HERÓIS (Boku No Hero Academia)

CAPÍTULO 39

-Não mãe, infelizmente eu não vou voltar para o Brasil com você. Arqueio  a sobrancelha encarando minha mãe

-Quem é esse...? Olha para o loiro séria

-Ele é meu namorado

-Ele me entende?

-Claro que não mãe, ele fala japonês!

-Eu não gostei dele. Confessa ríspida e seca

-Espera, você nem ao menos o conheceu, conversou...como pode falar que não gostou dele?! Digo indignada

-Com licença tia Adriana o Bakugou...

-Sakata olha bem suas palavras. Falo em um tom ameaçador

-Como eu estava dizendo, Bakugou é uma pessoa muito importante para ela. O que ele fez pela sua filha foi surreal, tenho certeza de que nenhum menino faria isso... A mais velha fitou o garoto sem expressão, e isso me deixava com mais medo ainda

-Ah desculpa, eu sou Bakugou Katsuki, namorado da sua filha, prazer em conhecer a senhora. Cumprimenta se curvando, ela apenas deu de costas o ignorando

-MÃE! NÃO PRECISA FAZER ISSO! Exclamo ao presenciar a atitude infantil dela

-RAPHAELA VOCÊ VAI VOLTAR COMIGO AMANHÃ MESMO!

-NÃO! EU NÃO VOU! SABE MUITO BEM QUE ESSE É O MEU SONHO!

-OLHA PARA VOCÊ! ESTÁ TODA MACHUCADA, PERDEU ATÉ UM BRAÇO S/N! PELO AMOR DE DEUS PÕE A MÃO NA...

-MÃE VOCÊ QUER DESTRUIR MEU SONHO?! VOCÊ DISSE QUE ME APOIARIA!

-SIM, MAS NÃO CONCORDEI DE VOCÊ PERDER UM BRAÇO! VAI VOLTAR COMIGO SIM!

-JÁ DISSE QUE NÃO VOU! Saio puxando Bakugou e bato a porta com muita força a assustando
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-Ei ei ei! Onde está me levando?! Indagou Bakugou me parando

-Para longe dela... Respondo sem encará-lo

-Oque vocês discutiram? Eu não entendi.

-Ela quer me levar para o Brasil. Mas eu não vou! Não vou abandonar meu sonho! Falo determinada, ele olha para o céu negro estrelado e suspira

-Vai voltar para casa? Pergunta enfiando as mãos no bolso da calça

-Não! Eu não quero vê-la, por hoje. Talvez eu vá para a casa da Tsuyu ou da Urara...

-Quer ir para minha? Sugere corado

-Qu-que...?! Sério?! Digo ainda mais vermelha

-Não vou fazer nada não sua doida! É só para passar a noite.

-E sua mãe? Ela não vai achar ruim não?

-Eu resolvo com a velha. E aí, vem ou não? Estende a mão, por um momento esitei desconfiada mas confiava naquele olhos sinceros
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-Isso não vai ficar assim! Não vai! Exclamou a mais velha andando de um lado para o outro

-Calma tia, tenho certeza de que ela vai ficar bem. Fala Lyyn acompanhando seus movimentos

-Você viu como ficou o braço dela?! Eu a quero inteira, minha filha! Senta no sofá

-Toma um pouco de chá para acalmar. Sakata estende a xícara quente

-Obrigada...
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-Ô VELHA JÁ CHEGUEI! Berrou o garoto e sua mãe logo apareceu e começou a apertar em seus abraços nem notando minha presença

-Quem é essa mocinha? Pergunta um homem que apareceu do além fazendo a atenção da mulher cair sobre mim

-Qual é o seu nome docinho? Perguntou a senhora com um largo sorriso

-Ela é Raphaela, minha namorada. Falou grosso. Os mais velhos ficaram paralisados ao ouvir a palavra "namorada"

-MEU DEUS É O FIM DO MUNDO! Falou amassando minhas bochechas

-CHEGA DISSO SUA VELHA DOIDA, VAI ASSUSTAR ELA! Brigou o bomba me livrando das garras da mãe coruja

-Que nada. Ela é uma gracinha!

