Capítulo 2

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"Quanto mais corria, mais longe parecia ficar a porta, que a tiraria daquele medonho local."

Fita 4;

***

Ela acordou cedo. Este era o primeiro dia em que voltara ao trabalho, depois de vários acidentes que ocorreram no local. Trabalhava em um café, e era grata por isso. Grata por jamais depender de alguém, nem mesmo de sua tia, que era a "responsável" por ela. Ela não vivia em casa mesmo, por que então pensar em depender dela?

Ela estava feliz por voltar. Vestiu seu uniforme, fez duas maria-chiquinhas baixas em seu cabelo e já se apressou para ir ao café.
-Megan?- Ela sentiu uma mão pegar em seu ombro e levemente se assustou. Se virou e viu um menino que aparentava ser de sua idade, tinha um cabelo azul claro com as raízes castanhas escuras, parecendo que pintou a tempos.
-Acho que me confundiu com alguém. - disse ela, tirando a mão do jovem de seu ombro.
O jovem olhou nos olhos profundos dela. Colocou as duas mãos nos ombros dela.
-Megan, eu sei que você está aí! Por favor! Me responde...
Ela sentiu um tremor dentro de seu corpo, algo estranho. O cabelo do garoto ficou completamente castanho e o mesmo desmaiou no chão. Gray ficou totalmente sem reação, não sabia se socorria o rapaz ou corria para longe. Resolveu ligar para uma ambulância socorrê-lo.

***

Megan, eu sei que você está !
Por favor! Me responde...

Aquilo soou familiar na mente dela. Mas jurava que nunca havia ouvido voz tão estranha quanto aquela, então não sabia reconhecer. Ela sentiu algo estranho no momento em que ouviu a voz. Medo não seria. Dejavu muito menos, pois sabia de todos os momentos em que viveu desde aos três anos de idade.

***

Chegou ao hospital junto com o rapaz, que foi logo levado para um quarto. Ela explicou para a enfermeira o que tinha acontecido, então ela não perguntou muitas coisas.
Passado um tempo, ela resolveu entrar no quarto onde o rapaz foi levado. Os olhos tremeram, sua visão ficou preta e branca, não havia ninguém na cama desarrumada, mas tinha sangue. O quarto estava todo revirado, haviam remédios abertos e espalhados pelo chão junto com pedaços de cortina. Uma parede estava com uma mancha de sangue que mais parecia um "357". De repente, ela levou um soco psicológico, que a fez assustar e fechar os olhos. Abriu-os e viu um quarto arrumado, sem sequer uma mancha de qualquer coisa. O rapaz estava lá na cama, acordado.
-Quem é Megan? - Ela pergunta curiosa e se senta em uma cadeira, perto da cama.
- Eu que pergunto ué. Quem é ela?
Ela ficou confusa. Não sabia como resolver aquilo, nem "puxar" dele quem era Megan.
Depois de conversar com ele por algum tempo, acabou achando ele interessante. Seu nome era Honoi, e ele, ao contrário de como Gray achava, estava totalmente consciente.
- Você viu meu celular? É capaz da minha família me matar se eu não contar onde estou.
- Claro, claro. - Disse ela, indo até a mesinha de frente a cama e entregando o celular a ele.
- Pai? Calma, não aconteceu nada... Quer dizer, aconteceu sim, mas eu não sei explicar o que foi. Onde eu estou? No hospital?
- No hospital Sul. - disse ela, ajudando ele.
- Vai vir? Mas... Okay então.
Os dois ficaram conversando, tentando entender o que aconteceu até tarde da noite, esperando o pai dele chegar. Gray caiu no sono e não viu mais nada no resto daquele dia.

•••

Pera aí, kkk.
Deu um trabalhão esse capítulo, escrevi, revisei e reescrevi ele. Creio que o próximo vai aparecer um personagem do jogo, então...

Thank u, bae! 😘

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