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- Titi eu ganhei uma booola bem grandona sabia? Robin começou a tagarelar saindo da cadeira e vindo sentar em minhas pernas.
- Senta aqui Emm. A gente vai papar agora. Robin falou toda fofa batendo a mãozinha na cadeira ao nosso lado.
Olhei para Emma e ela tinha as mãos  fechadas e uma careta no rosto. 
- Venha princesa ! Chamei em forma de incentivo e ela saiu correndo. Ouvi a porta bater e depressa coloquei Robin na cadeira e sai correndo atrás dela.
- Emma ! Gritei quando cheguei a calçada e vi ela correndo na rua.
Fugindo.
Comecei a correr atrás dela mas tinha uma esquina na no meio do quarteirão então quando cheguei perto ela tinha sumido.
- Emma...falei baixinho sentindo minha cabeça pesar e pensar "será que eu já fui assim?".
Sabendo do imã para confusão que a minha criança era eu podia esperar que ela aprontaria. 
Dito e feito.
Andei por 3 quarteirões até que vi uma policial saindo de dentro da lanchonete segurando Emma pelas mãos e com o semblante bem sério.
- Olá...oi, graças a Deus você achou a minha  criança. Falei e ela sorriu.
- É sua então? Que bom, achei que ela estava sozinha por aqui e mesmo sendo um bairro bem tranquilo não gosto de crianças sozinhas por ai. Falou e Emma continuava de cabeça baixa.
- Sim, nós chegamos hoje. Falei já puxando Emma para mim; sentindo ela se apertar contra meu corpo.
Acredito que tenha ficado com medo pois suas experiências com policiais não foram boas e agora num lugar desconhecido encontroou justo com uma policial.
- Sejam bem vindas. Falou.
- Obrigada policial Lucas. Respondi e acariciei a nuca de Emma.  
- Estão perto daqui no hotel ou na casa de alguém? Eu conheço todos aqui pois cresci nesse bairro. Ela falou.
- Estamos com minha irmã. Zelena Mills. Falei e vi o rosto da policial se iluminar.
- Que maravilha. Zelena e a pequena Robin devem estar contentes com a chegada de vocês. Falou sorrindo.
Hummm...Zelena né. Pensei.
- Venham, entrem...eu levo vocês. Faço questão. Só sinto que seja esse o veículo. Ela falou abrindo a porta da viatura para nós. 
Tentei dar um passo mas Emma travou agarrada a minha cintura.
- Ei, o que foi? Questionei.
Não respondeu, só balançou a cabeça se negando a entrar.
- Emma? Chamei levantando sua cabeça para me olhar.
Os olhos verdes estavam brilhantes de lágrimas não caídas e medo.
A puxei para cima e seu rosto se entregou no meu pescoço e suas pernas cruzaram minha cintura.
- O que foi? Sussurro em seu ouvido.
 -La vai me levar pro reformatório. Falou me apertando com os braços
- Ela disse isso? Questionei baixinho.
- Não..o xerife disse que ia avisar todos os seus amigos da polícia que se me pagassem era pra má dar direto pra lá. Falou e eu a apertei.
- Você só vai onde eu for. E eu vou onde você estiver. Não se preocupe com o xerife.Ok? Falei olhando em seus olhos.
- Tá. Respondeu e depois se deitou no meu ombro sem olhar para a policial.
- Eu Vou atrás com ela. Falei e ela acenou que sim.
Foi difícil é tirar no veículo com Emma agarrada em mim como um cola mas consegui e logo chegamos a casa de Zelena.
- Entregues. Policial Lucas falou abrindo a porta para sairmos. 
- Tia Uuuuuuby ! Ouvimos Robin se jogar nos braços da policial e a abraçar forte.
- ROBIN ! Quantas vezes já disse para não correr para a rua. Zelena aparece correndo atrás da filha e ao avistar as duas abraçadas parou com cara de idiota vidrada na cena e trocando o peso sobre os pés.
- Olá Zelena. A policial cumprimentou e e vi as bochechas da minha irmã ficarem da cor de seus cabelos. Hahaha.
- E como minha princesinha está? Peeguntou a Robin com carinho na voz.
- Eu tô de castigo puquê não quis papar. Robin respondeu com um bico fofo nos lábios.
- Mas porque? Voce sabe que precisa papar pra ficar forte. A policial falou.
