HERÓIS (Boku No Hero Academia)

CAPÍTULO 25

Cheguei em casa desnorteada pelo ocorrido, até então pensei que Todoroki era quieto e não se manifestava hormonalmente, se assim posso dizer. Os dias estavam cada vez pior, primeiro vem Kirishima com sua repentina declaração e agora um beijo do Todoroki! Tenho que deixar bem claro para eles que não é assim que a banda toca. Tirei a roupa deixando jogada pelo chão do quarto e fui tomar banho. Fiquei pensando naquela cena milhões de vezes, saio e coloco uma camiseta azul marinho e um short, faço alguma coisa para comer e fico olhando minhas notificações

_____________

-Raphaela lembra daquele assunto da Uraraka se separar de mim? Queria conversar com você pode ser? Escreveu Midoriya

-Ah você pode vir aqui. Também quero te contar uma coisa séria... correspondi

-Chego aí em vinte minutos.

-Ok
____________

Sentia que devia contar para sobre o ocorrido a Midoriya, ele é meu melhor amigo apesar de estar reprimindo um sentimento a mais mas devo ser verdadeira.

Não demorou muito e ele já estava batendo na porta. Abri e percebi o inquieto, dei passagem para o mesmo que se sentou no sofá cabisbaixo, brincando com seu polegar

-Então... me conta, sobre o término de vocês... me sentei do seu lado

-O motivo...foi você Raphaela. Me fita sério

-EU?! OQUE QUE EU FIZ MANO?! É IMPOSSIVEL! NUNCA ATRAPALHEI SEU RELACIONAMENTO COM ELA, PELO CONTRÁRIO, DAVA A MAIOR FORÇA! Falo desesperada

-Eu vou explicar. Desde que começamos a namorar, eu gostava dela, muito, mas quando eu vi você e Todoroki indo juntos para o supermercado eu gelei na hora. No dia em que ele cuidou de você quando desmaiou, eu estava muito irritado. Quando você mostrou a pulseira que o mesmo tivera dado a vontade que tinha era de arrancá-la e jogar fora. Quando Kacchan substituiu Kirishima para te ajudar a estudar... a vontade que tinha era de correr para a sua casa imediatamente ou quando nos jogos esportivos Kacchan a tratou de modo diferente no bebedouro sabia que devia tomar uma posição, até que Uraraka veio e me contou. Ela já sabia o que eu estava reprimindo a muito tempo.

Conseguia nem falar, nem absorver aquelas informações direito. Foi por minha causa que eles terminaram, como sou idiota! Não posso aceitar isso, impossível! O que que eles vão pensar de mim? ''Tinha que ser brasileira'' ou ''essa menina vive se insinuando''.

-Olha eu...

-Eu te amo Raphaela!

Queria corresponder aquilo, queria muito mas eu não ia ficar bem sabendo que fui a causa de um término. Mesmo que doa precisava fazer a coisa certa. Logo meus olhos se umideceram em lágrima. Logo meu desespero veio à tona

-Desculpe. Me desculpe. Eu...eu não posso corresponder seus sentimentos. Me levanto e curvo fazendo essas pequenas gotejarem o chão

-Tudo... tudo bem eu... eu já esperava. Que idéia minha. Claro que você não sente a mesma coisa que eu. Diz já com lágrimas nos olhos demonstrando profunda tristeza

" pelo contrário Midoryia, eu também sinto a mesma coisa, só que assim vai ser melhor para todos"

-Eu realmente não...- quase me engasgo nas palavras- não sinto a mesma coisa que você.

-Posso fazer uma coisa. Para terminar essa conversa,depois vou para casa.

-Pode sim.

Ele foi se aproximando cada vez mais, e parar uns dois centímetros de distância entre nossos rostos até finalmente selar nossos lábios em um breve beijo. Não era nada doce. Não tinha gosto de euforia e nem de felicidade... só de profunda tristeza e decepção. O beijo que tanto aguardava, de uma pessoa de que tanto esperava, não era assim que eu queria que fosse. Depois, me enlaçou em seus braços. Lutei contra eu mesma para não despencar em lágrimas

-Você pode fingir que isso nunca aconteceu ou se quiser, me ignorar, parar de falar comigo. Pode me bater agora... faça o que quiser. Diz retirando seus braços de mim

-Escolha uma boa pessoa ok? Ele apenas me encarou em silêncio

-Estou indo agora. Fala se dirigindo a porta

-Adeus.

-Adeus.

Agora, com o vazio da casa que e os barulhos que ecoavam nas paredes pude finalmente me desmoronar. Sinceramente, estava a ponto de perder minha sanidade. Já fiz minha escolha. Agora não posso voltar atrás mas...dói tanto! Me joguei no sofá e alí fiquei a noite toda. Como o encararia? Devo ignorá-lo? Apenas esquecer? Mas como? Essas dúvidas explorava cada parte da minha mente ainda sã

Já no outro dia acordei sem nenhum pingo de vontade de ir para a escola. Coloco meu uniforme e me arrumo desleixadamente.

A caminho, com os olhos inchados e vermelhos, as pessoas me encarava horrorizados, alguns ria, outros apenas ignorava. Cheguei na escola sem cumprimentar ninguém, apenas meu cantinho me esperava.

-Raphaela que cara péssima. Gero. Comentou Tsuyu

-Ah ontem foi o pior dia da minha vida Tsuyu. Eu quero morrer!

-Me explica exatamente o que aconteceu ontem para você ficar assim.

-Pode ser mais tarde. Ainda não estou cem porcento. Nesse momento Midoriya entra na sala, nossos olhos se cruzaram, rapidamente abaixei a cabeça, ele apenas passou por mim como se nada tivesse acontecido. Como se eu fosse uma estranha

-Tem a ver com o Midoriya, não é?

-Envolve mais pessoas do que você imagina.

-Bom dia Raphaela, Tsuyu! Cumprimentou Todoroki

-Ah To-To-Tododoki bom dia. Respondo evitando contato e o rosto corado

-Bom dia Todoroki. Gero.

-Hoje o dia está maravilhoso, quer ir comigo para casa?

-Desculpa...tenho treino hoje com Aizawa.

-Ah eu te espero...

-Não precisa! Vai demorar muito

-Ah.

-Todos sentados agora. Vamos começar a aula. Falou Aizawa

O dia progrediu produtivamente a cada hora. Tentei ocupar toda a minha mente com os ensinos dele. Bateu o sinal do intervalo e só eu fiquei, não tinha fome, apesar da comida ser bem gostosa. Ouço alguém entrar, era Bakugou. Dessa vez nem ia dar ideia.

-Hey! O que você tem? Pergunta parado na minha frente

-Não é nada. Ontem meu dia foi ruim

-Eu posso fazer o seu hoje ser bom. Falou convencido

-Bakugou não estou te entendendo. Até uns tempos atrás você me chamava de verme agora estar sendo bacana. O que que você quer? Ta me zoando?

-Eu sou legal com quem eu gosto. Por que? Algum problema com isso?

-Quer dizer...

-Você por acaso é surda? Eu disse que gosto de você...