27 Minutes (l.s)

Frozen

Harry POV

Nunca me senti tão aterrorizado em toda a minha vida como agora. Pensei e fiz coisas que me causaram medo e ansiedade mas nada comparado a isso. Até os momentos onde eu esperava meu nome ser chamado e tinha medo da rejeição no X Factor, não chegavam perto disso. Cada semana esperendo nossos nomes serem chamado para passar para o próximo round, ainda não era como isso. Nada era, por que esse era o momento mais importante da minha vida. Eu não poderia atrazá-lo ou mudá-lo. Sei qual o fim que quero, mas minhas víceras temem ao pior. 

Minha mente corre com visões do que eu talvez veja quando chegarmos lá, o que por si só me assusta muito mais. Não sei como me tornei tão dependente numa pessoa. Como cada movimento meu, cada respiração era para ele. Sempre achei que eu era uma pessoa forte que tomava conta de si mesmo, mas agora? Agora vejo que estava vivendo por mais alguém. Esse era meu único propósito na vida, ele era meu único propósito na vida. 

Passamos vários carros, as sirenes de policia nos circulando. Eu via uma ambulância na nossa frente, fazendo meu estômago borbulhar. Me sinto doente, preocupado e mais que tudo, me sinto responsável. 

O que mais se apossaria dele para fazer algo assim? Ele jura que está fazendo isso por que me ama mas como alguém iria querer acabar com a vida por amar? Se você ama alguém, continua com ele. Fica com ele e vive com ele por quanto tempo pode. Você não se tira da equação e espera que isso faça tudo ficar bem. A raiva que começa a crescer em mim logo está espantosamente grande mas nesse momento, é a única sensação que sinto além de terror. Uma raiva absoluta e completa. Como ele pôde ser tão egoísta? Ele não entende o quanto o amo? O quanto vivo, respiro, como e sonho por ele? Isso nunca foi o suficiente? Eu continuo não sendo o suficiente?

O som de pneus cantando e do cinto de segurança batendo em meu peito me acorda de meus pensamentos raivosos. Olho para cima, vendo o hotel e minha boca logo fica seca. Olho em volta vendo dezenas de carros de polícia, ambulâncias, e membros de equipe pulando dos carros. Rapidamente faço meu caminho até a entrada só para ter meu braço agarrado por alguém atrás de mim. 

"Me solta!" Eu grito, virando e vendo Greg parado ali. Meus olhos raivosos o encaram enquanto afasto meu braço para longe dele. 

"Saia do caminho, Harry. Deixe isso com a gente." Ele cospe.

"Deixar isso com vocês? Do mesmo jeito que deixamos com vocês da última vez e vocês causaram esse inferno todo?!" Eu grito em seu rosto e ele vai para trás.

"Nós não temos ideia do que ele fez e se for uma coisa ruim, você não precisa ver." Ele continua, calmamente.

"Olha, eu não me importo com o que verei contanto que eu entre." Falo assim que Paul chega do meu lado e vejo policiais entrando. "Você já nos manteve longe por muito tempo e não vou deixar você fazer a mesma merda de novo." Digo, dando fim a conversa e viro, correndo para dentro.

Paul continua do meu lado e sei que ele concorda comigo. Corremos até a recepção onde um policial já está questionando a recepcionista. Minha respiração está acelerada assim que paramos e a encaro. Ela me olha de volta com os olhos arregalados. 

"S-Sinto muito mas isso é confidencial.." Ela diz nervosa para o policial. Cerro meus dentes e mordo a língua para não gritar com ela. 

"Eu entendo. Mas isso é uma investigação, senhorita." Ele diz calmamente. 

"A menos que você tenha algum tipo de ordem, não posso liberar informações dos clientes." Ela cruza os braços e passa a encarar todos nós. 

"Puta merda!" Grito para ela. "Apenas nos diga, caralho!"