- Eu sei mas eu tavo esperando a priminha Emma pra papar com eu. Ela disse segurando o rosto da mulher mais velha que só sabia sorrir para a menor.
- Melhor vocês entrarem então, se não o almoço esfria. A policial falou e Zelena se aproximou para pegar a filha de seus braços.
- Não quer almoçar conosco Ruby? Zel perguntou ficando novamente vermelha.
- Eu acabei de almoçar mas quem sabe não fazemos algo na minha folga no domingo? Falou.
- Eeeba ! Chuasco. Robin gritou e as duas sorriram.
Hummmm. 
- uhum. Limpei a garganta e Zelena me olhou adquirindo  um tom a mais de vermelho pelo rosto.
- Assim conheço sua irmã e sobrinha. Falou a policial com simpatia.
- Obrigada policial Lucas. Será um prazer conhecer os AMIGOS da minha irmã. Falei e ela sorriu concordando.
- Marcado então. Domingo lá em casa. Falou e deu tchau a todos. 
- Zelena. Zelena. Falei.
- Depois Regina, depois. Plateia demais. Disse olhando para as duas meninas.
- Melhor entrarmos e dar almoço a elas. Falou e eu concordei a seguindo.
- Quero descer. Ouvi Emma falar e sabia que era por causa do almoço.
- Nada disso. Você vai papar e depois vamos conversar sobre fugir. Está bem? Falei.
- Hunt. Ela fez e ficou quieta até eu a colocar sentada na cadeira e me sentar ao seu lado.
- Eu não tô com fome. Ela falou se contorcendo ao que puxei a cadeira dela para bem perto da minha.
- Mas vai comer nem que seja um pouquinho. você está tomando remédios e não pode ser de estômago vazio. Expliquei e ela fez bico.
- Remedinho de engolir? Robin questionou a Emma que não respondeu.
- É sim querida. Falei.
- É ruim né mas a mamãe tem um remédio com gosto de morango se você quiser priminha Emma pode tomar desse. Robin falou sorrindo para Emma.
- O dela é outro tipo de remédio bebé. Zel falou colocando um prato de macarrão gravatinha com frango e molho em gente a filha e após se serviu. 
- Diz macarrão pois Robin adora e não cria problema para comer quando faço. Zel falou se virando para a filha que estava concentrada em comer.
- Mutô bom. Minha sobrinha falava olhando para a mãe.
Fiz o prato de Emma e coloquei a sua frente; ela não moveu um dedo em direção ao prato.
Peguei o prato dela e coloquei mais macarrão. Ela arregalou os olhos e quase ri.
Comecei a comer no mesmo prato que ela e levei o talher cheio a sua boca. Ela fechou a boca  e ficou virando a cabeça de um lado para o outro. 
- Emma. Não me testa. Falei séria e ela suspirou.
- Não tô com fom...nem deixei ela acabar e enviei a colher na boca dela. 
- Esta gostoso, experimenta e se não gostar não precisa comer. Falei mas ela já estava mastigando com vontade.
Ela comeu bem e Zel pediu a cozinheira que tirasse a mesa e nos fomos para a sala. 
Emma ficou sentada ao meu lado com Lucifer no colo alisando a orelhinha e Robin tentava chamar a sua atenção para brincar. Depois de uma meia hora sem sucesso com Emma; que agora coçava os olhos e se encostava mais em mim no sofá;  Robin  começou a choramingar perto de Zelena.
- Ela nao qué bincá mamãe. Choramingou coçando os olhos e se jogando sobre o sofá.
Zelena se levantou e foi em direção a cozinha, voltando logo.
Entregou um mamadeira  Robin e me deu outra. Robin atacou o leite da mamadeira como se não tivesse comido a meia hora atrás.
Puxei Emma para deitar no meu colo e como não houve protesto soube que estava dormindo pesado. Passei o bico da mamadeira em seus lábios e para minha total surpresa ela aceitou o bico sugando rápido para dentro da boca e suspirando ao final de cada sugada forte.
Sorri vendo seu rosto sereno e calmo.
Olhei para Zelena que tinha Robin  do mesmo jeito em seus braços.
E sorrimos uma para a outra.
- Nossos bebês. Falamos juntas e sorrimos mais ainda.









The other side of painOnde histórias criam vida. Descubra agora