Capitulo 4
O Coração do Corvo
Como da vez anterior ele não estava mais na montanha, porém, de forma súbita estava cuidadosamente colocado em sua cama empacotado nos lençóis. Ele ainda usava as roupas do momento em que Midoriya o levou e o colar estranho ainda estava no seu pescoço, ou seja, tudo estava dentro de sua normalidade anormal.
O levantar era ainda pesado parecendo que tinha carregado enormes sacolas por longas horas, o que se justificava pelo gasto de energia na conjuração de transporte. Para Katsuki, o maldito tengu ruivo parecia zombar de suas quedas de esgotamento, tratando-o como uma criança perante a ele, afinal, apesar da aparência jovem, quantos diabos séculos aquela criatura viveu?
A narrativa estranha de criaturas folclóricas ditas espirituais, cujo viram o nascer, guerrear e derramamento carmesim do que seria o surgimento daquele país, interferindo direito ou indiretamente em seu ímpeto de diversão na tragédia humana. Por fim, o ócio do profundo esquecimento pela humanidade engolida no mar moderno.
— E agora eu virei o centro das atenções desse idiota? — concluiu aborrecido—, como se eu tivesse tempo pra essa merda.
— Eu não lhe vejo como idiota, Katsuki — o tengu ruivo disse calmamente a frente do loiro.
Ele trajava roupas casuais, semelhantes a de seu subordinado, no entanto, seu cabelo vermelho estranhamente arrepiado e dando a aparência pontiaguda semelhante a seus dentes. Uma aberração da moda foi concluída em uma crocs da mesma cor dos cabelos.
— Posso saber que merda você tá fazendo aqui?
Kirishima parecia mais atento aos detalhes do apartamento do que a que o homem humano lhe perguntou, os olhos vermelhos claros olhavam com bisbilhotice cada ponto e chegando a rir de algumas coisas. Ele era realmente de dar nos nervos, caminhado e mexendo em qualquer objeto totalmente à vontade.
— Os humanos se acostumaram a viver em cubículos solitários, né? Izuku havia me contado, porém eu não queria acreditar— , ele enfim falou olhando fixamente ao loiro com preocupação.
— Então o senhor imortal vai ser fiscal da solitária vida humana?— rebateu emburrado e apontado para Lilu que passou entre eles no momento- Eu não estou sozinho, pelo contrário, olhe ela como é elegante.
O monólogo esquisito foi feito, que causou a Katsuki uma compulsória risada. Todos os eventos foram tão absurdos, e agora aquela criatura mágica falava solidão, "Não é possível que isso ficará mais absurdo, não é?", pensou.
— Eu não lhe vejo como uma piada, Katsuki. Por que você sempre volta com esse tipo de ideia? — o corvo lhe deu um olhar de ofendido. E de fato fora um pensamento proposital, visto que ele já tinha consciência da capacidade do ruivo em ler mentes.
Resolveu por ignorar o que diabos o Tengu quisesse e ligou a tevê jogando-se no sofá, seja físico ou sobrenatural aquilo não deveria ou iria atrapalhar suas amadas férias. Como irritante, o ruivo aproximou-se entusiasmado para olhar o objeto e pode notar que seus olhos brilhavam vidrados nas luzes expandidas.
— Vejo que na sua montanha a tecnologia está atrasada em séculos — utilizou de seu grau aumentado de sarcasmo na tentativa de afastá-lo, no entanto só ganhou um animado acenar de cabeça confirmativo.
— Faz algumas décadas que não saio por aí, mas deixo para Izuku me atualizar sobre essas coisas—, explicou sorrido discretamente— As vezes ele esquece de contar sobre as novas engenhocas humanas.
— Engenhocas? Você realmente parece um velho falando.
O tengu soltou um suspiro chateado com a observação voltado sua atenção para a tevê, na qual passava um programa sobre a moda berrante nas ruas jovens e alguns dados um tanto preocupantes quanto a bem-estar e saúde mental. De fato, em um mundo globalizado tão corrido e concorrido não era comum ouvir histórias sombrias no cotidiano. Katsuki, no entanto, tentou encarar as fraquezas da sociedade como sua força, tratando-a com intensidade para sobreviver ao ramo de negócios.
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O Por do Sol na Montanha Vermelha
Romance"Um misto de sentimentos dicotômicos pelo medo e admiração lhe fez estremecer, aquela forte presença o fez logo paralisar, e a ansiedade ia a mil a cada passo daquele ser exuberante. No pequeno lapso de sua sanidade, recordou-se e notou que aquilo s...