Spideychelle❤💭 "Será verdade ?"

Confia em mim?...

Pov. Michelle

Sexta-feira. Sim! Estava pensando que esta semana nunca mais iria acabar! Saindo da última aula com uma vontade desesperante de ir para casa, Betty me segue e mete conversa comigo. Betty não me leve a mal gosto muito de você, mas nesse momento só me quero ver livre de você. Preciso muito de ir para casa, pensar bem no que tenho a fazer e descansar dessa semana de loucos.
- Oi Michelle! Quer passar lá em casa mais tarde? Já não fazemos uma maratona de Harry Potter juntas desde do último semestre! Que me diz?
Ahh! Ela tinha que falar em Harry Potter!? Não acredito que vou recusar ver Harry Potter!! Este é meu ponto de cansaço.
- Você sabe o quanto eu gosto de Harry Potter mas não vai dar não. Preciso fazer umas coisas em casa.
- Como queira, fica para a próxima...- mandei um sorriso e me virei para continuar a andar- Muggle!!
Me virei de repente com cara de indignada.
- Como se atreve?! Avada Kedrava!!
Betty fingiu desmaiar e ambas nos rimos nos corredores.
- Tenha um bom final de semana Hermione Granger.- Betty fez uma vênia.
- Você também Luna Lovegood ! - repeti o gesto.
Após caminhar sem pressas até casa, me deitei na minha cama olhando para o teto durante quase vinte minutos, não é assim tão estranho vista a quantidade de coisas que tenho para pensar até que...
-Michelle!!! - minha mãe gritou da cozinha até ao meu quarto que é do outro lado da casa.
-O que é???- gritei também.
-...
- Diz!!!!!- gritei de novo.
-...
-O QUE ÉÉÉÉÉ!!!!???- gritei tão alto que já nem eu me conseguia aguentar.
-...
Ahhhhh! Odeio quando minha mãe faz isso! Eu sei que ela ouviu! Me levanto super contrariada e vou até a cozinha.
- O que é??!- digo bem alto e sem paciência.
- Calma Michelle, não fala assim para tua mãe!
-'Tá bom me desculpe.
-Vai comprar pão que já acabou.
-'Tá em cinco minutos volto.
- Quero do tipo que a Emma gosta, aquele que eles põem beterraba que não se nota o sabor mas que o pão fica cor-de-rosa. Você sabe, daquela pastelaria... -interrompi no momento.
- Sim sei....Do outro lado da cidade!! Estou super cansada mãe por favor!!
- Você sabe como Emma anda triste na nova escola faz lá isso por tua irmã.
- Mas mãe você sabe pelo que eu passei essa semana e além disso...
- Michelle! Achei você melhor irmã do que isso! Você já é crescida para lidar com seus problemas, já pensou na Emma? Se calhar devia.
Abri a boca para falar umas boas verdades. A fechei de novo.
- Tem razão, desculpe mãe.
- Vá lá então. Tome o dinheiro. Não se esqueça de devolver o troco.
-Está bem.
Saio de casa parecendo um zombie, espero que ninguém me veja... Caminho olhando para os lados e aproveitando a natureza. Até que é uma forma de descansar, longe de tudo isso...
- Sentiu minha falta Michelle?
Dou um salto para o lado e ponho a mão no peito.
-Aranha?! Meu Deus me ia dando um ataque de coração!! Você 'tá doido?!- digo ainda tentando respirar.
-Calma Michelle! Então o que anda a fazer nestas partes da cidade ?
- Comprar pão. - digo seca depois de me lembrar da discussão com a minha mãe.
- Você não gosta de pão?
-Enfim...
-Porque é que vem comprar pão tão longe?
- Porque o pão que minha irmã gosta só é vendido numa loja específica e eu tenho de ir lá. - continuo seca. Podemos parar de falar sobre pão?
-Está a falar daquele pão cor-de-rosa daquela padaria...
Aceno com a cabeça.
Ele fica pensativo.
- Está tudo bem? - pergunto meia corada.
- Você confia em mim?
- Acho que sim. Quero dizer, teoricamente sim.- me atrapalhei toda.
- Se agarre a mim.
- O quê?!
- Confie, e se agarre em mim.
Completamente sem jeito, pôs meus braços à volta de seu pescoço, nossas caras ficaram bem próximas e eu só conseguia pensar em como seria a sua. Como seria lhe tirar a máscara e simplesmente olhar em seus olhos e quem sabe mais o quê. Agora estava ao meu alcance. Eu puderia pegar em minha mão e ...
- Se agarre bem !
Antes que eu pudesse fazer alguma coisa ouço algo a disparar e logo vejo um fio transparente e viscoso a sair de seus pulsos. Começamos a subir prédios a cima e logo me vi com os meus braços à volta de seu pescoço e minhas pernas entrelaçadas em sua cintura, por mais que aquilo fosse um momento mágico a única coisa que eu conseguia dizer era:
- Ai Meu Deus! Ai Meu Deus!
Enterrei minha cara em seu peito com meus olhos fechados com bastante força pois já não aguentava olhar para baixo, estávamos sempre balançando para cima e para baixo, para cima e para baixo e meu estômago já não estava dando certo... Em qualquer outra situação já tinha implorado para descer mas ... Não é assim tão mau...
Paramos.
Ainda estava completamente em cima dele quando finalmente percebi que podia largar (mas não queria).
- Ah desculpa não vi que tínhamos chegado...- falei em voz baixa.
- Não tem problema. Para você obviamente não foi agradável mas eu gostei bastante de sua companhia.
- Eu também gostei na verdade... - Sorri.
- Então vamos lá comprar seu pão.