Coração Partido

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Point of view Elsa

Eu não deveria ter feito aquilo... — suspirei enquanto Rapuzel brincava com seu camaleão. — Prima, com o que se cola um coração partido?

— Depende da sexualidade, mas no seu caso com velcro.

— Isso não vou ter tão cedo, sou muito burra. — bufei e ela concordou.

— Você pegou seu caminhãozinho de sapatão e quis fazer de reboque por aí, pegando qualquer capô que visse.

— Que analogia podre. — fiz careta e ela deu de ombros.

— Isso não é nada, na torre "minha mãe" dizia que crianças eram feitas com polenguinho.

— Eu vou vomitar. — seus olhos me olharam estranho; a garota em si era estranha. — Pergunta logo o que você quer.

— Não quero soar inconveniente, mas... Você vomita pedras de gelo? — a olhei incrédula e ela ergueu as mãos. — tudo bem, já entendi que a resposta é não. Mas e na hora de fazer xixi, sai líquido mesmo ou em textura de raspadinha?

— Passar muito tempo na torre te deixou maluca, garota.

Ela voltou a dar de ombros enquanto acariciava o camaleão em seu colo, dentro da sua inseparável frigideira.

— Por que você está sempre com essa frigideira? — perguntei arqueando a sonbrancelha.

— Não tenho muita prática com saltos que nem sua ex-namorada, o que me resta de arma é isso. — tirou o animalzinho de dentro e jogou a panela para cima, a jogando no ar e pegando no cabo. — Se alguém vier eu pego ela e pu, pam, tã,nã,nã, pisooon.

Olhei ao nosso redor e os guardas nos olhavam como se fossemos malucas, aparentemente na minha família só tinha maluco realmente.

— Não liguem, ela tem deficiência mental. — silabei para eles apenas com os lábios. — Você não precisa dizer o som. — sussurrei para ela que negou.

— Aaah, precisa sim. — sorriu animada. — O José gosta, a noite ele adora ouvir isso.

— "Pison" ? — perguntei incrédula e neguei com a cabeça, eu não deveria dar palco para aquela maluca.

— Rom pom pom também, aí eu tenho que fingir matar ele. — corou um pouco.

— Hum, e você mata com o que?

— Ahm, a... bom... a nossa parte baixa, a... Você sabe. Minha mãe chamava de florzinha, mas tem gente que chama de larissinha e... Acho que deu para entender. — Senti tanta vergonha alheia de ouvir aquilo que ficamos longos segundos em silêncio. — Você não vai falar nada?

— Era melhor ter continuado no pison.

— Foi você quem perguntou. — levantou e me estendeu a mão. — Mas enfim, vai ficar parada aí ou ir atrás da tua mulher?

— Minha mulher quer enfiar um salto quinze em qualquer orifício meu que estiver disponível. — revirei os olhos.

— E daí, vai que você tenha fetiche em saltos? — semicerrei os olhos.

— Seu cabelo deve ter roubado o crescimento do cérebro, não é possível. — suspirei cansada de tudo aquilo. — Obrigada pelos conselhos, agora vai atrás da Anna.

Usei meus poderes para fazer uma ventania e empurrar ela para outro cômodo e depois fechar a porta.

Como vou reconquistar Aurora?


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