Haviam se passado três dias desde a descoberta da "filha adotiva" de meu avô. Meu pai e minha mãe a tratavam como da família desde a primeira que a viram, muito receptivos. Já minha irmã, não pareceu se dar bem com ela, e todos percebemos isso.
Pelo que víamos, Ichigo não se dava e nem queria se dar com Zero Two, como se fossem inimigas. Àquilo me irritava, me dava uma sensação estranha...
Mas como estávamos em período de recesso, ainda não tínhamos escola. Hoje, Nana e Hachi iriam fazer nossas matrículas, faltando por volta de duas semanas para as aulas se iniciarem.
Essa "escola" — sendo mais apropriadamente chamada de institutuo de ensino — fazia parte de uma das "colaborações à sociedade" de meu avô, uma escola particular super avançada para filhos de grandes gênios, vizando expanção do conhecimento, em todas as áreas escolares.
Pelo que ouvimos da rosada, até agora, ela só havia estudado em casa, com aulas mestradas por Hachi e Nana, e às vezes, pelo meu avô. Então constatamos que ela fosse realmente inteligente.
Durante a tarde, por volta das duas, minha mãe, eu, minha irmã e Zero Two saímos para fazer a matrícula da mesma, junto alguns papéis dados por Hachi.
Eu havia levado um caderno de meu avô, o mesmo onde ele anotação as coisas sobre a rosada. Ele havia me falado desde pequeno bloco em uma de suas mensagens.
"É curiosa em relação aos outros, apesar de indisciplinada e inconveniente, sem se importar com a reação ou sentimentos alheios." Sentia que com essa garota, eu poderia seguir com os experimentos de meu avô, e dar continuidade às suas pesquisas biológicas, assim como ele havia me dito tempos atrás.
Zero Two não tinha sequer resquícios de um comportamento humanamente correto. Diferente de mim e qualquer outra pessoa civilizada que eu conheça, ela agia de forma extremamente incomum.
Logo saímos da diretoria da escola, pois ela já tinha uma vaga reservada, mas não para aulas comuns, mas sim, para uma pós-graduação em matemática.
Todos nós nos encaramos alheios aquela garota, que parecia tão misteriosa quanto o laboratório do velho Franxx. Pelo seu histórico escolar, a mesma já havia cursado o básico, e tinha outra faculdade com mestrado, em biologia.
A pergunta era: Como? O que ela tinha que os demais não tinham? Como ela podia assimilar tantas coisas em seus plenos 18 anos? Ela não era nem uma adulta... Mas era definitivamente a obra prima de meu avô. Aquele velho realmente tinha planejado tudo...
Tudo naquela garota era estranho, e todos tínhamos notado isso.
(...)
Após nossa ida daquele recinto, Zero Two parecia muito animada no banco de trás do carro, apesar de na vinda ter implicado com o cinto de segurança e ter necessitado sentir o vendo da janela para cessar suas naúseas.
Minha mãe, que dirigia atenta ao trânsito, resolveu iniciar uma conversa para quebrar o silêncio meio desconfortavel no automóvel:
— Então, Zero Two, você nos disse que havia estudado somente em casa. Como já é formada em biologia, sem nem mesmo ter saído de casa? Tenho certeza que tosos nós estamos muito interessados na sua gênialidade! — Tendou manter um tom agradável, pois até ela tinha percebido que aquela garota era meio imprevisível.
— Ah... — A rosada deixou sua cabeça cair sobre seu ombro distraídamente — Eu passava a maior parte dos meus dias estudando. Hachi e Nana se encarregaram de me dar muuuitas aulas. E sempre que eu tinha aulas com o Professor, ele dizoa que eram exames muito importantes que seriam mandados para outros lugares. Acho que foi assim. — Ela deu de ombros sem muito se importar, focando na paísagem de edifícios que se encontrava na janela do carro.
Seu rosto pálido era iluminado pelas luzes brancas do dia, deixando seus olhos verde-água mais azulados. As pequenas luzes batiam em seus chifres, tornando-os levementes mais transparentes.
Seu peito subia e descia conforme respirava, parecia animada por ter saído daquela laboratório que era confina. A forma que ela olhava a paisagem mostrava total deslumbra, porém, eu sentia uma leve fagulha de repugnação transmitida por seus olhos que encaravam o sol.
— O que tanto olha...? — Usou um tom mais baixo para se dirigir a mim. Sem mover seu rosto que estva virado pela janela, seus olhos rapidamente encontraram os meus, deixando a luz que resplandêcia em si e tornando-se mais escuros novamentes.
— Nada. — Quebrei o contado visual que durou poucos segundos.
Seus olhos me lembravam um predador, e eu tinha medo de ser atacado a qualquer momento por ela. Quem sabe eu até teria pesadelos. Não. Sua beleza era ameaçadora, não assustadora.
Definitivamente, aquela garota parecia carregar a morte junto assim, suas expressões a atitudes me lembravam a de um animal acuado pronto para encarar sua presa. Eu poderia me apaixonar por ela.
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Yohhh, pessoal!
Desculpem ter passado um tempo sem escrever!
Gostaria de informa-los que vou passar essa história parar outro perfil (meu também), e se preferirem, podem muito bem encontra-lá lá, onde a manterei atualizada.
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Bestial Girl
FanfictionMeu avô me deixou um presente. Só que, mais específicamente, ele queria que eu continuasse o estudo de sua criação mais trabalhosa e única. Best All Gilrs