único

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Frank Iero é filho único de uma família tradicional rigorosa e estritamente católica que, aos 12 anos de idade, foi mandado para um internato para garotos coordenado pela Igreja Católica onde seus pais acreditavam que ele estaria longe de qualquer pecado.

Agora, aos 18 anos, Frank não conhecia nada que não havia sido ensinado nas aulas regulares ou as de religião. Nunca se deu bem com os outros alunos e não saía nos finais de semanas ou nas férias para ver sua família. Tudo que ele realmente se lembrava era das redondezas dentro dos muros altos que cercava o terreno da escola. Suas únicas amizades eram com as freiras e com o padre que, alem de ser um dos professores de religião, costumava se confessar toda semana.

Hoje era um desses dias que Frank ia até a capela para se confessar, dessa vez com um pecado maior do que ter preguiça de fazer o dever ou comer demais em uma das refeições.

A aula de matemática havia terminado a cerca de cinco minutos e Frank agora andava pelo corredor cheio em direção à capela o mais rápido que conseguia desviando dos outros alunos. Frank se sentia cada minuto mais corrompido pelo pecado e apenas Padre Way poderia ajudá-lo a se sentir melhor.

Se ajoelhou diante do altar e pediu para que Deus o perdoasse e o curasse daquilo que sentiu na noite anterior e sentia que poderia acontecer de novo a qualquer momento.

"Frank? É você?" Uma voz veio por detrás do garoto e ele, reconhecendo a voz do padre, se levantou "Está quase na hora de rezar o terço. O que faz aqui?"

O padre mantinha um sorriso doce no rosto e o guiava até uma sala onde costumava se preparar para as missas enquanto Frank mantinha os olhos fixados no terço em sua mão, nervoso.

6 p.m.

Se sentaram à mesa com respectivos terços em mãos fazendo o sinal da cruz antes de iniciar o credo para depois rezar um Pai-Nosso. Padre Way mantinha os olhos fechados e Frank observava seus dedos se moverem sobre as contas durante as três Ave-Marias. Frank mantinha o olhar fixado nos movimentos dos lábios do padre que continuava a rezar.

"Padre, eu tenho uma confissão" Disse, no ápice do seu desespero para chamar a atenção do outro que apenas abriu os olhos.

"Sim?"

"E-eu..." Frank soltou o terço em cima da mesa, envergonhado por seu comportamento e pelo resultado dele, colocando as mãos sobre as pernas e encarando a mesa "Padre Way, me desculpa"

"O que houve, Frankie?" O padre se levantou, se sentando na cadeira ao lado do garoto, que parecia poder começar a chorar a qualquer momento.

"Eu pequei, padre"

"Todos nós pecamos, querido"

"Eu tive um sonho essa noite, com o senhor, e eu pequei" Frank olhava pela primeira vez nos olhos do padre desde que decidiu ser a hora certa de se confessar "Padre Way, eu juro que não queria ficar... assim"

Uma lagrima rolava pelo rosto de Iero enquanto sua mão puxava a do padre para junto da sua na parte superior da sua coxa, tocando de leve o volume incontestável em sua calça do uniforme.

Aquilo nunca havia acontecido com o garoto antes, mas depois de seu sonho, onde Padre Way o beijava e tocava tão intimamente, como ninguém nunca tinha o tocado, 'aquilo' acontecia todas as vezes que Frank pensava no padre. Agora ele se culpava pelos seus desejos carnais que nunca tinha percebido sentir antes de acordar com uma ereção aquela manhã e a proximidade entre eles agora deixava Frank ainda mais nervoso.

"Frank, está tudo bem" Disse, fazendo um carinho singelo antes de beijar a bochecha antes marcada pela lágrima.

"Padre, e-eu..."

Father, I have a confession.Onde histórias criam vida. Descubra agora