Capítulo 4

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         O verdadeiro Angel

Acordo e sinto uma dor nas costas, me levanto e sinto um chão diferente, olho em volta e vejo que estou em uma floresta, minhas roupas estavam só o trapo, me levantei e escutei a voz do Theo me chamando.

--Você está aí! O que aconteceu?

--Sei lá... trás roupas para mim por favor -- ele assenti e volta correndo para o dormitório. Depois de um tempo ele volta e me troco, voltei para o dormitório e tirei pedaços de galhos de mim no banho. Sai e vi que Theo cheirava minhas roupas rasgados.

--Tem um cheiro estranho -- o encaro confuso -- É uma pessoa mas também não é... difícil, olha vou para o laboratório depois te falo -- assenti e ele saiu, senti uma presença naquele quarto e gelo se formou na ponta dos meus dedos e joguei na parede e quebraram.

--Pelo visto não gosta de mim -- Aquela garota do som dando uma de cínica saiu da invisibilidade -- Eu estava lá ontem a noite.

--O que faz aqui? Veio gritar no meu ouvido?

--Não, vim jogar na sua cara o quanto você me prejudicou. Nos seu aniversário de 15, lembra que surtou e saiu fazendo o caos? Pois é um de seus ataques atingiu minha casa e levou minha linda avó -- quando lembrei eu fiquei cabisbaixo -- agora estou muito puta com você, recebi o dom do som e posso vingar ela.

--Olha me desculpa pela o ocorrido, de verdade, eu não sabia...

--Já é tarde -- ela se levanta da cadeira -- Toda noite desde que chegou você vai a floresta e encontra um garoto, sempre termina em briga, isso é um grande problema já que você apaga e não se lembra de nada.

--Ué, eu não tenho motivo...

--Deve ter sim, senão não brigaria  com ele -- ela some do nada.

Aproveito que não terá aula e durmo um pouco,depois mergulho nos estudos. A temperatura do lugar sobe e começo a suar. Já até sem quem é.

--Tá fazendo o que aí em cima? -- sorriu ao ouvir a voz do Asher lá de baixo, vou até a sacada.

--Está fazendo o que aqui?

--Você me prometeu uma briga, quero agora -- ele fez bico.

--Espera -- Saiu do quarto e desço até o térreo, vou até ele -- Onde? Porque aqui não tem nada que possa destruir.

--Eu vi uma quadra abandonada aqui perto, quer ir? -- assenti e o segui passando pelo campo de cerejeiras e a ponte. Tinha começado a nevar a um tempo, meu primeiro natal longe da família seria solitário, que bom que Theo está aqui. Depois de entrar em uma floresta densa chegamos na quadra que estava meio acabada.

--Não tem água para eu controlar, isso é jogo sujo.

--Pensei em tudo cara, tem baldes grandes de água por aqui -- ele tira alguns e deixa a mostra. Sua roupa era própria para exercícios físicos, já que ele correria, muito, e as minhas não era lá essas coisas. Ele sorriu e se afastou de mim -- larga de medo, treinei por meses.

--Não estou com medo. Além disso vale sub-domínio?

--Não! Controle de sangue é muito apelão, não usa ele que deixo os raios em paz também -- Ele se posicionou e lançou a primeira bola de fogo grande que me acertou e me jogou a alguns metros de distância, minha pele queimada se curou rapidamente e me levantei, mas minha roupa já estava ficando preta.

--Vou precisar da roupa dos x-men -- puxei água de um dos baldes e disparei espinhos nele que quebrou na sua pele super dura. Avancei com velocidade e lutei corpo a corpo. Porém ele praticamente explodiu e me jogou contra o teto de metal que quase quebrou meus ossos. Ficou mais estranho quando chamas em forma de pássaro vieram na minha direção me atingindo em cheio. Cai no chão com minha camisa toda queimada e minha pele recém curada. Me levantei e ele sorriu.

--Ué, esse não é você mostra tudo! -- ele incentivou, eu riu um pouco e deixo o lugar frio e sua força aos poucos cai, porém como somos opostos logo a temperatura se equilibra. Mais um sopro de fogo, mas me defendo rapidamente com uma barreira de água, a concentração me faz suar, faço um chicote de água e puxo ele pela perna o jogando do outro lado da quadra fazendo uma destruição enorme. Um redemoinho me ergue e jogo espinhos de gelo nele, mas sua pele dura destrói. Seus pés pegam fogo e com suavidade cai no chão e começa a simplesmente dançar.

--Eu inventei essa, chamo de dança do fogo -- ele fica girando de cabeça para baixo e labaredas de chamas em espirais são lançadas em todas as direções, e me derrubam no chão que agora estava muito quente. Me levanto e minha marca brilha, a água se rasteja dos baldes até me circularem agitadas, nuvens de chuvas ameaçam o lugar e alguns raios estalam no ar. Um tsunami o atinge fazendo ele ser jogado da quadra e entrar na floresta derrubando algumas árvores. Para de brilhar e vejo os pés do Asher pegar fogo e ele pega um impulso e salta de volta na quadra.

--Engasguei, o que foi aquilo? -- sorriu.

--Você pode aprender -- ele tenta e se concentra, suas marcas brilham em chamas e ele libera uma chama super quente quase azul, por sorte escapo. Olho para cima e vejo algumas barras de metais quase caindo e tive uma idéia.

--Consegui agora quero ver dançar de novo!

Corro para uma luta corpo a corpo e o derrubo no chão. Me afasto e como eu planejava ele dançou ainda no chão e mais espirais de fogo foram lançadas em todas as direções. Me protegi em gelo e as barras foram atingidas, caíram em um som grande em cima dele. Sinto um arrepio e as barras explodem, e vejo o seu limite, suas marcas brilham e seus olhos são consumidos por um ódio estranho. Ele voa para o alto com fogo saindo dos seus pés e em um grito, chamas saem de sua boca e furam o teto. Eletricidade percorre seu corpo e ele carrega um raio nos dedos para lançar. Eu penso rápido e o paraliso com controle de sangue. Ele volta ao estado normal. Eu estava suando muito pelo calor infernal daquele lugar. Ele cai no chão em uma aterrisagem não muito boa e fumaça sai de suas roupas. O mais estranhos são suas roupas intactas. Corro até ele e o ajudo a se levantar.

--Aí meu Deus, desculpa, perdi o controle...

--Entendo, tá tudo bem. Me ajuda a tirar os vestígios de uma luta daqui -- a quadra se desmonta e cai a nossa volta.

--Nem precisa -- ouço uma risada. Ela não!

--Nossa que show! Tom você nem usou toda sua força, não teve graça -- Aquela garota estava sentada na arquibancada que sobrou. Asher ficou confuso.

--Liga não, essa é doida -- digo já puxando ele, e ela aparece em minha frente -- Você se teletransporta?

--Não, supervelocidade fofo, tenho uma conversa com esse Asher. Aproposito meu nome é Sing -- reviro meus olhos -- para ser meu inimigo precisa saber meu nome né -- Asher estava boiando na conversa. O puxo e saímos de lá, deixando ela sozinha.




O Escolhido da lua 2Onde histórias criam vida. Descubra agora