Understand

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Olá queridxs leitores!

Agradeço a paciência e as visualizações.

Desculpe realmente a demora ainda tô sem notebook e na sofrência para reescrever todos os capítulos que tinha salvo no meu computador.

Espero conseguir manter as postagens regularmente.

Enfim, uma excelente leitura!

 Enfim, uma excelente leitura!

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Trenton makes Bridge.

Pennsylvania.

New Jersey, 07 de julho de 2004.

13:27 P.M

A respiração entrecortada e as passadas desesperadas indicavam para quem visse um descontrole. Ela nem sequer pensou muito só se rendeu ao desejo súbito de correr daquelas risadas e acusações.

Os cabelos loiros presos em duas marias - chiquinhas pendiam algumas mechas que eram açoitadas pelo vento devido a corrida. Cansada Donna apoiou o corpo nos joelhos puxando o ar com dificuldade. Sua cabeça girava tanto que se encostou na mureta da ponte e regurgitou todo seu café da manhã nas águas do Delawere.

Inspirou fundo limpando as lágrimas e os resquícios de vômito nos cantos dos lábios se sentindo uma tola, deveria ter imaginado que ir até a casa de Mary Jane lhe mostrar as fotos de sua "viagem" ao Zimbábue era um erro.

Encarou as águas seguindo seu curso e desejou aquela calmaria no coração. Cerrou os olhos apreciando a vista e os raios solares queimarem sua pele alva. Caminhou até o final da ponte descendo calmamente até as margens do rio, ajeitou a mochila praguejando por ter deixado as fotos caírem na entrada da casa de sua, agora, ex-amiga.

O canto dos pássaros silvestres retumbava naquela vasta imensidão verde, mesmo sendo rodeada de prédios e casas, além de um centro comercial era bom ter um espaço onde pudesse apreciar um pouco da natureza.

Ouviu risadas por entre as árvores e resolveu esgueirar-se , sua curiosidade falou mais alto. Notou duas crianças entretidas e aos berros na margem do rio se deleitando em brincadeiras que Donnatela sentiu vontade de entrar.

Os cabelos vermelhos e úmidos grudavam na face alva e risonha destacada por sua armação vermelha e grossas lentes chamando atenção da Fiore, ao lado da pequena ruiva - que a seu ver era mais ruiva que Mary Jane - um garoto loiro a fazia sorrir lançando-lhe sobre a água. Eles pareciam tão felizes naquela simplicidade que Donnatela se sentiu uma intrusa, uma espiã da alegria alheia. Encarou os dois com divertimento principalmente contagia pelas gargalhadas. Tentou se aproximar para continuar espiando melhor , mas não viu a pedra solta fazendo seu pequeno corpo deslizar até a margem chamando a atenção dos dois jovens.

Tentou levantar-se, porém o limo sobre as pedras a fez cair novamente , frustrando todas as suas tentativas. Cerrou os olhos recusando-se a abri-los, principalmente depois de ouvir passos apressados se aproximando de onde estava.

Você está bem?uma voz gentil perguntou preocupada.

Sim. abriu os olhos vendo as lentes grossas analisando-a com demasiada curiosidade. Donnatela ruborizou. Estava de passagem.A pequena Fiore tentou levantar-se sendo frustrada por mais um tombo.

Deixa que eu te ajudo.a doce menina ruiva ofereceu sua mão pálida de dedos tão finos quanto seus braços. Donnatela segurou as mãos da menina com o intuito de tomar impulso e alçar seu corpo, mas acabou por puxar a ruiva junto de si. Ambas se embolaram e desataram a rir a cada tentativa frustrada de levantar-se.

Estão fazendo errado. a voz mais estridente veio da copa de uma das árvores, o menino loiro de pele bronzeada encarava as duas desastradas.

Anda Fox, vem nos ajudar. A ruivinha bufou encarando o garoto.

O menino caminhou até as pedras esverdeadas tomando apoio com o pé esquerdo estendendo a mão para a ruiva e a puxou de uma só vez.

Fox. a menina ruiva gritou quando o corpo pequeno quase tombou de mau jeito, mas o loiro amparou-a com delicadeza sorrindo para ela e colocando-a no chão.

Acha que te deixaria cair, tomate?ele indagou arqueando uma sobrancelha loira.Agora vou ajudar a espiã ali. ele apontou para Donna que não gostou da forma que fora chamada fazendo um bico enfezado.

Pegou a mão do loirinho a contra gosto e tomou o impulso caindo por cima dele de de qualquer modo. Sorriu vitoriosa da expressão de dor que o jovem fizera e levantou-se espalmando sua jeans.

Você é pesada para um saco de ossos! ele grunhiu levantando-se e Donnatela pode ter o vislumbre dos seus olhos tão azuis, límpidos e profundos.

E você é um idiota.ela proferiu colocando as mãos sobre os lábios em seguida se arrependendo do feito, afinal ele tinha salvado sua pele, mesmo que tivesse sido um idiota por chamá-la de espiã, ainda sim tinha sido legal com ela.

O tal Fox encarou Donna estreitando os olhos azuis em sua direção. Donnatela estremeceu engolindo sua saliva com certa dificuldade. Exasperou quando ele se aproximou sem desviar de seus orbes. O menino tombou então a cabeça avaliando-a envolvendo-os num clima desconfortável.

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