Frozen: Um rebuceteio congelante

O inferno congelou?

Point of view Elsa

- Misericórdia! O que aconteceu? - Anna perguntou olhando atônita para mim. - O inferno congelou? Por que tem um demônio de gelo na minha frente?

Revirei os olhos, minha ciência de ser corna tinha feito dois chifres se matealizarem em minha cabeça, no sentido totalmente literal.

- O inferno não congelou, Aurora que foi brincar de acordar a piranha de neve. - bufei e arrastei meu chifre na parede, fazendo as raspas de gelo caírem em meu copo.

- Uau! Raspadinha! - pegou um copo e colocou em minha frente me esperando repetir o ato. - Obrigada. - pegou a cachaça que eu havia ganhado e misturou com o gelo. - Pelo menos teu chifre rendeu caipirinha.

- O que eu faço agora? - perguntei sem rumo.

- Chora. - deu de ombros.

- Eu já chorei.

- Chora mais, sua pele tá muito ressecada, pelo menos hidrata. - sorriu largo e levantou. - Você quer brincar na neve?

- Não.

Sai dali depois de colocar cachaça no meu copo também e fui para a frente do castelo, me sentando no chão.

- Nossa! - Rapuzel chegou quase tropeçando nos próprios cabelos. - Pensei que Aurora que beberia o gelo que você deu nela com whisky e Red Bull.

- É cachaça de abacate. - dei de ombros.

- Sinto muito por ela ter te traído. - a olhei sem entender.

- Como você sabe? Quem contou?

- Fofocas correm rápido, além do mais esses chifres enormes na sua cabeça deixam evidentes. - colocou a mão no queixo e pensou por algum tempo. - Já pensou em cortar e vender? Um berrante de gelo é novidade!

- Você já pensou em comprar um cérebro? - revirei os olhos.

- Calma, priminha! - sentou ao meu lado e sorriu. - Eu já sei o que você pode fazer para reconquistar ela, isso é o sonho de todo mundo.

- O que? - perguntei com curiosidade, seus olhos brilhavam.

- Matar o velho da Havan!

- Esse cara não é brasileiro? - fiz careta.

- É daí? Isso é um sonho universal!

- Tentador... - pensei e logo chacoalhei a cabeça. - Mas Aurora não merece isso, ela me traiu. - cruzei os braços.

- E você fez o mesmo...

- Não fiz não! - bufei.

- Mas ia fazer se ela não tivesse chegado, eu te conheço dedos de gelo. - brincou com as sobrancelhas. - Acho que Olaf tem sonho de sentir o calor porque você fez ele materializando seus dedos entrando em uma boce-

- Cala a boca! - corei forte.

- Eu fiz uma nova música de princesa. - Levantou e jogou o cabelo para a direita, que acabou pegando em três guardas, os fazendo cair. - Somos princesas, do reino encantado, aceitamos viados, só não o Bolsonaro! - uma música em batida de funk surgiu do além e começou a tocar. - Rainha do gelo, a Elsa Sapatao, o chifre é tão grande, que nem cabe na mão. - começou a dançar e fazer quadradinho, a cena era tão birraza que poderia estrear em American Horror Story. - Mérida talarica, a mina dos sete anões também, mas depois do chá de boceta da Aurora, não tem mais pra ninguém.

- Pascal, por favor. - olhei para o camaleão e ele que entendeu o recado e subiu em seu ombro com a frigideira, acertando em sua cabeça, a fazendo desmaiar. - Obrigada.

Agora entendo Itachi!