Prólogo Parte 2.

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Quando acordei de novo, estava num quarto de hospital, provavelmente um particular. Somente a luz de um abajour estava acesa e a televisão estava ligada no canal de notícias.

-Um boletim está sendo feito a respeito da jovem Nina Cain Oswald, dada como desaparecida no início do ano de 2012, ela reapareceu durantes os festejos de ano novo de sua cidade natal, coberta de lama, sangue e água. Ela está internada na Santa Casa de Haymow, cidade onde morava com a família. Os paramédicos que a atenderam disseram que ela nada falou além do nome de seu ex–noivo, Jason Darwil, que foi chamado pela direção do hospital e então contatou a família da jovem, com quem tem um filho de três anos. –A repórter dizia.

Três anos. Eu pensei no bebê que eu segurei e amamentei por um ano e poucos meses antes que a chance de segurá-lo em meus braços foi arrancada de mim. Pensei em seus cabelos tão parecidos com o de seu pai e seus olhos, que todos diziam serem parecidos com os meus. Como estaria meu bebê agora? Será que lembraria de mim? Teria minha mãe lhe contado histórias sobre mim? Me senti sufocar de novo.

-Nina, querida? Está acordada? –Ouvi a voz familiar e varri o quarto com meus olhos, procurando a fonte da voz tão familiar para mim.

-Mãe. –Grasnei, a voz rouca de desuso.

Quando minha mãe se aproximou de mim e vi seu rosto, ambas desabamos quase imediatamente num choro convulsivo de pura alegria. Eu agarrei suas mãos com força, as minhas queimando de dor e ela me abraçou com tanta força que pensei que fosse quebrar. O bebê dela tinha voltado para casa. Eu tinha voltado a vida.

Eu ia me vingar de Jason Darwil.

NinaOnde histórias criam vida. Descubra agora