Capítulo 8

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--Cara já faz um mês que você parou de andar por aí na madrugada mas tem pesadelos bizarros e fica batendo pelo quarto! -- Theo estava andando de um lado para o outro -- Eu não consigo acordar, fico ouvindo umas coisas bizarras e você sussurrando umas coisas mas não consigo acordar.

--Olha, acho que deveria chamar a coordenadora, ela controla sonhos, pode te deixar acordado -- ele senta na cama e pensa.

--Acho melhor mesmo, mas ela está fora da escola, então precisa ser da forma antiga -- ele pega o celular e coloca alarme. Depois anda até um armário e tira uma corrente de dentro -- Só para evitar barulho sabe... -- assenti e deitei na cama para dormir, Theo me amarrou com as correntes e foi para a cama.

O alarme tocou 3 horas em ponto, Theo acorda com uma luz azul brilhante e com muito frio. Olha para Thomas que estava literalmente flutuando por cima da sua cama balançando as correntes para poder sair, seus olhos estavam fechados, tinha água líquida o circulando como se tivesse gravidade própria. Suas marcas brilhavam, e o mais estranho foi o sorriso em seu rostos. Theo se levanta e fica olhando para o amigo que mais parecia possuído. Theo vai em direção da porta e abre deixando Peter passar.

--Que sorte te chamei.

--Sim, isso é muito incomum -- Peter analisa Thomas, pega umas velas da mochila acende algumas em volta da sua cama. Se senta no meio de um círculo de sangue e começa a dizer algumas coisas em latin. Thomas se mexe um pouco e fica praticamente conversando com Peter. Algumas grãos de areia negros saem do seu nariz e as marcas ficam piscando como se tivessem falhando. Thomaz cai na cama e volta a dormir, sangue saiu do nariz do Peter e pinga no chão, que estava um pouco misturado com água fria e sangue. Theo o ajuda a se levantar.

--E então?

--Jasper, deixou ele amaldiçoado.

--Como? -- Theo pergunta aflito e se senta na cama.

--Acho que durante a festa de aniversário, Thomas veio tendo pesadelos horríveis e até fez coisas enquanto dormia que me deixou nervoso.

--O que ele fez?

--Ele quase matou um garoto, mas o salvou com suas lágrimas, além de atropelar uma idosa, explodir o laboratório, e fazer uma enchente em uma cidade aqui perto que matou 2 pessoas afogadas.

--Meu Deus! Ele não sabe?

--Não, mas não o conte, senão ele vai se destruir, mas por favor o deixe longe de problema, sua mente está se recuperando mas ele pode ter ataques de raiva. Droga de Jasper -- Theo respira fundo.

--Obrigado por ajudar.

--Sempre cara -- ele abre a mochila -- Não, não, não!

--O que? -- Theo pergunta.

--No meu livro sobre sobrenatural, existem certas pessoas que podem ter a habilidade de um escolhido, são chamados de desbotados, pois possuem uma habilidade quebrada. Acho que o garoto que Thomas quase matou virou um desbotado, é disso que precisa para transformar um desbotado de água. Quase morrer e voltar graça as lágrimas do escolhido. Fique de olhos bem abertos! -- Theo suava e concordou, Peter foi embora e logo Theo caiu no sono.

Logo pela manhã Thomas permaneceu inconsciente, Theo não saiu de seu lado e pediu ajuda para a Sing para procurar o desbotado.

Depois de um tempo preocupado o celular vibra no bolso. Mal ele sabe que Thomas ouvi tudo mesmo dormindo. Era uma foto da Sing, um garoto tinha marcas de lágrima 💧nas bochechas, acho que deve ser o desbotado. Ele jogava no time de basquete pela camisa de esporte que estava usando. Logo uma ligação de Sing.

--Sabe quando você disse que eles tem habilidades idênticas só que quebradas? -- Theo assenti -- Pois é, acho que esse só pode fazer gelo por que estou presa no teto da quadra... Me ajuda, rápido -- Theo desliga e vai ajudar Sing.

Acordo e não me lembro bem o que aconteceu, sinto uma dor de cabeça forte e mal olho para a luz. O sol estava se pondo, olho no celular e não tinha nenhuma mensagem, mas percebo que estava dormindo por horas. Me levanto e estava sozinho, vou ao banheiro me lavar e tirar a cara de sono. Pego uma pizza de ontem e vou até a cantina da escola esquentar, enquanto esperava uma sombra veio atrás de mim me viro e me deparo com Jasper.

--O que faz aqui? -- ele começa a chorar.

--Me ajude -- ele cai no chão e percebo que tinha uma flecha o atravessando. Entro em desespero e o carrego meu quarto depois o curo, ele acorda ainda chorando -- Obrigado, te procurei por todo canto.

--O que quer? -- Como um pedaço da pizza.

--Estou sozinho, minha família me abandonou, meus amigos se foram e não tenho ninguém, pois todos tem medo de mim -- engulo em seco.

--Por que me procurou?

--Porque não aguento mais, e vou passar para o próximo e você é quem vai me ajudar.

--Como assim?

--Vou me matar -- ele se encolhe e chora enquanto eu fico sem o que dizer.

O Escolhido da lua 2Onde histórias criam vida. Descubra agora