Caros leitores,
No dia 20/01/2018 será postado o primeiro capítulo de Alicerce do Amor.
E aos sábados, teremos uma postagem fixa.
Espero que gostem da história de Dan e Nelly.
Boa leitura!
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Esse capítulo é dedicado às minhas amigas, Carlinha e Gi, que foram as primeiras a conhecer Nelly e Dan.
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PRÓLOGO
Emanuelly
Era uma vez... Como odeio essas palavras! Eu tive uma infância feliz numa família bem estruturada. Bem, pelo menos era o que eu achava. Até que, um dia, voltando da escola, descobri algo que mudou a minha vida para sempre.
Era um dia especial, em que faria minha primeira apresentação de dança para pais e alunos.
Desde os três anos de idade aprendi a amar a dança. A partir daí, ela passou a fazer parte da minha vida como uma poesia em movimento.
Amanda, minha professora, sempre cobrou minha máxima dedicação a cada dia de ensaio. Por isso me dediquei com afinco àquela coreografia, porque veria o orgulho nos olhos dos meus pais e isso não tinha preço.
Mas não foi bem isso o que aconteceu.
As cadeiras reservadas para a minha mãe e para a família de minha professora ficaram vazias durante a minha apresentação.
De todas as formas, meu pai tentou entrar em contato com minha mãe e não conseguiu. Prestes a começar minha apresentação, ele me disse:
— Nelly, minha preciosa, dance para ela. Onde ela estiver, eu sei que você estará em seus pensamentos.
E foi o que fiz. Fechei os meus olhos, ouvi a melodia e falei com o meu corpo. Eu dancei para minha mãe e para Amanda. Minhas inspirações.
No fim, recebi aplausos dos meus amigos, dos pais ali presentes e de professores da escola. Mas o que eu mais queria era estar nos braços de minha mãe e ouvir as palavras doces de minha professora, já que elas que me proporcionaram isso.
E não precisei falar uma palavra sequer. Papai abraçou a mim e a Gabriela, minha irmã mais velha, e nos levou para o carro. Eu queria chegar o mais depressa possível em casa e contar todos os detalhes do meu dia quase perfeito para a mamãe.
Porém, foi nesse momento que tudo desmoronou.
Antes de irmos para casa, papai precisava passar em sua empresa para assinar alguns papéis. Ele estacionou em frente ao seu escritório. Eu adorava aquele lugar. Um dia, ainda iria dirigir uma de suas carretas. Gabi ficou no carro enquanto eu acompanhei papai.
Não era um escritório tão grande. Só tinha cinco ambientes. A recepção onde dona Lídia, a sua secretária, trabalhava; e logo atrás havia duas portas que levavam ao escritório de papai e ao de tio Marcos, o seu sócio; e, em seguida, a um banheiro e a cozinha.
Papai pediu que eu o esperasse na recepção, mas cinco minutos depois, ouvi barulhos vindos da cozinha.
Naquele momento, um sentimento ruim tomou conta de mim. Era como se algo me dissesse para ficar e obedecer às ordens de meu pai de não mexer em nada. Porém, a curiosidade foi mais forte do que eu.
Ao abrir aquela porta, eu me perdi. Enfim, tudo perdeu o sentido. E o meu próprio grito de dor ecoou em minha alma; e continua ecoando, até hoje.
—Nãããooooo. Não e não! É mentira! Por quê? Por que você fez isso?
***
Daniel
Não tive como fugir dessa vez. Queria aproveitar que não tinha aula neste dia e visitar meus primos. Eu, Nathan e Lucas estudávamos na mesma faculdade, mas em cursos diferentes, o que nos afastou um pouco.
Amanda, minha mãe não cansava de dizer que hoje era um dia especial para sua melhor aluna na escola de dança. Sendo filho único, chegava a sentir certo ciúme do modo carinhoso que falava dessa menina. Ela sentia imenso orgulho em ver que sua aluna, de apenas três anos, nunca havia desistido das suas aulas. E seus esforços eram notados a cada ano em que ela se dedicava à dança.
E hoje, finalmente, eu iria conhecer a agora adolescente que uma vez, a cada semana, colocava um sorriso de orgulho na minha mãe.
Minha mãe nunca soube, mas cada vez que ela pronunciava o nome de Emanuelly eu sentia algo diferente. Como se já a conhecesse.
Meus pais estavam felizes. Mamãe pela sua aluna e papai pela sua sociedade com tio David. O laboratório de análises clínicas dos dois era referência em nossa cidade.
Seguíamos pela BR-101 em direção à escola de Emanuelly. O trânsito estava muito tranquilo para um sábado. E eu nunca imaginaria que aquele ponto vermelho, que ainda estava distante, levaria com ele um pedaço de mim.
Não houve tempo para nada. Eu só senti o forte impacto no carro enquanto ele rodopiava na pista, além do meu corpo sendo lançado para fora.
Sentia uma dor dilacerante. Tentava abrir os meus olhos, mas tudo doía. Minha voz falhava ao tentar chamar por meus pais. Em minha mente, eu gritava por eles, até que ouvi um estrondo tão forte que está marcado na minha alma até hoje.
Consegui abrir meus olhos. E o que vi invade os meus sonhos constantemente. Aquela letra que vi naquele carro nunca será esquecida. Ali, eu perdi o meu mundo. Perdi os meus pais e a mim mesmo.
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Alicerce do Amor ♥ (DEGUSTAÇÃO)
Chick-LitPLÁGIO É CRIME! OBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL Duas vidas marcadas por tragédias. Emanuelly e Daniel tiveram seus destinos traçados no mesmo dia. E sem sequer imaginar a ligação um com o outro. Ela viu seu mundo perfeito ser destruído. Ele s...