"Lembro-me das minhas tardes de brisa fria que me passavam uma calma extremamente momentânea, tão suave e perfeita. Aqueles momentos pareciam eternos, momentos exclusivamente meus, junto as músicas que saiam do meu fone de ouvido se misturavam com o clima e me trazia uma calma ainda mais surpreendente, era algo inesquecível. E ao pensar que tudo isso se passou e jaz aqui lembranças. E isso me deixa triste, e até desapontado com a vida por saber que ela é tão rápida, faz com que queiramos viver pensando na eternidade e tudo isso não passa de ilusão. E acho que por isso, a vida não permite que nos acostumemos com ela, ou seja, o faz querer aproveitar todos os momentos como se fossem únicos — porque são, e pensar nisso me traz um sentimento de culpa, possivelmente por tantas oportunidades que tive de aproveitar. O meu eu do futuro se desculpa pro meu eu do passado e se eu fosse mandar uma mensagem pra ele ou dizer ao menos algumas palavras eu diria pra ele que aproveitasse por inteiro, que falasse tudo agora porque lá na frente não fará tanta diferença."
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Sob o azul
Non-FictionDias atarefados não parecem tão interessantes quanto nossos ideais.