Capítulo 3 - Os fortes também choram

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Boa Noite!
Como vão vocês?
Algumas felizes com o dia dos namorados e outras tristes. Quisera eu poder fazer todas felizes hoje, mas algumas pode ser que estejam como a Lia...

Bem... deixa eu fazer uma perguntinha para todas... eu tinha decidido postar as quartas e domingos. Domingo é bom para mim porque é final de semana, só que as leituras são muito baixas neste dia. Estou querendo mudar para segundas e quintas, o que acham?
Bora lá ler a história?

Fui para o quarto e me joguei na cama, entre soluços e lágrimas, a sensação que eu tinha era de que aquilo não era realidade, eu não estava passando por tudo isso outra vez, estava?

E agora, não era só o bolo na garganta que não ia embora, era a dor no peito, a derrota contando vantagem sobre meus sonhos e sentimentos. Eu não queria me apaixonar nunca mais na vida, não tinha nascido para isso, a dor do sofrimento parecia ser sempre maior do que a alegria do amor. Romance, felicidade, família, filhos, eu precisava era enterrar isso tudo, pois para mim, parecia ser sonho impossível.

E sabe o pior?

Ainda tinha que acordar cedo para voltar ao aeroporto no dia seguinte.

A vida da gente desmorona, mas o trabalho, está sempre lá esperando por nós. Não importa se você está bem ou mal, não importa se tomou uma rasteira da vida ou não, no dia seguinte, tem que estar linda, perfumada e plena para continuar firme no ganha pão, afinal, você nasceu em berço explêndido ou ganhou na mega sena? Ah, não? Pois é, eu também não.

Passei a noite em claro e não houve maquiagem que escondesse o estado lastimável em que me encontrava.

Seis horas da manhã eu já estava saindo de casa e se antes amaldiçoava o fato de ter que ir trabalhar por aqueles dois dias em outra cidade, agora estava achando até bom.

Também para não me estressar, bloqueei o número do Iago, tanto o do celular dele quanto o fixo do apê e o do trabalho. Quanto menos importunada por ele eu fosse, melhor.

Com tanta coisa para fazer, tão logo pousei em São José, corri para Curitiba e lá na sucurssal passei uma parte do tempo ocupada, empurrando a mim mesma para fazer tudo acontecer e outra parte sentindo pena da minha própria situação e na boa, não me julguem por isso, quem nunca sofreu de amor que jogue a primeira pedra. O cara podia ser sacana o que fosse, eu tinha o direito de sofrer um pouco primeiro, porque a gente não escolhe de quem gostar.

Mas eu estava sofrendo por mim, estava sofrendo pela situação, não por ele. Iago não merecia um milímetro das minhas lágrimas. Crápula cretino.

A noite, quando fui para o hotel, não tinha a mínima vontade de sair sozinha para comer. Pedi um prato de macarrão do restaurante do térreo. Diziam que a comida lá era uma m*rda, mas não ia fazer qualquer diferença na minha vida, para quem comia sanduiche nos dias em que chegava em casa tarde da noite, um macarrão ruinzinho do hotel não ia me matar.

Enquanto esperava o serviço de quarto, que nem sei porque pedi, pois sabia que a única coisa que eu não tinha era o apetite, liguei para a Rô, minha amiga dos tempos de universidade.

— Alô? – Respondeu no quarto toque.

— Dra. Rosana?

— Para a Lia me ligar, só podem ser duas coisas e nenhuma delas é bom sinal. O que aconteceu, amiga? – Ela foi logo se antecipando.

— Vai fazer o quê na sexta a noite? – Ignorei o comentário e fiz a pergunta. Não ia negar que eu só convidava a Rô para sair quando voltava a ficar solteira. Não por interesse, eu gostava muito da minha amiga, mas eu era do tipo daquelas que se amarrava muito no cara.

Tentação - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora