Capítulo 7

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Adoro o natal, e a minha mãe vem passar o natal com nosco, já não a vejo à algum tempo e estou cheia de saudades. O Miguel não passará o natal comigo, mas vamos passar o ano novo no México. O Chris desde de que veio da turnê não me tem dito nada, o que é bom, acho eu! O Alex e a Lara finalmente assumiram que estavam a namorar, desde que se reencontraram que não se têm largado! 

Está frio, mas mesmo assim eu adoro andar pela cidade. Nesta altura do ano a cidade perece mágica, a iluminação, as decorações, o frenesim das pessoas, passo numa ourivesaria e na montra está uma pulseira linda, em prata, com dois pingentes, um brilhante e um floco de neve, entro na loja e… eu não acredito, o Chris e está acompanhado, sinto os olhos a marejar, um calor no rosto que chega quase a queimar e um aperto no peito que até custa a respirar... “Por isso ele tem me evitado” penso. Tenho de sair daqui antes que ele me veja, saio a correr da loja este aperto no peito sufoca, tento segurar o choro, mas sem êxito, as lagrimas escorrem pela cara como não houvesse amanhã, “como arrancar quem se ama do coração? Vamos Lisa, recompõe-te, foste tu quem deu espaço para que isso acontece-se, foste tu que o afastas-te...” por mais que me tente convencer só quero desaparecer e arrancar esta dor, este sentimento de mim.

                             ***

Ando de loja em loja e não consigo encontrar nada que seja a cara dela, não faço ideia do que lhe oferecer, passo em frente de uma ourivesaria e na montra está uma pulseira que é perfeita, entro e peço ajuda ao vendedor, o mesmo pede para que espere um pouco enquanto acaba de atender uma moça, nesse momento vejo-a do lado de fora a olhar para a montra e entra na loja, sem pensar peço desculpa a moça e ao vendedor e chego-me perto como se estivesse com ela. Do pequeno espelho que está pendurado consigo vê-la parada, mas por pouco tempo, ao aperceber-se que eu estava ali saiu a correr, neste momento imagino o que estará ela a pensar, o que não é muito difícil. Compro a pulseira e quando saio da loja, a moça de á pouco está à minha espera.
- Desculpa estar a tua espera, mas reparei no que fizeste lá dentro.

- Eu é que te peço desculpa, não tinha o direito de o fazer.

- É na boa, não te stresses, já a pessoa que saiu a correr da loja calculo que não tenha gostado nem um bocado do que pensou ver.

- Era bom que assim fosse, mas não, ela tem namorado, e está a deixar bem claro que não me quer na vida dela.

- Não foi o que me pareceu. O jeito como ela te olhou e como saiu da loja não é de quem não te quer na sua vida. E chamo-me Mara.

- Assim gostaria que fosse. Eu sou o Chris...

- Sei bem quem és. Queres ir beber um café, prometo que não te vou atacar como aquelas fans malucas que vocês têm.

- Desculpa se dei alguma impressão errada, mas...

- Não te preocupes, não fazes de todo o meu genero, digamos que a tua amiga é bem mais o meu tipo.

- Há... Hum... Pois... É... Sim...

- Relaxa, e vamos lá.

Fomos até ao Starbucks, onde mais tarde apareceu a Aurea, a namorada da Mara.

- E esta é a minha história com a Lisa. Ainda tenho esperança que voltemos, mas...

- Luta por ela. Fá-la ver que ainda te ama, mostra-lhe o quanto é importante para ti.

- Mais Aurea? Só se me jogar de uma ponte, e sem nada a prender-me, se é que me entendes.

- Faz-lhe ciúmes! A Aurea fez isso comigo e resulto muito bem. - Ela solta uma gargalhada

- É complicado, não quero andar a sair com alguém e depois dispensar, como se nada fosse. 

- Basta que saias com uma amiga. E que ela esteja dentro do assunto. Podia ser contigo Mara.

Poder de amar - Christopher Velez (CNCO)Onde histórias criam vida. Descubra agora