Ordem
Eu não acreditava mas realmente Theo me esqueceu, por dias nos cruzamos pelos corredores fedorentos da faculdade e ele nunca olhou no meus olhos novamente, Heaven voltou sã e também esqueceu da minha presença e se sentir ignorado acabava com meu resto de alma no corpo. Era natal e eu passarei sozinho como sempre, era feriado, muito bom pois não preciso enfrentar meus medos, estava difícil me controlar, a cada instante algo congelava e eu era sempre o culpado. Solária tentava me animar mas nada dava certo. Eu queria uma ajuda então liguei para Peter e pedir que me levasse até meu pai, minha família que tanto amei. Ele fez de bom grado, antes de dar meia noite foi para casa escondido, todos me receberam bem, minhas tias e tios, até primos foram principalmente Needham, como eu o odiava. Estava no meu velho quarto olhando algumas fotos antigas quando Raven entrou. Meu corpo se preparou pois era esperado um sermão enorme.
– Olha te entendo, e sei pelo que passa mas tem que deixar para lá, aquele garoto não te deixará quieto enquanto não ficar de bem consigo mesmo, olha o que perdeu – Olhei para minhas lembranças, cada dor, passado horrível. Eu a escutava em silêncio – Você recusou ajuda e só te deixou pior, essa é sua última chance, sou sua melhor amiga desde que nasceu, não me deixa na mão vai – ela estendeu a mão em busca de uma vontade de querer ajuda. Foi um pouco involuntário, a lua sussurrava no meu ouvido, sou tudo o que você precisa, mais ninguém. Ignorei a voz interior pois meus poderes estavam loucos de alguma forma, mal podia agora fazer gelo, bem que Heaven estava certo, algo está me devorando.
– Aceito a ajuda, vou fazer de tudo para esquecer sozinho, sem mais magia. Além disso estou tendo problemas com meus poderes – Ela sorriu e me trouxe aquela velha alegria, teria que usar uma máscara por um bom tempo, até perguntas sumirem, até ninguém mais me atormentar.
– Ótimo, lindo os seus dentes, já vamos jantar, acabou de dar meia noite vem? – Me perguntou, respirei fundo e me levantei da velha cama, a acompanhei escada abaixo e todos estavam no jardim em volta da mesa, alguns na piscina e outros jogados em cadeiras bebendo ou fumando. Estava frio então eu usei um moletom. Passei o olho pela aquela multidão e vi meu pai conversando com uma mulher charmosa, meu sonho de infância, nunca entendi o por quê daqueles adolescentes não quererem que o pai namore outra, eu só quero ver meu pai sorrindo com outra pessoa, então dei uma de demência, e arranjei uma forma de me aproximar, mas logo meu pai me empurrou para fora da conversa.
– Nem vem, te conheço sei o que quer, então deixa eu me virar por que acho que tenho chance – música para os meus ouvidos, sai todo feliz até a piscina e alguém me empurrou nela, molhando até meu celular que estava no bolso. Quando respirei vi Needham rindo da minha cara na parte de fora, minha cara ficou vermelha de puro ódio mas por incrível que pareça eu não acabei com a raça dele só olhando, então usei a força bruto, sai da água e tirei meu celular todo molhado do bolso, fui até ele com serenidade no rosto.
– Olha por onde anda – Debochou, eu tinha engolido água e conseguir trazer ela para a boca e cuspi tudo na cara dele depois desferi um soco no seu nariz, logo ele caiu no chão e se levantou puto da vida – Agora você paga – começou uma briga com socos mas logo meu pai me tirou de perto dele e me segurou. Seu nariz sangrava e eu tinha um corte no queixo e saia sangue – O que isso nas suas bochechas? Ele perguntou e meu pai entrou em desespero, me puxou para dentro e me trancou no banheiro.
– Cuidado ele é linguarudo, por pouco não descobrem – Olhei no espelho e vi minhas marcas, elas estavam meio cinza demais como se estivessem podres ou sei lá o que. O corte no queixo não se curou e doía.
– Pode me trazer um curativo? Não estou me curando – Ele saiu e voltou logo em seguida entrando no banheiro e colocou o curativo suavemente em mim.
– Sua irmã me falou da falta de controle e que seus poderes estão sumindo.
– Não se preocupe, estou resolvendo, logo acharei e pegarei meus poderes de volta – Ele assentiu e sai do banheiro logo comemos a janta do natal, por sorte Needham não voltou mais e eu estava sentindo vida novamente, ficar com minha família estava me ajudando.
– Psiu – Raven sussurrou e me puxou para um canto do jardim – Posso te ajudar com as bruxas, mas para acabar com o feitiço você precisa do colar da mamãe, eu nunca te contei mas ele é feito de magia, e as bruxas viajantes estão acabando coma magia – Fiquei um tanto chocado – Conseguir localizar a fonte da maldição e cheguei em Toronto, por sorte você estuda lá, só precisa dar um jeito nas bruxas, lembre-se não é só você, casos de outros escolhidos ficando humanos de novo estão por toda parte pelo mundo sobrenatural e sem escolhidos, bruxas, lobisomens entre outros estarão livres e pode ter mais caos que uma guerra, você precisa encontrar uma rosa que está com as bruxas, além da lua essa rosa é a coisa mais próxima de você, ela se chama Rosa Lunar, cada escolhido possui um representante em terra, vá com Asher e o máximo de escolhidos que puder, pois eles estão fora de controle – Assenti e respirei fundo, ela pegou o celular do bolso e me deu para que eu possa ligar para o Peter e mais um apenas para ligações – Boa sorte – Depois da ligação um portal mágico se abriu e voltei para meu quarto na faculdade, uma vasilha de comida passou junto, o portal se fechou, peguei a vasilha do chão e tinha um bilhete.
Feliz natal Thomas
Ass: Peter
Irei começar a fazer os textos pelo computador, aproveitem
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O Escolhido da lua 2
Lãng mạnThomas agora evoluiu na vida e partiu para a próxima etapa: faculdade. Porém não é tudo as mil maravilhas como imaginou, novos problemas, novos conflitos que deixam dúvidas. Seu namoro está cada vez mais forte, mas não se sabe por quanto tempo. (Ter...