-Idiota... Vamos subir Raphaela-pega na minha mão me levando para o seu quarto,por incrível que pareça super limpo e organizado- pode tomar banho primeiro. Diz pegando uma toalha em seu guarda-roupa

-Não, pode ir primeiro... Falo virando a cara avermelhada

       Ele entrou no banheiro me deixando sozinha sentada em sua cama. Observei em volta, era um quarto normal, passei a mão sob o travesseiro e notei que tinha uma foto de baixo do mesmo. Uma foto minha, para ser exata. Corei na hora, já que a foto foi tirada no dia em que ele virou meu "professor". De repente, a porta abre e a mãe dele aparece com uma xícara de chá

-Posso perguntar uma coisa? Diz se sentando ao meu lado me enregando o chá

-Claro!

-Bakugou é um menino muito difícil, desde pequeno até o fundamental nunca se relacionou com alguma menina. Bom, teve uma que escreveu uma carta para ele quando criança, mas ele começou a zombar dela e mostrar a carta para toda a turma. Se sinta especial, ele não é um garoto "normal". E outra, como... como vocês começaram a namorar? O que você viu nele?

-Vamos dizer que começamos muito mal, eu e ele parecia cão e gato sabe? Sempre brigando, se estranhando... ele me dava muita raiva. Mas quando menos esperei, meu coração batia forte. Ele já fez muitas coisas por mim.

-Do jeito que você fala me deixa muito emocionada Raphaela! Diz me apertando em um abraço esmagador

-EI SUA VELHA JÁ NÃO TE DISSE PARA NUNCA ENTRAR NO MEU QUARTO MERDA! Gritou Bakugou ao se deparar com sua mãe

-OLHA O JEITO QUE VOCÊ FALA COMIGO RAPAZ!- caminha até a porta- Tchauzinho Raphaela!

-Tsc. Pode ir, já separei uma roupa minha pra você. Ele vestia uma regata preta com uma calça larga cinza bem escuro

-Ok-me dirijo ao banheiro- Eu amei sua mãe Bakugou!

        Quando termino me deparo com uma blusa gigantesca e uma calça enorme, o bom era que tinha aquelas cordinhas então, tava tranquilo. Saio e o vejo na sua cama mexendo no celular, quando nota minha presença dava para ver muito bem o tom rosado que se formava de orelha a orelha. Então, imediatamente começou a forrar um futon ao lado da cama e deitou

-Não, tudo bem eu posso ficar com o futon e você com a cama. Insisti

-Vai deitar logo droga! Exclamou o garoto virando-se para o lado

-Bakugou...- o chamei- Kacchan... Chamei novamente mas nem mesmo com o apelido que ele detestava o fez responder. Dei um suspiro e me deitei

         No outro dia, senti uma respiração bem próxima a mim. Abri meus olhos ainda pesados me deparando com o rosto do menino bem próxima ao meu. Era fofo quando não enrugava a cara.

-Tão fofo... Sussurro cutucando sua bochecha

-O que você está fazendo? Pergunta abrindo seus olhos vermelhos. Paraliso na hora toda corada

-Eh...ah...na-nada... e você?! Não estava dormindo no futon?!

-Eu odeio futon! E estava muito desconfortável para dormir. Vira de costas para mim. Eu envolvo minhas mãos entorno de sua cintura apoiando minha cabeça em suas costas

-Eu amo muito você Katsuki... Ele se virou me abraçando também

-Não fale essas coisas de repente merda!

-EI...!

-Também te amo idiota... beija minha testa

      O clima estava perfeito se não fosse minha fome para estragar tudo. Descemos e já tinha tudo pronto no estilo japonês, os pais dele já tinham ido trabalhar. Terminado, ele me levou para casa onde a tempestade ainda estava por vir