Capítulo Seis

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No dia seguinte eu olhava de forma inquisidora para Robert. O mesmo ria tranquilamente enquanto treinava basquete. Ele era o capitão do time, o que o tornava sempre bastante dedicado. Entretanto essa não era uma das vezes que eu sentava na arquibancada para admirá-lo, e sim para tentar entender porque Izabel Colins estava sentada poucos lugares depois de mim.

Quando o time fez uma pausa Robert se dirigiu primeiro à ela, me deixado perplexa.

— Então, Izzie, já encontrou algum grupo para entrar? — Ele perguntou e eu cruzei os braços.

— Izzie? — Questionei me aproximando e ambos me olharam surpresos.

— Oi, Katie, essa é a Izzie! — Robert apresentou e eu arqueei a sobrancelha.

— Izzie? — Insisti e a garota sorriu amarelo dando de ombros.

— Sou Izabel Colins, mas pode me chamar de Izzie. — Ela explicou e eu encarei Robert novamente.

— Vocês já se conheciam antes? — Indaguei tentando não demonstrar minha irritação.

— Não, nos conhecemos ontem por acaso. — Ela respondeu chamando minha atenção para ela novamente.

— Por acaso é jeito de dizer, eu basicamente atropelei ela. — Robert comentou e ambos riram animados. Eu continuei séria e então ele decidiu prosseguir. — Como ela é novata e não sabe para que grupo entrar eu a convidei para ver o jogo.

— É... Acho que estou mais inclinada para o grêmio de matemática. — Ela anunciou e Robert pareceu se interessar pela notícia.

— Isso é muito bom. Você então é boa com números? Muito raro isso. — Ele rebateu e ela sorriu abaixando o olhar.

— Sou razoavelmente boa.

— Aposto que é melhor que eu. Até a multiplicação por dois eu preciso da calculadora. — Robert brincou sorrindo demais e eu limpei a garanta incomodada. — Por que você não vira líder de torcida? — Ele sugeriu me deixando incrédula.

— Eu? Jamais. Não levo jeito para isso. — Ela admitiu e eu inevitavelmente sorri. Ainda bem que ela não era um ser sem noção solto ao acaso.

— Aposto que se sairia bem se tentasse. A Katie é a capitã da equipe. Qualquer coisa procure ela. — Ele avisou e eu lancei um olhar fulminante.

— Não acho que seria uma boa, Rob. Eu não sou uma pessoa muito extrovertida.

— Rob? — Questionei e ele riu.

— É meu apelido. — Robert confessou e eu respirei fundo indignada.

— Lindinha, você pode dar licença um instante? — Pedi e a garota me olhou receosa.

— Claro. Até mais, Rob!

O meu futuro falecido namorado se despediu dela com um sorriso tão nojento que eu quis arrancar a arcada dentária dele pelo nariz.

— Rob? — Repeti inconformada e ele deu de ombros.

— Qual o seu problema?

— O meu problema é você cheio de conversas e risinhos com essa garota. E que história é essa dela poder te chamar de Rob? Nem eu te chamo assim.

— Eu só quis ser legal com ela.

— Então você não faz questão de ser legal comigo? É isso? — Retruquei furiosa e ele respirou fundo.

— Eu não disse isso. Olha, eu vou voltar para o treino.

— Robert, volta aqui! Vamos terminar de... Robert! Seu filho da mãe! — Gritei e ele simplesmente me ignorou.

Bad girlOnde histórias criam vida. Descubra agora