Capítulo 10

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Sinto o sol aquecer-me a pele, estou deitada num manto de flores coloridas e o cheiro é mágico, levanto-me e caminho por um prado verde, com pontos coloridos, vejo uma criança perto de um túnel de arvores, a mesma acena e faz sinal com a cabeça para segui-la, faço o que me pede, sem hesitar. Ela guia-me até uma arvore.

- Tens fome?

- Não obrigado, estas aqui sozinho?

- Não, estou contigo.

- Ok, tens razão. Mas quem és? E como vim aqui parar?

- Digamos que é um sonho.

- Hum, ainda bem que dos agradáveis.

- Pareces triste.

- Isso é porque estou triste, sabes escondi um grande segredo a uma pessoa muito importante para mim…

- Acredito que tenha sido por uma boa razão.

- Não, foi por raiva, egoísmo, medo, e nenhuma das razões são desculpa para tal segredo. Quando no fim… tudo não passou de um mal entendido!

- Não chores, sei que ele te vai perdoar, só tens que lhe dar tempo, ele deve estar muito confuso.

- Eu tenho noção das consequências que esse segredo terá. Ficava aqui para sempre, sem preocupações, sem medos.

-Mas tens de voltar, eles precisam de ti, a tia Sara, a avó, e os meus tios todos.

- Espera… mas… o que… O que disseste?

- Disse que tens de voltar, não podes ficar aqui para sempre.

- Sim, mas… - ele olha-me com um olhar tão doce, como nunca ninguém olhou para mim, este olhar lembra-me o Chris.

Ficamos em silencio, um silencio agradável, um silencio que quase vira musica de embalar, os nossos olhares falam por si, como se já nos conhecêssemos desde sempre. Ele leva-me ate um riacho, é lindo, sentamo-nos junto à água, mas sinto algo a puxar-me, ouço vozes, e barulho de maquinas, não entendo, olho para ele que me acena com a cabeça.

- Esta na hora de ires.

- Não, eu não quero.

- Tens que ir a tia Sara e a avó estão a sofrer, por estares aqui, todos os que te amam estão preocupados.

- Mas… eu não vou conseguir…

- Vais sim, da tempo ao tempo, vive a tua vida, sem medos, aos poucos tudo se vai recompondo e no momento certo…

Volto a ouvir as vozes, mas agora muito mais perto, sinto uma pressão no meu peito e uma dor quando respiro é como se o ar me rasga-se os pulmões, tento abrir os olhos.

- Ela está a reagir!

- Boa miúda sabia, que era capaz.

- Quem és tu?

- A medica que te acabou de assistir, vamos fazer uns exames e depois volto para falarmos ok?

Afirmo com a cabeça e ela sai, os enfermeiros fazem perguntas, e uma panóplia de exames que nunca mais acabam.

- Agora teremos que aguardar os resultados e depois a medica falará consigo.

                              ****

Entro no edifício e um sentimento de ódio corre pelas minhas veias, um guarda leva-me até uma sala sento-me e espero um pouco. Vejo-o vir até mim, os olhos virão chamas quando me vê.

- Velez?? Pensei que não deixassem entrar animais. – controlo-me para não fazer asneira.

- Pelo que vejo o único animal aqui és tu, tu é que estás enjaulado. – ele olha-me com odio, que bom já somos dois.

- O que vieste aqui fazer, pensei que tivesses sumido.

- Pois mas não, como podes ver estou aqui, e vim olhar bem nos teus olhos para te dizer que vais desejar nunca me teres conhecido!!!

-Isso é uma ameaça Vélez? O menino bonito com a mania que é mau.

- Tu não sabes nada de mim, mas vais ficar a saber um pouco. E te garanto que vais continuar a não gostar de mim… a tua sorte é este vidro.

- Ai que medo do bad boy. – ele solta um riso sínico.

- MATAS-TE O MEU FILHO, E…. a Lisa ficou num hospital…

- Sabes como é Vélez, cadelas de raça não podem ter rafeiros, e ela até gravida é deliciosa.

- Cabrão, como… começa a desconfiar até da tua própria sombra.

Com o odio e a raiva a pulsar nas veias saio dali e ando sem rumo pela cidade, como ele pode… rafeiro… penso em tudo e em nada, os meus pensamentos vagam da Lisa para o André, penso e repenso em tudo e só quero que ele pague por tudo o que fez. Sou interrompido dos meus pensamentos quando o telefone toca é o Zabdiel.

- Si, Zabdi que paso?

- Donde estas tu?

- No te preocupes, estoy volviendo ainda hoy.

- Bueno, era para dizer que ela piorou….

- Como assim, o que aconteceu?

- Não sei, só sei que esta uma confusão.

- Gracias, hermano.

                                ****

- Então, sabes onde ele está?

- No, dije apenas que vuelve hoy.

- Tenho medo do que ele possa fazer.

- Tem calma Erick, nós estamos aqui e, él va a sobrepasar todo eso!

- Espero que assim seja sei bem como ele era, antes da banda, a vida que levava, e é isso que me assusta, sei bem do que ele é capaz, ele ficou cego com tudo isto e sei que neste momento ele respira vingança.








Ai ai, meus amores o que acharam? Pois é, a coisa vai ficar feia para o André ou sera que não?
Desculpem por ser um capitulo mais curto mas tem andado digicil escrever e ter ideias, nao ficou bem como eu queria, mas...
Bom fim de semana e boas leituras 😘😘

Poder de amar - Christopher Velez (CNCO)Onde histórias criam vida. Descubra agora