Uma Nova Garota

Capítulo 12

- Tenho ótimas notícias - dr.Perry entra na sala de consulta com um otimismo encantador, e eu imediatamente fico em um alerta animado.

- O que foi doutor ? Está tudo bem com minha perna, não é? - nervosamente torço minhas mãos em meu colo.

- Sim, está sim , sua recuperação está ótima, você está bem na fisioterapia, e sua perna melhorou bastante depois que tiramos o gesso, o enchasso passou e você só precisa de algumas sessões a mais na fisioterapia e mês que vem já pode voltar ao ballet - ele sorri pra mim e uma onda de alívio me alcança, sinto tanta saudade de dançar.

- Poxa que alívio, obrigada dr.Perry - sorrio pra ele,apertando sua mão me preparando pra levantar.

- Você ainda está com o Hayes? - ele pergunta de um modo misterioso, me fazendo estranhar sua pergunta.

- Ah sim, estamos juntos sim - digo educadamente - Mas obrigada, vou seguir com tudo o que me transcreveu, até mais.

Saio rapidamente do seu consultório, achando estranho a atitude do dr.Perry, mas sou distraída desse pensamento com meu celular tocando, é a tia Emma.

- Tia!! Que saudades!! - exclamo pra ela.

- Kathy querida deixa de bobagem, nos falamos semana passada - ela ri de mim com carinho - Então como foi a consulta? Como estão vocês dois ?- ela me bombardeia de perguntas que me faz revirar os olhos.

- A consulta foi boa tia, nem acredito que depois desses três meses, só vai faltar um pra eu voltar a dançar, sinto tanta falta disso- murmuro com saudades.

- Ah querida, eu sei, bem,fico feliz por você estar bem e com a sua recuperação,só te liguei pra saber se está bem mesmo querida.

- E você está bem tia? Está feliz?- pergunto preocupada.

- Não poderia estar melhor Kathy!! Minha carreira está alavancando , estou a ponto de reformar minha casa e minha sobrinha está realizando o sonho dela com um cara legal com ela, sinto que tirei a sorte grande - ela exclama com um entusiasmo gigante, me fazendo ficar tímida.

- Ah bem, obrigada por sempre estar comigo tia, eu te amo muito - lágrimas salpicam no meu olho mas pisco várias vezes pra sumir.

- Eu também te amo muito lindinha, mande beijos pro Aodhan e se cuida, ok ?

- Ok tia, beijos!!- desligo o celular e aperto o botão do elevador, mas alguém me abraça por trás de um jeito carinhoso e eu imediatamente já sei quem é.

- Oi princesa - ele beija meu pescoço e me vira pra ficar de frente pra ele, que como sempre estava de tirar o fôlego. Terno sob medida por baixo do jaleco, sempre me derreto quando vejo ele .

- Oi papai- digo baixinho só pra ele ouvir e em troca recebo um beijo suave.

- Como foi a consulta?- ele olha pra mim me avaliando inteira no modo preocupado e curioso.

- Ah foi ótima, daqui um mês vou poder voltar a dançar e até a trabalhar - digo calmamente a última parte e observo a mesma expressão de sempre desses últimos três meses, ele não quer que eu trabalhe e fica com cara fechada quando eu menciono isso.

- Bem, vamos ver- ele pega minha mão e me conduz até seu escritório do hospital.

Sempre quando eu venho aqui eu fico fascinada com a luxúria, principalmente nos andares superiores que são de tirar o fôlego, é onde fica a diretoria, o papai fica com o penúltimo andar porque, bem ele é o vice diretor e a Gisele fica com o último inteiro, é extremamente tudo muito luxuoso, as vezes penso se estou sonhando estando num lugar assim.

- Marta não quero ser incomodado, cancele a consulta de agora, remarque hoje a tarde - Marta é a secretaria do papai e ela é bem legal, tem uns 50 anos é baixinha e muito profissional, e as vezes deixa ele louco porque ela rebate umas ordens dele.

- Não posso remarcar agora dr.Hayes, essa consulta é de extrema importância, foi o senhor que disse, e hoje a tarde tem a reunião da diretoria com os acionistas, você não pode perder - ela diz enfática e até eu vejo que ela está com razão porque papai xinga e começa a falar de horários com ela, que eu particularmente ignoro.

Tudo parece tão limpo e arejado aqui, essa área é toda privativa e só poucas pessoas tem acesso a ela, questão de segurança, o papai sempre diz. Sinto uma vontade de fazer xixi, mas seguro por um tempo. Pego meu celular pra distrair, mas o assunto é bem extenso entre Marta e papai porque eu fico uns bons minutos jogando no celular, a vontade de ir ao banheiro é mais forte do que eu e eu anuncio que vou.

- Vou no banheiro - aviso a ele, mas ele segura a minha mão não deixando eu ir a lugar algum. Mas o problema é que estou muito apertada e não sei se aguento,respiro fundo várias vezes, puxo a mão dele chamando a atenção mas ele esta muito absorto,e inevitavelmente faço xixi ali mesmo na frente da secretária do papai.

Marta é a primeira a ver o que aconteceu e exclama chocada, eu começo a chorar baixinho e papai absorto em um documento percebe o meu choro e vê aquela cena toda, ele me arrasta pra dentro de seu escritório mais rápido que consegue, gritando ordens a Marta pra limparem o chão de madeira e eu só me escondo pra perto dele, querendo me enfiar num buraco.

- Como isso aconteceu? - ele pergunta tirando minha roupa toda, me levando no banheiro privativo - Fique aqui - ele comanda e eu o obedeço, sento no vaso e soluço mais ainda culpada por não segurar um xixi. Papai chega no banheiro com uma toalha nova e eu me levando do vaso secando as lágrimas.

- Desculpa papai, eu não sei como isso aconteceu, eu sinto muito - tento não chorar mais, mas é muito difícil, eu o envergonhei na frente da secretaria dele.

- Venha cá Kathy - sigo seu comando e o abraço, enterrando meu rosto em seu peito e soluçando mais ainda - shh, calma bebê não precisa chorar, estou aqui - me acalmo com seus beijos e palavras carinhosas - Agora me explica o que aconteceu? Isso nunca aconteceu antes em público.

- Eu não sei, só aconteceu, e você não deixou eu ir pro banheiro e eu me desesperei e saiu - digo baixinho morrendo de vergonha.

- Bem, isso não vai mais acontecer, a partir de agora você vai usar fraldas em público, e não quero reclamações- estava pronta pra rebater, mas já sei que era uma luta perdida, então só concordei- Venha, vou dar um banho em você.

Ele me põe debaixo do chuveiro e me da um banho rápido, felizmente ele sempre leva uma bolsa no carro dele pro caso de emergências, ele diz, Marta pegou no carro e deu pra ele, a bolsa tinha de tudo pra um bebê, fraldas, roupas, brinquedos, chupetas e mamadeira.

O escritório do papai reflete muito o seu apartamento, é amadeirado e masculino e muito luxuoso e eu me sinto em casa aqui, já vim aqui mas poucas vezes.Ele transforma o sofá em uma cama e me deita nele, colocando uma fralda e um vestido rosa com babados em mim, além de um laço no cabelo combinando com o vestido.

Papai me pega no seu colo, me deitando, coloca a mamadeira na minha boca, me balançando vagarosamente me deixando sonolenta, ele sempre tem esse efeito em mim, e , lentamente caio no sono.