Jon acordou primeiro e parecia ainda incerto, na verdade, incrédulo sobre a reviravolta que sua noite, e até mesmo, sua vida, estavam tendo à partir dali. Aquela criatura linda, uma cascata de vermelho jogada em seu peito, parecia uma obra de arte. Os fios cobres espalhados sobre suas inúmeras cicatrizes eram como remédio cobrindo suas dores. Desde que fora esfaqueado até à morte em Castle Black, era a primeira vez que as marcas não ardiam.
Olhava para Sansa completamente entregue ao sono, como se há muito ela não soubesse o que era dormir, e suas memórias lhe reviravam a mente e a alma. A infância deles, quando ainda pensavam que eram irmãos, porém não eram nada próximos. Ela o repelia e ele a evitava. Mas, a garota mimada era a única por quem seus sentimentos eram contraditórios, pois parecia-lhe incorreto eles serem irmãos. Jon a achava tão bela que saía de perto, para não olhá-la de forma inadequada e também para não sofrer mais rejeições da bela menina ruiva.
Quando os caminhos se separaram, ele procurou não saber muito mais dela do que dos outros e tentava não lhe dedicar tolos pensamentos; sabia que, era bem possível que nunca mais a visse. E estava se saindo relativamente bem em seus propósitos, até que fizeram aquela maldita travessia para o lado selvagem após a muralha. Não tinha intenção de quebrar seus votos de irmão da Guarda da Noite, mas Ygritte e seus cabelos rubros parecia satisfazer uma antiga frustração, um desejo reprimido e secreto.
Era injusto, sabia, mas não ousava admitir isso nem pra si próprio. E quando a selvagem sucumbiu e morreu diante dele, a culpa foi devastadora. Por todos os motivos, por todas as razões que a teve. Em uma das vezes que a tomou por trás, lembrou-se de ter sussurrado o nome de Sansa, mas felizmente a outra não percebeu. Hoje sentia ainda mais culpa.
Estava tão absorto em seus pensamentos que não se deu conta de que sua bela esposa já havia acordado e lhe fitava com um sorriso nos lábios.
_Uma moeda de ouro pelos seus pensamentos, senhor meu esposo!
Ele esboçou um meio sorriso e olhando-a no fundo dos olhos, apenas respondeu:
_Você, minha senhora. Sempre você.
E em seguida os lábios esmagaram com sofreguidão os dela. As mãos apertavam suas nádegas, e o efeito foi instantâneo. Deitou-se sobre ela, mas desceu com a boca até os seios perfeitos, com bicos duros e rosados e chupou vigorosamente fazendo ela gemer alto seu nome e coisas desconexas.
Foi descendo e com os cabelos soltos e bagunçados, com aquela barba que ela achara tão bela e sensual desde que o vira após tantos anos longe em seu reencontro na muralha, aquela criatura perfeita aos olhos azuis, desceu sua língua até a intimidade da mulher, fazendo-a se surpreender e delirar. Ele a olhava enquanto a boca tomava-lhe o sexo, deliciado com o gosto, o cheiro e o subir e descer dos seios pela respiração totalmente descompassada da sua lady.
Indescritível sentir os tremores do orgasmo dela em seus lábios, e quando a ruiva parecia totalmente entregue ela o surpreendeu, puxando-o até seus lábios e beijando-lhe com paixão. Empurrou-o fazendo certa força e quando ele deitou ao seu lado, um tanto admirado, passou uma perna de cada lado dele encaixando-se até que ele estivesse inteiro dentro dela. A visão o enlouqueceu ainda mais. A mulher que parecia um anjo de beleza, com os longos cabelos vermelhos em contraste com a pele branca, os seios médios e empinados movimentavam-se conforme a dança que ela ditava.
O mundo poderia acabar ali e ele morreria feliz. O ritmo dela aumentou e o roçar dos sexos tornava impossível segurar o ápice de ambos. Ele cobriu os seios dela com as mãos e quando passou a gemer obscenidades, os tremores vieram para ela uma vez mais, assim como o jorro que o homem derramou até o fundo dela. Não pararam mais de se olhar, redescobrindo-se um ao outro, bebendo um do outro, irremediavelmente perdidos um no outro.
As batidas antes quase imperceptíveis na porta, passaram a ser fortes e o nome dele passou a ser chamado em voz alta. Sansa saiu de onde estava e Jon vestiu rapidamente uma roupa de baixo e um roupão que ela caprichosamente fez para ele. Abriu um pouco a porta de modo a não permitir que houvesse qualquer vislumbre de fora, sobre o que acontecia ali dentro.
Era Sor Davos, visivelmente constrangido entregando-lhe um bilhete trazido por um corvo há uma hora atrás.
_Peço perdão pela ousadia de bater-lhe à porta, Majestade, mas como o bilhete veio de sua tia (ainda falava isso com um certo acanhamento), imagino ser de urgência para os vossos interesses.
_Fez bem Sor Davos. – limitou-se a dizer.
Ainda ao lado de fora, Jon abriu o bilhete que informava que em breve Daenerys estava chegando a Winterfell com uma comitiva, pois precisava tratar de assuntos de suma importância para o reino e também por pontos que ficaram abertos entre o término deles. Jon olhou para o homem a sua frente prevendo que a felicidade que há pouco desfrutara estava completamente comprometida após tom e teor daquelas palavras.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por Winterfell (Jon & Sansa)
RomanceNaquele momento, frente a frente, eles não lutavam batalhas, não lutavam por suas vidas,e não corriam perigos iminentes. Mas, mesmo assim, Jon e Sansa decidem selar uma união em favor do Norte. E, talvez, por algo a mais...