Capítulo 7

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O cara da fimose

Eu tinha dezoito anos quando fui transar a primeira vez. Um pouco anormal para os rapazes da minha idade, todo mundo sempre espera que você perca a virgindade logo, mas eu tinha medo.

Não sei bem de quê, mas tinha.

Desde pequeno eu tinha plano de saúde, pois segundo o médico eu tinha uma infecção no pênis. Meus pais nunca deixaram eu fazer um tratamento intensivo ou uma operação para a tal infecção pois tinham medo que eu ficasse "aleijado", e além disso nunca me disseram ao certo o que eu tinha.

Eu cresci e como todo rapaz adolescente, arrumei uma namorada.

Nós estávamos com os hormônios à flor da pele e o fogo ia subindo cada vez mais.

Um dia após muita pegação resolvemos que perderíamos a virgindade juntos, enfim transaríamos.

Ela foi pra minha casa, não tinha ninguém lá, tudo aconteceu como deveria, nos beijamos e fizemos sexo oral até os dois ficarem loucos querendo mais, então foi a hora do "vamos ver", eu estava um pouco nervoso e ela também, mas o tesão era tanto que não ligamos para o nervosismo.

Eu coloquei meu pênis nela.

Ela gemeu tão alto que acho que o bairro inteiro ouviu. E eu? Bom, eu berrei feito um animal abatido, nunca havia sentido uma dor tão grande como aquela!

Na hora eu tirei o meu pênis de dentro dela, estava vazando tanto sangue que eu achei que estava tendo uma hemorragia, e no final era isso mesmo.

Eu caí no chão, pois doía muito e comecei a gritar mais e mais.

- Eu vou morrer! Eu estou morrendo! Socorro! Eu estou morrendo! - Eu estava gritando e segurando meu pênis.

Era tanto sangue que nem dava pra ver o que tinha machucado.

Ela ficou desesperada, mas ainda sim achou tempo para rir da minha cara, ligou para a ambulância e se vestiu.

Quando a ambulância chegou ela estava do meu lado, rindo horrores e segurando minha mão. Eu estava chorando e sangrando.

Os homens da ambulância me pegaram no colo e me colocaram na maca e tentaram cobrir alguma coisa sem me machucar, mas não conseguiam ficar sérios, também riram da minha cara.

Eu fui pro hospital e minha mãe foi me ver depois. Eu tive que ser operado com urgência, nem sequer o médico conseguia ficar sem rir.

Hoje consigo ver que foi realmente uma situação engraçada, mas na hora não teve graça nenhuma, eu estava sangrando e morrendo de dor.

Depois disso, minha namorada terminou comigo, o pior é que ela contou para um monte de gente e os maqueiros também espalharam a notícia pelo hospital.

Foi um inferno no início, hoje não ligo mais, até acho engraçado, ganhei um apelido, sou conhecido como O cara da Fimose!

(CARLOS, 21 anos, Rj)

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