Na estância... O contador de histórias.

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        Aster tinha uma pikup novinha. Na ida para Corona, a turma ficou dividida entre o carrão do Aster e o carro do Norte. Lá não precisou. O amigo advogado liberou a carroceria.

        — Tá! Eu deixo vocês irem em cima. Mas tem que sentar no chão. Se eu vir alguém de pé… eu paro! Paro e vocês seguem caminhando!

        É ele falou sério! Justo ele que tem uma risada engraçada. Começa e… e parece que não tem freio! Não da pra explicar!
   
        —BELEUZA!— Comemorou Merida e já foi subindo. Virou e deu a mão para a princesa dela. Tadashi cheio de ciúmes, subiu e arrumou um pedaço de papelã para que ela se acentasse e não sujasse sua roupa. Jack subiu e pensou em ajudar Hicc, mas ele já tinha subido e se acentado.

        Setaram assim: Merida, Rapunzel e Tadashi de costas para o motorista. Jack e Hiccup de lado… no direito.

        Na cabine Aster, a noiva e os pais de Jack.

         25KM de estrada de chão batido. Terra vermelha. Poeira. Mato. Gado. Soja. E muita bagunça, e alguma reclamações de Rapunzel.

         Jack viu a porteira e lembrou do sonho. Leu:
        —Estância espelho d'água…

        Mais dois quilometros da porteira até a casa. Um quilômetro e meio de mata fechada e quase meio de água! Um açude gigante e árvores que ilustravam a frente da cas. Casa com varanda, rede e muitas plantas.

        E como se fosse uma cena de filme os cinco viram o pai do amigo na escada da varanda. Um homem alto, com um chapéu de aba larga na cabeça. A camisa clara fazia com que ele parecesse mais moreno do que era. A bombacha e as botas mostravam o que ele era e fazia: um estancieiro. A guaiaca marrom servia de suporte para a fac que ia atravessada nas costas.

         A cachorrada correndo e latindo perto do carro onbrigava Aster a ir devagar. Quando estacionou, debaixo de um plátano, suspirou e sorriu fazendo um sinal de sim com a cabeça.

         —Muito bem, aqui estamos! — era bom estar em casa.

        O pai dee veio até o carro balançando o chapéu para espantar os cachorros. A mãe veio secando as mãos no avental azul marinho com bolinhas brncas. Já fazia seis meses que ela não via o filho mais novo.

        Aster se atirou no abraço pequeno da mãe. Ela era uma bonita mistura de india com espanhola, que tinha apenas um metro e quarenta de altura.

         Abraços e apresentações. A noiva ja era conhecida. Tudo certo… Menos para os cinco. Ainda bem que o Aster entendia.

         Jack e Hiccup tinham descido logo da pickup. Merida e Tadashi ficaram esperando Rapunze que ficou quase cinco minutos ensaiando a descida.

         — Bom garotada… agora são nove e meia. Vocês têm duas hras e meia até o almoço. Não se atrasem… E não vão lá no mato!

         O lugar era bonito. Cavalos, ovelhas, gado, plantações… Os cinco brincavam enquanto subiam e desciam as cochilas. Até que bateu a fome.

         — Cara! — Reclamou Merida — To roxa de fome!

         — Eu também tô! — Concordou Tadashi — E cansado!

         — Nem me fala, tô…— Falou Rapunzel sentando no gramado — Meus pés estão doendo!

         Jack embrou os amigos que não adiantava ficar ali. Que faltava quase uma hora para o almoço. Que seria melhor sentar perto da casa. Que… BLA BLA BLA. Nossa, como ele tinha argumentos!

         Tantos argumentos! Começaram a caminhar. O céu muito azul naquele dia.

          Pararam debaixo de uma seringueira que ficava atrás de casa. Folhas gigantes… Sombra farta. Grama rala. O chão cheio de folhas amareladas parecia uma cama. Cansados… Se atiraram. E aquee cheiro de churrasco! Ai ai… que fome!

          — Você sabe por qual motivo o pai do jacarézinho foi para escola? Pois o filho repitil de ano! — As piadas de Merida divertiam o japonês e a loira.

          Jack acabara por sair da casa com algumas garrafas de água, logo se aproximaria de Hiccup que estava deitado, colocando a mesma uns centímetros longe do seu rosto, O de cabelos castanhos abre os olhos percebendo que o amigo lhe oferecia, fez sinal negativo com a cabeça sorrindo, Jack entendendo Apenas retribuiu o sorriso e sentou ao seu lado.

          O albino não ouvia a piada. Pensava no sonho. Tinha ficado tão impressionado que achou melhor não contar pra ninguém. Hic só curtia o lugar, não pensava em nada. Nem na mãe. Fazia tempo que ele não se sentia tão leve assim! Juntou uma folha e começou a desfiá-la. Com o talo foi riscando na terra. Pra cá… Pra lá… No meio… Em curva… Um circulo… Não diziam nada para ele! Mas diziam muito para o outro.

         Ele que estava a meno de um metro do amigo levou o maior susto quando viu o desenho.

          — Que desenho é esse!?

          — Desenho? Tá me tirando?
  
          — Não… É, quer dizer… Eu gostei!

          — Jack… São só riscos…— Falou rondando os olhos.

          — Tá… — Respondeu confuso enquanto olhava os riscos. Os mesmos riscos que ee tinha visto no sonho, na pre de cima do portão. E se não tivesse sido um sonho? E se fosse um… Um sinal! Mas… Sinal de quê?

           E quando foi olhar novamente ele já tinha acabado agora rabiscando um tipo de dragão, um dos assustos que adorava… Ele não quis perguntar mais nada.

           — Já contei todas as piadas que tinha, que horas são?

           — Hora de almoçar! — Falou Aster se aproximando —Vamos?

            Obviamente ninguém foi contra. Estavam loucos de fome! Já fazia tempo que estavam só sentindo o cheiro… Fooooooomeeeeee.

            O almoço foi uma beleza. Costelão na brasa. Delicia!
            Merida comeu mais que todos mundo, mas sempre era a mais magra entre eles. A sobremesa foi servida na varanda. Docê de pêssego feito em casa. Que beleza! Então o pai de Aster, disse que precisava esperar o sol esfriar para depos ir para a rua. Ninguém discutiu. Vai saber como é o sol de lá.

             Nada para a fazer a não ser escutar os causos do contador de histórias. O velho era bom nisso! Começou com as histórias do lugar. De como o avô dele tinha vindo da Alemanha, chegado ali e que caou com uma índia. Depois falou do pai… Da mãe. Falou dele e da família… Da estância…

Continua…

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