HERÓIS (Boku No Hero Academia)

38.2

-All Might me  encontre na estação agora!

-Sabe onde eles estão?!

-Em Shibuya, num galpão abandonado.

-Ok, já estou indo!

       Ao que parece, fim da linha para nós. É o que todo mundo diria ao nos ver naquele caos, todos exaustos e machucados, a chuva era de menos, nem nos incomodava. Mas o que me dava mais aflição era não saber o que fazer, sabia que eles iam dar um jeito e reverter o jogo. Bakugou, mesmo passando do seu limite permitido ainda mostrava confiança. Midoriya, poderia se quebrar todo, mas nunca que ia deixar de salvar alguém, Todoroki com todas aquelas abilidades incrives o adimirava mesmo escondendo seu remorso ao falar do pai, Kirishima forte como uma rocha, nada o abala.

      Eu os adimirava muito, queria estar em seus níveis. Me esforcei, perdi minha individualidade, All Might se aposentou... Não! Não vou ficar de braços cruzados! Eu entrei na U.A para me tornar uma heroína

        Em um movimento rápido consigo pegar uma das facas de Toga e mirar na garganta de Shigaraki. Joguei sua máscara longe revelando seu rosto. Ele continuava com um sorriso psicopático e aquilo me deixou com mais desprezo de sua pessoa. Ele ainda segurava meu braço mas não me importe, pois agora o jogo tinha virado

-Você é tão forte Raphaela...

-CALA BOCA SE NÃO EU ARRANCO SUA GARGANTA! Ameacei ainda mais com o objeto cortante. Shigaraki deu sinal para que os outros não se envolvesse

-S/N VEM PARA CÁ! É PERIGOSO! Chamou Kirishima

-NÃO! Eu tenho que dar uma lição em quem mexe com quem eu amo! Bakugou na hora corou um pouco pela declaração, mas não se importou

-Você tem um belo braço! Pena que nem tudo é pra sempre. Precisamos sacrificar algumas coisas em prol de outros, não é mesmo? Você não quer ver seus amigos sofrer né? Observe... palavras soaram tenebrosas, olhei por um instante e vi os irmãos ilusionistas acertar cada um com uma facada no quadril

-SEU MALDITO! Avanço com o objeto para cima do vilão. Ele segura meu braço com a faca imobilizando-a. Meu cotovelo começou a rachar e a  despedaçar, deixando a mostra minha carne. E começou a se proliferar para meu braço todo

-Fim da linha...

-Só se for pra você! Enfio a faca em seu peito, fazendo-o vomitar seu sangue imundo. Os outros vieram correndo em minha direção mas são barrados pela explosão de Bakugou e o galo de Todoroki os congelando por inteiro

      Observo meu braço destruído do ombro até o pulso. Totalmente destruído. Noto que alguém vem correndo para o meio dos destroços, Aizawa e  All Might, que paralisaram ao me ver com uma faca na mão e suja de sangue, além do meu braço

      Caio no chão exausta e fraca ao lado de Shigaraki, que agora não mais vivo. All Might prestou ajuda para os outros e Aizawa veio ao meu encontro. Se ajoelhou ficando por igual e por um momento parecia pensar em uma forma menos dura de falar

-O que você acabou de fazer?

-Apenas acabei com o mal pela raiz...

-Você é inacreditável Raph... Nesse momento caio sobre seu corpo desacordada

        Acordei com uma forte dor no corpo em um quarto um tanto familiar. Olho para o lado e Bakugou estava dormindo com a cabeça na minha cama, segurando minha mão. Graças a Deus ele estava bem. Ia acariciar seu rosto com minha outra mão, se não fosse o fato de que agora não era um braço de carne, mas de metal. Fico analisando meio assustada a estrutura metálica

-Você agora é meio cyborg agora. Falou Bakugou me assustando

-Eh. Parece que sim. Digo mexendo os dedos

-Nunca mais me mate!

-O-oque... Sou recebida de surpresa com um beijo do explosivo, nos separamos com nossas testas ainda coladas

-De preocupação sua anta. Eu te amo muito sua idiota. Diz acaricando meu rosto com o polegar

-Eu tam... Nos assustamos quando alguém bate na porta interrompendo nosso clima

-Desculpa o incômodo...! Fala Midoriya entrando no quarto junto com os outros

-Como você está? Perguntou Todoroki

-Bem... agora tenho um braço mecânico. Brinco com a minha situação. Alguém chega no quarto escandalosamente. Já devem saber quem é né?

-RAPHAELA VOCÊ NÃO MORRE DE RUIM! Exclamou Lyyn me apertando em seu abraço

-Desculpa pela preocupação...

-Eu tenho uma notícia. Fala séria

-Fala logo garota! Você está me deixando preocupada!

-Sua mãe... ela está na sua casa, te esperando. Meu coração quase para, nunca, em hipótese alguma imaginaria minha mãe aqui

-Raphaela

-Aizawa...?!

-Fizemos de tudo mas não tinha jeito...

-Está tudo bem! Isso não é nada comparado a minha vida! Abro um sorriso

-Bem... amanhã vocês vão à delegacia depor sobre o ocorrido

      No outro dia, demos os depoimentos e fomos liberados. Cheguei em casa junto com Bakugou e minha mãe estava sentada no sofá, quando ela me viu correu para me abraçar

-Minha filha...!

-Mãe! Que saudades! Nos separamos e ela ficou analisando meu novo braço assustada depois encarou o loiro sem expressão

-Raphaela, volte para casa...

-Oque?!

-Volte para o Brasil comigo!