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- Você tem certeza disso Regina? Thinker me perguntou pela trigésima vez desde que falei sobre a minha decisão. 

- Não mas sim. Entende? Questionei.

- Entendo que você quer ajuda-la mas tem que saber que nem sempre é fácil conviver com uma adolescente como Emma. Ela falou sendo sincera.

- Eu sei. Muita bagagem. Falei e ela concordou.

Ficamos em silêncio por um tempo, presas a nossos próprios pensamentos.

- Mas eu quero isso. Não sei porque ou o que estou fazendo mas sinto que preciso ajuda-la. Disse por fim

- Oooh Regina ! Obrigada. Eu fui sincera com você sobre as dificuldade mas Emma. Tenho tanta dó. Ela falou.

- Mas Thinker, preciso que me ajude a dar entrada nos papéis e tudo mais e que aceite me ajude com a mudança dela para Boston. Falei.

- Mudança? Questionou.

- Sim, aqui é tóxico para ela. Em Boston ela terá a chance de recomeçar e ter outra vida. Falei.

- Mas....

- A vida dela não foi boa aqui Thinker, e ela carrega o estigma de ser a abandonada, a encrenqueira para todos nessa cidade. Além das companhias que ela anda. Finalizei a olhando.

- Olhando por esse lado você tem razão. Ela falou.

- Boa tarde Srta Mills. Bell.  Robin falou ao chegar onde estávamos. 

- Soube que a Swan está hospitalizada. Terei que colhendo depoimento dela. Ela falou com ar de graça. 

- No momento ela está sacada e não acordará tão cedo. Falei.

- Ok. Aqui está Bell. Uma notificação para comparecer a delegacia. Ele entregou o papel e saiu não sem antes beijar a minha mão  (se achando galenteador).

- Eu prepararei os papéis e anexarei o laudo médico e a recomendação a favor da mudança.  Sentenciou Thinker ao ver Robin acenar do elevador. 

.....

Fiquei com Emma todos os dias e só no terceiro dia ela acordou apesar do médico dizer que ela estava bem e que o corpo dela só precisava de descanso, e que a concussão só tinha deixado um "galo" e que estava inchado mas sem sequelas.

- Hospital de novo. Que merda. Ouvi Emma praguejar baixinho e com a voz rouca.

- Srta Swan e sua boca suja. Falei e ela rapidamente se virou mirando os olhos verdes intensamente em minha direção. 

- VOCÊ. Falou e fez careta ao sentir a garganta e levar o braço que estava com acesso vendo.

- Não se mexa. Falei segurando o braço fino no lugar e apertando a campainha para chamar uma enfermeira. 

- Tome.  Ofereci água num copo com canudo e ela relutante aceitou e logo se jogou na cama, me dando as costas.

- De nada Srta Swan. Falei apertando me sentando novamente na poltrona, voltando a ler o meu livro.

- A paciente acordou.  A enfermeira falou se aproximando de Emma e começando a medir a pressão e tudo mais. 

Ela saiu e o médico entrou.

- Srta Mills. Nossa paciente acordou.  Que bom ! Ela falou animado e Emma se virou nós olhando e revirando os olhos.

- Como se sente. Ele perguntou olhando a prancheta que a enfermeira havia preenchido com as informações.

- Otimamente bem. Ela falou sarcástica. 

- Isso me alegra. Hospitais são muito chatos para adolescentes estarem não é? Ele falou. 

The other side of painOnde histórias criam vida. Descubra agora