coes da calça e vou até a rua sete com o Bruxo.

Chego lá na casa e quem me atende é a jovem que o mai me ofereceu pra pagar a divida.

Ela é atébonita mas jamais faria isso, sou bandido e não um monstro.

- Cadê teu pai? -digo

- Foi tomar banho. -diz a garota

- Sobe e fala pra ele descer agora porque se eu subir mato ele ali mesmo. -digo friamente

Ela sobe e eu mando o Bruxo ir junto caso o cara queira fugir.

Passa alguns minutos e eles descem.

- Vim buscar o meu dinheiro. -digo

- Então seu Coringa como eu expliquei pra ele eu não tenho dinheiro e nem nada material que possa ser usado pra quitar a divida a única coisa que eu tenho é minha filha Vanessa. -diz o homem

- Tá me tirando né não? Sua filha não é moeda de troca não seu otário. - digo e dou uma coroada na cabeça dele e alguns chutes e a filha dele me implorando pra parar mas a minha raiva era tanta que eu não escutava nada.

Destravo a arma e miro na cabeça dele e quando eu ia atirar a filha dele entra no meio deixando a arma apontada pra ele e implorando pra mim parar.

- Por favor moço não mata ele eu não me importo de servir como moeda de troca só não mata ele. -diz a garota aos prantos me fazendo abaixar a arma

-É a sua chance de se livrar desse lixo que tu chama de pai. -digo

- Eu prefiro ele vivo apesar de tudo ele é meu pai. - diz ela ainda chorando

- Vou zerar a divida por conta da tua filha, mas não vá na boca pra comprar droga e nem pedir dinheiro e se eu descolar que tu ta descendo na boca ou vendendo a tua filha por droga eu te mato sem dó

- Ok . Seu Coringa.

- Fique espeto porque se que descolar que você abusa da tua filha eu te mato sem dó.

Capítulo do Coringa . Votem e comentem que eu volto com o da Pietra.

DOCE VENENO 🍸3° LIVRO DA TRILOGIA Onde histórias criam vida. Descubra agora