Porta dos fundos
Estava conversando com uma mina a mais de um mês, a gente se dava bem e tínhamos os mesmos gostos.
É óbvio que começamos a ficar.
A gente se encontrava sempre que pintava uma oportunidade, depois da escola ou na hora de ir comprar pão, tudo era calculado pra gente se esbarrar por aí.
Típico romance adolescente, mas até o mais inocente dos adolescentes tem hormônios. O sexo é algo completamente natural, ainda mais nessa fase que tudo está pegando fogo.
Um dia fomos até uma lanchonete, já eram umas dez horas da noite quando voltamos para casa. Na nossa rua havia um terreno baldio que tinha um caminhão abandonado em frente, isso fazia o lugar ficar totalmente escondido.
Entramos no terreno e começamos a nos "pegar". As coisas iam esquentando, depois de uns beijos, eu comecei a beija-la no pescoço e descer passeando pelo seu corpo, seus lindos seios agora estavam dentro da minha boca e ela ia a loucura.
Ela também me retribuiu, abaixou minhas calças como um animal feroz, ela ansiava por aquilo tanto quanto eu, me chupou como se não houvesse amanhã.
Tudo ia bem, então resolvi avançar para o último estágio, ela recusou, disse que não queria perder a virgindade no meio do mato e estava certíssima.
Eu respeitei e continuamos nos pegando, ela me surpreendeu oferecendo outra coisa.
Isso mesmo, ia liberar o anel pra mim, eu também estou me perguntando por que ela ela liberou o anel e não a boneca, mas vida que segue.
Tudo foi rolando normalmente e com o fogo na flor da pele, como era esperado. Foi engraçado pois a maioria das meninas tinha medo de fazer isso e ela agiu com tanta naturalidade, foi sem medo, possivelmente já havia feito isso antes.
Eu enfiei o pênis a primeira vez e ela soltou um gemido que daria para ouvir até de outra cidade, então continuei fazendo o movimento de vai e vem, e era tão bom. Já tinha feito um bocado de coisas na vida, mas sem dúvida essa era a melhor das coisas.
- Cara, para! - Ela falou de repente.
- Espera só um pouco, eu tô quase lá! - Eu disse, estava chegando ao ápice.
- Pois é, eu também!
Eu queria ter entendido, me pouparia uma camisa!
Do nada, eu comecei a sentir algo quente, e um cheiro muito forte começou a subir. Eu não estava crendo, mas já devia ter imaginado, estava bom demais pra ser verdade.
- EU NÃO ACREDITO! VOCÊ CAGOU NO MEU PAU? - EU gritei ainda sem acreditar no que estava vendo.
- EU MANDEI VOCÊ PARAR! - Ela gritou na mesma altura, devia estar tão puta quanto eu.
- MAS VOCÊ NÃO DISSE QUE IA CAGAR CARA!
- CALA A BOCA, SEU IDIOTA! EU MANDEI VOCÊ ESPERAR UM POUCO! AGORA NÓS DOIS SE FODEMOS, NÉ! - Aquilo foi o ultimato.
Ela pegou as roupas dela que estava no canto de um dos muros do terreno baldio e se vestiu toda cagada mesmo e depois foi embora, eu fiquei ali só pensando no que ia dizer pra minha mãe.
O cheiro estava insuportável. Eu tirei minha blusa chorando.
- Porra, era a minha melhor camisa!
A usei para limpar meu pênis, que estava todo sujo da bosta dela, joguei minha camisa fora, depois vesti minhas calças e fui sem camisa mesmo pra casa, chegando lá fui direto para o banheiro, precisava tirar aquele cheiro horrível de mim.
Minha mãe ainda falou um monte por causa da camisa, disse pra ela que caí em cima de cocô de cachorro, na altura do campeonato preferia que tivesse sido isso.
Depois disso nunca mais vi aquela garota, nunca mais nos falamos e eu aprendi duas lições, quando uma mina pedir pra parar, a gente para.
E ainda que a casa estiver toda fechada, nunca entre pela "Porta dos fundos"!
(RICARDO, RJ, 17 anos)
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Contos de F(o)das
Short Story(...)Somos todos adultos e não precisamos mais de contos de fadas! Então, se segurem por um momento, fechem as pernas, abram o livro e sejam muito bem-vindos ao Conto de F(o)das!(...)