Capítulo 3- O Filho do Homem

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Capítulo 3

O Filho do Homem

— Então você pode me ver—aquela criatura nova ao seu catálogo de bizarrices perguntou com tom autoritário.

Estava quieto de demais pra ser verdade, temeu que a queda sofrida naquela montanha havia lhe causado algum trauma ou problema mental. Resolveu ignorar como se nada tivesse acontecido, voltou a o carro e deu a partida, ao olha pelo retrovisor notou a coisa parada com o rosto atônito.

Ainda se preocupou quanto o sentimento de perseguição e tentou contorna-los ao fechar os vidros e aumentar o som juntamente a velocidade do veículo, seja lá o que fosse, ele seria mais vulnerável em campo do que na cidade movimentada. Tentou acalmar-se pelo ritmo da música que bagunçou seus ouvidos e permaneceu constante pela estrada sem olhar para trás pelo retrovisor.

Ele chegou sã e salvo a bendita cidade, e respirou em alívio pelo trânsito movimentado e pessoas andando para lá e para cá. Ao olhar pelo retrovisor tranquilizou-se ainda mais por ver que não era mais seguindo, então seguiu agora na velocidade normal para chegar ao seu apartamento. Alguns minutos entre pequenas aglomerações de carro ele enfim avistou seu prédio e imaginou se Lilu sentiu sua falta.

A ação de estacionar e usar o elevador fora bem rápido, e ao verificar o relógio notou que eram 19 horas e concluiu que sua volta da reunião foi incrivelmente cedo. Foi cedo o suficiente para encontrar a senhora Yamada ainda com a porta de seu apartamento aberta enquanto cozinhava alegre.

Menino Katsuki! Voltou cedo hein? —a senhora foi ao seu encontro enxugando suas mãos em seu avental— E dessa vez trouxe até visita, vocês são amigos? Nunca o vi entre seu grupo.

— Do que está falando vovó? Que eu me lembre não trouxe nenhum amigo bêbado no porta malas.

Ele riu nervosamente para senhora que ainda o olhava intrigada e resolveu virar-se para entender o que ela tanto encarava e, para sua surpresa, lá estava aquela criatura. O pânico lhe surgiu, embora para um possível alívio aquilo pareceu humano, vestido em roupas casuais e parecendo um maldito pirralho do ensino médio. Aquilo era demais para sua insanidade e pessoalmente ele não desejaria que a velha senhora passada pelo mesmo, por conseguinte arrastou pelo braço o que sei lá fosse ao apartamento e fechou a porta o mais rápido possível.

— Diga agora o que diabos é você e o que você quer comigo sua cabeça de brócolis! —gritou irritado no qual acabou assustando Lilu que dormia no sofá.

— Você é tão rude, saiba que sou o honrado conselheiro do senhor Eijirou— disse estudando o peito orgulhoso— Ele pediu-me para cuidar de sua segurança, e você deveria se sentir feliz por isso, mas não, um completo desajeitado e ainda precipitado correndo no carro daquela forma!

Sim, era o cúmulo do absurdo para Katsuki, ter contato com criaturas estranhas e agora levando um sermão de uma delas. Se aquilo não era real, o homem arriscou que ele tinha atingido um gral superior de loucura que faria os médicos boquiabertos pela dimensão, no entanto, a senhora pirata também o viu descartando, portanto, essa probabilidade.

— Certo, certo, você é real e eu fui um completo babaca e vou tentar fingir que acredito nessa porcaria. Então brócolis mutante, pra que merda esse tal se "Senhor Eijirou" te tirou do posto de conselheiro para stallker irritante? — indagou fazendo aspas no ar como escárnio ao respeito que a coisa impôs ao nome Eijirou.

Uma resposta com mínima lógica foi o que pediu, porém ouviu apenas murmurar frenéticos e pensamentos altos desconexos. De murmurar em murmurar Katsuki se viu cada vez mais sem paciência para aquele inusitado momento, seu grunhido foi alto para deixar aquilo atento novamente a ele, desta vez, com um olhar estranhamente assustado.

O Por do Sol na Montanha VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora