Epílogo

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               Passam-se 5 anos

O Reino de Kalíryo não era mais o mesmo que a cinco anos atrás, só se escutava essa fala dentre os moradores do Reino. Após a coroação de Rainha Ernesta, à quatro anos atrás, tudo mudou. As árvores morreram, os empregos acabaram, pessoas passam fome todos os dias pelas ruas da aldeia, os rios secaram, não se podia mais pedir nada emprestado a reinos vizinhos, pois até os recursos da corte haviam acabado. Muitos se mudaram para outros lugares, foram para outros Reinos, terras desconhecidas, mais todos já tinham chegado a conclusão de que somente quem teria uma boa vida em Kalíryo, seriam os nobres que usufruíam das riquezas que sobraram no castelo.

Enquanto isso, no castelo de Kalíryo, Rainha Ernesta toma seu café da manhã riquíssimo para a condição do lugar. Pães, frutas, vegetais e um bolo, já era o máximo que poderiam produzir as únicas três cozinheiras que sobraram depois da crise e do desemprego. Nisto, até Laila que era uma das empregadas mais queridas por todos, foi expulsa do Reino brutalmente por guardas a mando de Rainha Ernesta, por ser vista tentando libertar uma prisioneira do calabouço, ela acabou voltando para casa de seus pais pelo o que sabem. Rainha Ernesta resolve que terá que renovar seu Reino em outro lugar, ela pegou todas as riquezas que restaram, mandou construirem um novo castelo através das montanhas do Norte, lá era um lugar desconhecido, com lendas tenebrosas, dizem que a séculos lá viviam gigantes e outros seres horrendos, mais mesmo assim ela não se importava, só queria seu Reino rico de novo para poder arrancar mais dinheiro dos aldeões. Ela convocou carruagens e charretes, nessa mesma noite saíram do antigo reino de Kalíryo, os nobres, e os poucos 50 aldeões que sobraram.

  Antes de sair Perseu manda uma carruagem espera-lo, pois ele tem que cumprir com seu último dever antes de partir. Ele pega uma chave um tanto misteriosa, toda prateada e com bordas meio enferrujadas. Ele desce até o calabouço do Castelo, lá passa por muitas salas em um enorme corredor, dentro delas, esqueletos humanos de presos que morreram de fome, só um estaria vivo, aquele que ele alimentou dentro desse três anos de crise, ao chegar no ultimo recinto, ele encaixa a chave na fechadura, e abre a porta devagar sem fazer muito barulho, ao olhar aquela pobre menina que ele jurou proteger com fome e sede a dias seus olhos se molham de lágrimas, ela vira a cabeça e fala não acreditando:

-P...Perseu!-Sareena corre e o abraça com força sem o soltar fala novamente:

-Eu, eu pensei que iria morrer neste lugar, como...como aquela bruxa não fez nada a você?

-Ela não podia, eu tinha minhas providências, eu te alimentei por anos e ela pensou que você já estivesse morta! Agora ela está indo fundar um novo reino além das montanhas, venha, venha comigo irei lhe proteger e ficaremos juntos!- Perseu responde prestativo

-Não, não, infelizmente não posso, tenho uma coisa para fazer antes que eu poça me juntar a você e ser feliz! Tenho que vingar a morte de meu pai e minha mãe, tenho que seguir meu destino! Já sou bem grandinha posso me cuidar Perseu, agora vá sua carruagem irá embora.- Ela exalta firme

-Está bem minha queria, você já está com 16 anos, realmente pode se cuidar, mais lembre-se de quê uma dama não pode sair por aí fazendo o que der na telha! Você pode se machucar!-Ele fala prontamente

-Eu não sou uma dama! Nasci para ser uma guerreira, você sabe disso,e além do mais a vida me ensinou que a dor é importante, para nos tornarmos fortes, irei até a torre de Damm, e voltarei para lhe encontrar, mais antes vou me vingar da Rainha!- Ela responde firme

-Lembre-se que para chegar a torre de Damm você terá que atravessar a floresta de Hagwar, muito cuidado, as lendas de lá são mais perigosas do que parecem! Agora vamos se não lhe deixarei aqui!- Perseu retroca

-Está bem, vamos- Sareena o responde aceitando.

Logo os dois correm subindo as escadas, ao chegar no portão eles se abraçaram infinitamente, e se soltam, depois Perseu enxuga as lágrimas e joga algo no chão.

-O que é isto?- Pergunta Sareena pegando a grande corda com lâminas.

-Isto será o que você vai usar para se defender! Agora vá meu bem, encontre seu destino!-Perseu responde chorando, e logo vai-se para sua carruagem.

  Sareena olha a carruagem partir, caem algumas lágrimas de seus lindos olhos arroxeados, logo ela vira as costas e corre em direção ao estábulo, lá ela encontra sua égua que ganhou quando criança, ela era linda e com uma pelagem castanha, se chamava Agatha, a égua mais rápida de Kalíryo. Ela coloca uma roupa de couro com partes de metal, arruma uma trança em seus cabelos castanhos, coloca a arma que Perseu lhe deu na cintura, e monta em Agatha rapidamente, grita para o animal correr rápido. Enquanto ela segue ligeiramente em direção a Floresta de Hagwar, se passa somente um pensamento em sua mente:

"Eu me tornei... Indomável!"

Fim...

Última música do nosso tão querido livro: Shalow- Lady Gaga e Bradley Cooper🍀💓

Indomável- A Maldição De DammOnde histórias criam vida. Descubra agora