VI - Sem príncipes

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Assim que a notícia termina meu celular toca.

- Eu não acredito que isso está acontecendo - Uma Malu alterada fala.

- Também não acredito - Me sento e tia Lori me olha sem entender - Eu passei a tarde resolvendo uns assuntos,ainda pensei em passar no hospital mas estou tão cansada - E com muita dor,mas essa parte eu não digo - Vamos esperar notícias da polícia - Ela concorda e eu desligo o celular.

- Essa é aquela moça que vocês estavam ontem? - Minha tia pergunta já de braços cruzados - Por que você sempre se envolve em encrencas? - Eu sorrio com essa.

- Dessa vez não foi culpa minha - Beijo o rosto dela, sinto uma fisgada em um dos meus ferimentos, mas disfarço - Vou tomar um banho e comer alguma coisa, então vou ver o que posso fazer - Ela se levanta também - Desculpe por não estar o tempo que queria com você tia, mas...

- Mas nada, você vai descansar hoje, e vamos ficar um tempo sozinhas e conversar - Ela está de braços cruzados isso quer dizer que estou encrencada - A Malu me ligou quando você saiu de lá, eu sei quem você viu e eu preciso saber o que está acontecendo ai - Ela aponta para meu peito, ainda abro a boca para argumentar - E eu sei que o Will e sua equipe não capazes de tomarem conta de tudo - Ela vem até mim e começa a me empurrar - Agora suba tome um banho, vou fazer aquele já com biscoitos que você gosta - E eu vou, quando ela está assim nem adianta argumentar.

Quando tiro minha blusa levo um susto ela está cheia de sangue, tem algum ferimento sangrando, eu limpo tudo jogo a blusa fora, e limpo meu ferimento, tomo banho e faço um curativo rápido. Desço para tomar chá com minha tia como se não estivesse sentindo nada, no dia seguinte eu irei ao médico. Tia Lori me faz contar dezenas de vezes como foi meu encontro com o Will, e riu todas as vezes que contei. Sei que dorme tarde, me mantive informada através de mensagens com Malu, e até onde sabemos a policia está em busca, amanhã eu começo a agir.

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No dia seguinte acordo cedo, e saio sem que tia Lori me veja. Vou direto a casa de Soraia, talvez eu encontre algo lá. Como é muito cedo não tem quase ninguém no meio da rua. Chego rápido, e vou me encaminhando a porta da frente, é quando me surpreendo com a porta meio aberta, escuto um barulho de coisas caindo, pelo costume coloco minha mão no lugar onde estaria minha arma, e não tem nada, mas entro mesmo assim. Consigo caminhar pela sala sem fazer barulho, chego na cozinha e tem um homem revirando tudo. Merda preciso saber se é só ele, se está armado. Espero mais alguns minutos e ele está destruindo tudo, e parece que só tem uma faca.

- Onde aquela puta colocou? - Ele fica repetindo isso o tempo todo, e fala algumas coisas em espanhol, ele se afasta da faca, minha chance.

Dou a volta no cômodo e chego por trás dele, pego um vaso e o jogo com força em sua cabeça, o cara é grande e só cambaleia, eu ainda o esmurrou, mas ele não cai, e logo e recupera vindo pra cima de mim, eu desvio mas ele mesmo grande tem movimentos rápidos, e agarra minha blusa me puxando para o chão, eu caio com tudo e posso sentir meus ferimentos. Ele tenta me esmurrar com tudo e eu desvio ele bate a mão no chão, e grita alto. Ele sobe em cima de prendendo meus braços ao corpo, ele me dá um tapa

- Não gosto de hijas de la puta, que no sabiem su lugar - Um tapa forte em meu rosto,filho de uma puta - Me diz onde aquela vadia barata escondeu o pendrive - Ele está esmagando meu rosto.

Eu o atinjo nas costas, ele mal se mexe. Merda e merda. Que falta sinto da minha arma. Mais uma joelhada nele, e então outro tapa, posso sentir o  sangue em minha boca. Ainda bem que não são murros. Ele perde a atenção por algum barulho e eu o empurro com todo meu corpo. Ele vai para o lado e rápido eu me levanto. Ele tenta me atingir e eu desvio, a faca está próxima e eu a pego.

Flames ( Em pausa)Where stories live. Discover now