PROLOGUE

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1984Vancouver, Canadá

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1984
Vancouver, Canadá

Tamanha era a ventania naquela noite de sexta-feira. As nuvens cinzentas derramavam-se em uma chuva pesada sobre a cabeça das pessoas que ainda andavam pela rua naquele momento, apesar de não ter muitos a se atreverem a tal loucura.

Aaron Bazarov, um homem que já estava próximo a casa dos trinta anos, alto, de lindos olhos azuis, que no momento pareciam mais tempestuosos que o tempo em si, cabelos castanhos médio, agora mais escuros por assim estarem encharcados pelo aguaceiro, andava apressadamente pelas ruas praticamente desertas e mal iluminadas, apertando contra si uma maleta de couro marrom já desgastada, tentando protege-la da chuva usando o sobretudo surrado e, infelizmente, também encharcado.

Seus passos apressados eram objetivos, não hesitava nem por um segundo qual esquina virar ou qual rua atravessar, até finalmente chegar em seu destino; uma pequena loja de artefatos antigos.

A fachada da loja era extremamente simples, embora muito bonita; toda madeira do local bem trabalhada e esculpida perfeitamente, e ostentava em um vidro que revelava seu interior, o seu nome, Phoenix, em um belo dourado que favorecia a fonte usada. Phoenix era o único estabelecimento daquela rua deserta que ainda funcionava, e Aaron entrou nele sem hesitar.

Ao entrar, Aaron agradeceu à facilidade de localizar-se naquela loja, e também ao aquecedor dela, então logo quando avistara um balcão, onde encontrava-se um senhor de óculos meia-lua e cabelos brancos amarrados atrás de sua cabeça, ele soltou o ar de seus pulmões e apressou-se a ir até o velho, que ao vê-lo, sorriu simpático e indagou-o:

— Boa noite, meu rapaz, o que deseja?

Havia uma etiqueta dourada presa do suéter marrom escuro do ancião, onde seu nome estava gravado em letras garrafais; Avel Krupin.

Aaron de nada disse, apenas sorriu fraco em resposta e tirou apressadamente do bolso de sua camisa um cartão, que por sorte não estava tão dafinicado, e o pousou sobre o balcão de madeira, empurrando na direção de Avel.

O cartão negro cujo nome visivelmente gravado nele era Onyx e vinha acoplado somente com o endereço daquele local, fez com que Avel fechasse seu sorriso amigável aos poucos, tomando uma expressão facial difícil de compreender, talvez um misto de raiva, tristeza e pena, que fez Aaron retrair-se incomodado.

O grisalho deu as costas para Aaron sem nada dizer, e caminhou arrastado até um telefone em uma parte distante daquele enorme balcão.

Enquanto esperava, após pousar sua maleta sobre os pés, Aaron esfregava freneticamente uma mão na outra, em uma tentativa de esquenta-las. A sua espera não fora muita, logo um homem negro vestindo um terno barato apareceu, e não precisou muito para que Aaron percebesse que deveria segui-lo, então assim o faz.

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