Cap 2°

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Depois de um dia estranho e bom, só me joguei na minha cama depois de um banho quente. Estava preparando meu jantar, quando lembrei que tinha que ligar pra Angela:
- Pois não?
- Angela? Sou eu, Allyson. Tá podendo falar?
- Claro, honey. E então...
- Queria saber se vai querer se mudar pra cá. São três quartos, fora o meu. E dois banheiros.
- Opa, isso é ótimo. Vou querer sim. Quanto é o aluguel?
-  340 reais. O que acha?
- Perfeito. 170 reais pra cada uma. Quando posso me mudar, gatinha?
- Hmmm... Que tal, amanhã? Você tem móveis?
- Não, não. Eu moro na casa da mãe do Sandro. São só minhas roupas e outros pertences.
- Ótimo. Vou deixar os quartos arrumados, aí amanhã você vem e escolhe.
- Obrigada, amor. Até amanhã.
  Ela desligou e eu fiquei parada, na cozinha. Essa garota é completamente estranha e seu jeito de me tratar me deixa desconfortável.
  Depois de jantar, fui dormir, amanhã o dia prometia ser longo.

Ataquei meu celular longe assim que ele tocou. Por sorte, caiu na poltrona do meu quarto. Minhas aula só começariam a tarde, então eu rapidamente me levantei. Tomei um banho e me vesti. Tomei apenas uma xícara de café, por que tocaram a campanhia:
- Hey, honey!!!
Angela estava na minha porta, com duas malas grandes. Estava com um short curtíssimo e uma camiseta justa, as duas peças em um rosa choque ofuscante:
- Bom dia, Ângela.  Entre, por favor.
  Ela entrou, observando tudo:
- Seu apartamento é maior do que imaginei. É perfeito.
  Ela entrou o meu quarto e depois escolheu o dela:
- Este aqui é ótimo.
- Que bom que gostou. Já tomou café?
- Já sim. Vou organizar minhas coisas.
- Certo. Vou terminar de tomar café e vou sair. Vai ficar aí?
- Vou sim.
- Ok, tem uma copia da chave em cima do balcão da cozinha.
  Depois de tomar café,  me troquei e saí. Eu precisava de um emprego, por que logo o dinheiro que eu tinha na minha conta iria findar.
  Entreguei muitos currículos, cheia de esperança. Estava tão distraída andando pela cidade, que nem percebi quando bati em alguém:
- Ei, morena. Vai com calma aí.
  Fanny estava com o namorado e Bruno também. Só Sandro estava sozinho:
- Oii, pessoal. Desculpem.
- Tudo bem. Amiga, esse é meu namorado, Luciano. - Fanny apresentou, alegre.
- E a minha princesa, Carolina.
- Muito prazer, pessoal.
- A Angela já se mudou? - Sandro perguntou, me olhando dos pés à cabeça.
- Sim. Ela está lá agora, eu acho. Eu deixei ela lá, com outra chave. Se quiser ir lá.
- Ah não. Eu preciso almoçar.
Franzi as sobrancelhas:
- Almoçar? Mas está cedo ainda.
Sandro abriu um sorriso lindo:
- Ally, já são 14:00h da tarde. Daqui a pouco, temos aula.
  Arregalei os olhos, meu coração batendo forte. Mas não foi pelo fato de ser tão tarde. E sim por conta de como ele me chamou:
- Bom....Hmmm....É.... Certo. Eu vou... Almoçar em casa, então....
- Não vai não. Vem comigo. Esses dois querem me deixar de vela. Vem almoçar comigo.
  Ele puxou para longe dos outros. Seu toque formigava em minha pele e eu desejava que esse contato não acabasse.
  O almoço foi rápido por conta do horário, mas Sandro era muito divertido. Eu me despedir dele e fui para meu apartamento.
  Quando fui abrir a porta, uma garota loira e baixinha abriu a porta. Ela tinha marcas de chupões por todo o pescoço, estava sem sutiã e sua blusa de seda estava rasgada e sem botões. Eu olhei novamente o número do apartamento, talvez tivesse errado. Não, era o meu mesmo.
  Ela saiu correndo, descalça e chorando, antes que eu pudesse perguntar algo. Entrei dentro de casa. Angela saiu do seu quarto:
- Oh, você já chegou.
  Ela nem disfarçava. Estava só de lingerie,  e tinha marcas de arranhões pela barriga e chupões pelo pescoço e no colo:
- Sim, eu cheguei. Vou me arrumar pra minha aula.
- Certo, eu também.
  Ela veio atrás de mim, pelo corredor e deu um tapa em minha bunda, antes de entrar em seu quarto.
  Mas que merda....

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