tu ressequiu as minhas lágrimas quando eu estava em ruínas.
eu estava com as minhas mãos sob os olhos e lágrimas desciam incessantemente.
e tu viestes ao meu encontro,
mesmo quando não me conhecias.
se deslocaste para aliviar a
minha própria fúria.
dissestes que eu nunca estaria só
quando minhas mãos tremiam em agonia.tu me dissestes palavras de amor,
quando o carrasco me espionavas,
o carrasco que me querias ébria,
temendo a vida
e, amarga.tu querias me salvar de mim mesma.
isso ressoa como um cântico angelical.
tu não poderias me salvar, só eu mesma poderia.
mas se soubesses o quanto ajudaste,
ah, tu passaste
como um vislumbre de amparo.tu inda nem sabia que me amavas tanto,
e me ofereceste socorro,
através do seu desdobramento
mesmo com meu postergar recorrente,
buscaste me dar o apoio que precisavas.tu disseste da sua vontade de segurar minha mão.
e quis, em todas as horas difíceis, ver meu sofrimento passar.
em todos os instantes mais sombrios,
ansiaste me segurar.tu me olhaste com misericórdia quando todos quiseram me crucificar.
tu me olhaste com amor em meio a turbulência.
tu me olhaste e me protegeste em teus sonhos.e agora, digo a ti, com sinceridade
confio tanto em ti que colocaria a minha mão no fogo.
um dos elementos mais belos - e que por coincidência - está presente em meu sangue.me amaste quando eu era um prédio desmoronando.
agora, sou um castelo resiliente,
nos meus lábios há um lumaréu crepitando
mas prometo a ti, que quando me beijares, não irei queimar.
e muitos menos fazê-lo réu de minhas chamas.
mas sim te trazer a luminosidade decorrente desse fogaréu.
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textos cruéis demais para serem lidos rapidamente.
PoesiaPlágio é crime! méritos ao autor(a) do livro ou textos. obs: não tem uma ordem de capitulo, leiam como preferirem.