Doyoung acordou antes das duas criaturas que amava incondicionalmente e os admirou, torcendo para que encontrem a felicidade.
Respirou fundo antes de levantar e fazer o almoço, pois sabia que os betas acordariam com muita fome, principalmente porque passava do meio dia e ainda estavam dormindo.
Ainda estava meio receoso dobre o que fazer com seu menino, sabia que deveria contar a verdade, mas ainda lhe doía, mesmo que tivesse se passado 17 anos, ainda doía à dor da rejeição, como se tivesse acontecido segundos atrás. Estava ainda preso em suas lembranças quando ouviu a campainha, respirou fundo e foi atender a porta, dando de cara com o chinesinho fofo Xiao Renjun que estava com uma carranca adorável.
- O que faz aqui tão cedo meu kyungdan*?
Renjun olhou diretamente para o senhor Kim, visivelmente preocupado. A realidade era que tinha ido lá socar o babaca do Jeno que além de fugir ontem, tinha faltado hoje, mas ao ver as lágrimas do pai do menino, perdeu toda coragem.
- E- eu... Está tudo bem senhor Kim?
Doyoung não entendeu a pergunta do menino, e analisou bem o garoto, observando que o mesmo havia duas linhas, e uma delas invadia sua casa, só podia significar uma coisa.
- Eu estou querido, mas por que pergunta?
- Porque o Senhor está chorando.
Doyoung passou a mão pelo rosto, sentindo as lágrimas que rolavam sem que ele perceba e respirou fundo, olhando tristemente pro garoto á sua frente.
- Entre meu bem, acho que temos que conversar me acompanhe até a cozinha, estou terminando nosso almoço. Você já comeu?
Renjun acenou negativamente com a cabeça, meio apreensivo ao ver aquele olhar triste no olhar do mais velho.
- Quer comer com a gente? Você será muito bem vindo. – Disse Doyoung sorrindo triste.
O menino acenou positivamente com a cabeça, na intenção de fazer o mais velho feliz, nunca tinha visto o senhor Kim daquele jeito.
- Ótimo, sente-se a na mesa, eu já estou terminando.
Enquanto o menino observava o mais velho cozinhando, percebeu em seu dedo duas linhas, exatamente como as que encontravam em seu dedo mindinho, mas o que prendeu a atenção do alfa menor de idade era que ambas as linhas encontravam-se esticadas, como se as pessoas que tinham a outra ponta se encontrassem longe dali. Talvez o senhor Moon estivesse viajando, já que o garoto tinha certeza absoluta que eles eram alma gêmeas.
Quando Doyoung se virou para seu futuro genro, o pegou observando seu dedo, provavelmente confabulando teorias e sorriu sem humor.
- Creio que já saiba do meu segredo.
Renjun percebeu que o mais velho sorria pra si e ruborizou.
- Desculpa senhor Kim.
Doyoung riu, achando o garoto adorável.
- Tudo bem meu kyungdan, sei o que te trás aqui, acho que precisamos conversar, nós três.
O garoto assentiu com a cabeça, ainda ruborizado, e antes que abrisse a boca para responder seu futuro sogro, uma voz irada falou atrás de si.
- O que ele faz aqui.
Lee Jeno não parecia o garoto adorável e charmoso que Renjun conhecia, ele parecia transtornado, mesmo que ainda fofo de pijama e a cara amassada e os cabelos bagunçados como quem acabou de acordar, coisa que o alfa não duvidava.
- Almoçando conosco meu bebê, venha sente-se antes que desmaie de fome, você precisa comer alguma coisa.
- Eu não quero ele aqui.
Doyoung respirou fundo, entristecido.
- Jeno, você vai se sentar, comer esse delicioso almoço que eu fiz mesmo querendo tomar um café da manhã e depois disso eu, você e Renjun iremos conversar.
- Sobre o que?
- Sobre meus soulmates, sobre seus possíveis pais biológicos.
Notas Finais
* Kyungdan é um é bolinho de arroz moti com recheio de mel e açúcar. É usado principalmente nas épocas de festas e aniversários.
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Linhas
FanfictionNum mundo onde após os 17 anos a linha vermelha aparece e pelo menos um indivíduo do casal consegue ver essa linha, Jeno fica desnorteado ao ser abordado por dois rapazes um alfa e um ômega, que afirmam serem seus soulmates e pra piorar, seu pai con...