A história... A lenda!

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         — Essa casa que vocês estão vendo foi do meu avô.— Falou apontando para a porta que dva acesso á cozinha — É… É verdade sim! Ele contruiu com as pedras das ruínas.

         — Ai gente…— Falou Rapunzel — Que medo!

         — Medo de quê Punzie? — perguntou Tadashi.

         — Dos fantasmas, lembra dos sons e da luz? Muitos morreram na guerra.

         — Capaz! — Falou Aster— Me criei aqui e nunca vi nada! Quanto às pedras da ruína... É que naquela época não tinha outro jeito. E depois não se falava em preservação. Cada um por si e Deus por todos. E oh... Meu avo contava... Que os padres...

         Hiccup ficou curioso.
         — Que os padres...?

         — Que eles tinham um segredo!

         Bom... Eu não preciso te dizer que os cinco correram para sentar em frente de Áster com aqueles olhares curiosos né?

         — Que segredo?— Questionou Mérida.

         — Não sei se isto é verdade, sou advogado e preciso de provas... Não lendas, ta certo que meu avô que viu o tal portão... Com aquelas colunas...

          Mérida e Tadashi arregalaram os olhos. Rapunzel se encolheu. Hiccup abriu aquele sorriso. Jack... Gerou! Será que era o mesmo portão do sonho? E  se fosse?

          O homem era esperto. Percebeu o interesse dos jovens, porem, queria mais. E se fez de dificil.

           — Bom... Se não ah provas, melhor não falar sobre isso.

           — Ah não, Áster!— Protestou Hiccup — Agora vai ter que contar!

           Os outros se olharam. Lembrando da história do escravo que o tio mito havia contado. Foi a ultima história que haviam ouvido assim... Juntos. E depois aconteceu cada coisa... No entanto, a curiosidade foi bem maior! Principalmente a do Jack.

           — É Áster! Conta... Conta ai!

           Os outros concordaram e se aproximaram mais um pouco. Áster disse que sabia “decor” a história. As mulheres tagaleravam na cozinha. Os cinco no chão, Áster na cadeira de balanço.

           Assim, aquele contador de histórias contou o que o avô dele havia contado. Logo que chegou ali, começou a trabalhar na terra. Na época era tudo mato. Mato que precisava ser derrubado e queimado para que a plantação fosse feita. Trabalhavam em dois: ele mais um amigo que também tinha vindo da alemanha. Era um trabalho demorado...

           —... Quando já tinham derrubado mais que a metade do mato, aconteceu algo estranho. Ele encontrou um...

          — Portão!— Respondeu Rapunzel animada.

          — Isso guria! Um portão. Feito com duas grandes colunas dos lados e emcima uma placa que ligava as duas. Parecida com aquela que tem lá na entrada da fazenda.

           Jack lembrou o portão do sonho. Quis saber o que tinha na tal placa.

           —Não sei! Meu bisavô não sabia ker. Mas disse que eram uns desenhos diferentes das letras que fazem palavras.

            Tadashi lembrou das histórias de samurai. Nã havia portões nelas... Mas havia tigres... Dragões!!! Ficou curioso.

            —E o que tinha atrás do portão?

            Áster sorriu satisfeito com a pergunta.

            — Atrás?— E abaixou a voz— tinha uma casa. Uma casa branca... Que foi do pe. Antônio Sepp.

           — Antônnio Sepp?— Estranhou Hiccup.— O senhor tem certeza que não era Sepé tiaruju?

           — Não Guri! Sepé Tiaraju foi índio. Antônio Sepp foi um jesuíta. Foi ele quem fundou o povo cinco quilômetros daqui lá atrás do mato.

            Sobre Antônio sepp, saiba que foi um, como dizer, um gênio. Isso! O mais culto dos jesuítas que por aqui passaram. Na verdade, penso que era o mais inteligente. Sabia muito de música, arquitetura e tinha uma grande facilidade em conquistar os índios. Mas por que ele faria uma casa fora da redução?

           — Espera um segundo.— Disse Hicc esticando as pernas.— E ele era da redução, por que ele tinha uma casa?

            Mérida tinha certeza que sabia o motivo.
            — Ué, galera! Para guardar o tesouro.— e olhou para Aster— Espera, espera, espera! Então o teu avó encon...

           Ninguém conseguiu terminar a frase. O que se ouviu era os “Nossa”, “que show!”, “UM TESOURO”!

           — Calma gurizada... Não foi assim!

           — Ah... Não foi!? E eu que achei que ele tinha ficado rico! Que saco!— Reclamou Mérida.

           — É... Bem...— Falou Áster coçando a cabeça — Não foi bem assim! Ele achou a casa, mas não sabia direito o que era! Um outro alemão, dono do unico armazém dessa região, tinha contado a historia dessa casa para ele. Disse que alguns já tinham ben contado a casa, que era toda fechada. Dai iam buscar ferramentas e quando voltavam nunca mais encontravam.

          — Tá... Então ele também perdeu a casa!— Disse Hiccup decepcionada .  

          —Não guri! Ele não perdeu porque não precisou sair dali. A unica porta da casa — E abriu os braços lentamente — Se abriu para ele... Como mágica.

          — Ai que medo!— Falou rapunzel abraçando seus joelhos.

           — Medo? Não... Ele não tinha medo! Queria saber o que era aquilo! Pra garantir pegou a faca que trazia bastante costas, essa aqui, ó — Falou colocando a faca de cabo de osso em cima da mesa — Dai chegou na porta... Pé por pé... Olhou pra dentro... Tudo escuro! Ele curioso, mas não era burro. Resolveu voltar para o matove pegar um galho seco, pra fazer uma tocha. Mas, quando ele passou pela porta... BAM! — A galera pulou com o susto do estrondo que Áster havia feito ao bater com o punho em uma parede de madeira.

              — Oque? Fechou? Que azar...

              —Justamente, Merida. A porta fechou!

              — Ele nunca ficou sabendo o que tinha lá? — perguntou Hiccup.

              — Bom, guri, meu avó era, como é que eu vou dizer... Faca na bota! Não desistia fácil! Foi lá no mato... Pegou outro galho... Entre a casa e o tal portão e fez um foguinho no chão a acendeu a tocha. Dai foi até a porta pronto pra meter o pé e derrubar. Ele ia entrar lá de qualquer jeito!

                Áster era uma figura. ,contava e fazia gestos, mexia os pés.   Parecia até que era ele que estava lá! O suspense aumentava e Merida sentiu aquele friozinho da barriga.

             — E depois? E depois? Perguntou ela sacudindo as mãos...

Continua...

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⏰ Última atualização: Aug 28, 2019 ⏰

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