Capítulo 4 - Todos nos apaixonamos

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Oi Gurias...
Estou postando hoje para poder ajustar as datas das novas postagens. Aí a próxima será segunda e depois quinta e ficamos as segundas e quintas em definitivo.

Lia

Ainda nove meses atrás

Quando eu cheguei no bar a Rosana já estava por lá. Era um local bem fechado, tipo bar balada e faltava pouco para a apresentação da banda. O palco estava preparado com os instrumentos dispostos, mas ainda era aquela fase de curtição da galera, onde ficava todo mundo bebendo e degustando petisquinhos.
e
Entrei naquele breu e lá da entrada dei uma geral no lugar, com os olhos, procurando por minha amiga. Se ela estivesse com muita gente ia ser f*da conversar, mas tudo bem, valia pela diversão.

Rosana estava em uma mesa com dois outros homens lá perto do palco, mas eles estavam de costas para mim, não tinha como dizer se os conhecia ou não. Fui chegando pertinho e quando ela me viu, levantou-se correndo e foi em minha direção para me dar um abraço. Ela não era boba nem nada, sabia só de me olhar que, por mais bela que eu estivesse por fora, sentia-me uma m*rda por dentro.

Ela era uma pessoa especial, muito boa gente, lia as pessoas com tanta facilidade. Todo mundo corria para ela quando precisava, principalmente eu.

Imagine quando eu contasse tudo sobre o Iago?

Minha amiga me pegou pela mão e me levou até a mesa, um dos caras era um total desconhecido para mim, parecia ter a nossa faixa etária e, sofrendo ou não, eu não era cega, portanto achei o cara gatinho.

— Oi, eu sou a Lia, amiga da Rosana. – Fiz a minha mais que xoxa apresentação e o cara até se levantou da cadeira para me dar um beijo.

— Oi Lia, eu sou o Junior. – Ele puxou a cadeira ao seu lado, a única livre para eu me sentar. — Veio sofrer um pouco com o som da banda? – Riu da própria frase enquanto eu me acomodava.

— Por quê? Ela é tão ruim assim?

— Junior é vocal da banda. – O outro, que estava sentado de frente para mim, disse antes de me cumprimentar. — Tudo bem, Lia?

— Oi Guto. – Respondi àquele semi-mudo, mas também vocalista, amigo do Alê. Como é que o cara podia cantar tão bem, ser vocal da banda e fora dos palcos ser tão calado? — Você vai cantar e tocar junto com o Junior?

— Não, Rô e eu só viemos prestigiar o som dos caras. – Silêncio novamente depois disso.

Se o Guto não fosse tão caladão para o meu lado, eu até poderia dizer que é gato. A gente só se encontrava nas rodas de amigos, muito raramente, além disso eu o via nas apresentações anuais com o Alê, fora isso era ele lá e eu cá. Curioso é que ele não era assim calado com todo mundo.

— Eu ia sobrar sozinha e o Guto me convidou para ver a apresentação do Junior. – Dra. Rosana sozinha?

— Cadê os meninos? – Referi-me aos nossos eternos acompanhantes de boemia.

— Ah, meus dois gatinhos me largaram na mão. O Alê, sei lá, acho que foi hoje cedo para a loja da Pedra Grande e ia ficar por lá. O Jota está f*rrado no trabalho, praticamente não faz mais nada além de se enterrar na nova start-up. Não sei se você sabe, mas ele está meio namorandinho com uma garota aí, a Fabi, acabaram de se conhecer, sorte a dela que ela não está pela cidade, pois o primo só vive para aquele trabalho agora.

— O Jota? De namorada? – Eis que surge a minha cara de espanto. — Como assim o seu primo está de namorada?

— Lia, minha querida, você fica esse tempo todo longe e perde os babados. Conheceu uma gatinha por aí, novinha, mas muito fofa! O primão está tomando jeito na vida.

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