Capítulo 13

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Uberquete

Fui passar o dia na casa da minha namorada, na hora de voltar ela ligou para o Uber pra mim, até aí tudo bem, nada de anormal.

Então, o Uber chegou, eu embarquei, eu moro a exatamente meia hora da casa dela, quando já estava na metade da viajem peguei minha bolsa para já separar o dinheiro da corrida, foi aí que me dei conta do desastre.

Eu havia esquecido minha carteira na casa da minha namorada, obviamente, entrei em desespero, como pagaria o moço?

Meu coração gelou, no início estava conversando com ele, fazendo piada, agora nem conseguia responder.

Na hora pensei, bom, ser bissexual tem suas vantagens, eu não aprendi só a chupar perereca. Isso é escroto eu sei, mas foi a primeira coisa que me passou na cabeça.

"É isso, vou ter que chupar o pau do cara! Ah pronto! "

Calma minha gente, óbvio que eu não ia estuprar o moço e sair rasgando as calças dele, mas iria conversar, ver se chegaríamos a um acordo.

Assim que chegamos ao destino pedi se ele poderia esperar um minuto.

Pensei: "Se papai tiver em casa pego o dinheiro com ele e depois devolvo!"

Era uma idéia muito melhor que a primeira.

Adivinhem só... Meu pai não estava em casa, e eu estava correndo pela casa, o moço buzinou o carro.

Então, era isso.
"Que vergonha! Bom, vamos à luta! - Foi o que eu pensei, mas para minha sorte, quando estava voltando para a rua vi no quintal a bendita, a santa, a minha carteira. Ela deve ter caído quando eu saí, nesse momento eu agradeci a todos os deuses de todas as religiões possíveis!

Paguei o Uber. Graças ao céu eu não precisei de fato boquetear o moço, depois disso nunca mais perdi minha carteira.

Tomem cuidado meninas, ou podem acabar pegando um Uberquete!

(MELISSA, 22 anos, RJ)

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