Tá, talvez tenha demorado uns meses sim.
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Demetria corre incansavelmente pelas ruas de nova york. Ela não quer se atrasar, aliás, nem pode. Mas ela não tem culpa se os metrôs de uma cidade tão populosa não aguentam a demanda as vezes. "Você ainda é jovem e tem fôlego, menina", sua avó dizia, porém o oxigênio que ela deveria usar para seus pulmões deve ter entrado em combustão pelo fogo de seu...
Oh, esquece.Ela para por alguns momentos, sentindo a clara palpitação de seu coração e seu ar faltando. Ainda faltavam duas quadras. Mas não fazia mal, afinal não é todos os dias que se consegue uma entrevista por suas notas altas na faculdade de Jornalismo no The Feminist Newspaper, o primeiro jornal inteiramente feminino dos Estados Unidos, odiado por muita gente, mas amado, e principalmente patrocinado, por mais gente ainda.
Corre mais um pouco sentindo seus pulmões gritarem por ajuda, agradecendo a Deus por ter chegado alguns minutos antes do esperado no prédio enorme de cor azul que se estendia até quase tocar o céu.
Sim, azul, afinal cor de menina é a cor que ela quiser.Demetria adentra o local claramente nervosa, cumprimentando a recepcionista com seu melhor sorriso, informando seus dados logo em seguida.
- Então você é a Lovato, certo? A garota que veio para a entrevista hoje.
- A própria.
- Sente-se, você parece cansada. A senhorita Gomez logo te chama.
Agradeço a mesma, me sentando após pegar um copo de água no filtro mais próximo. O tempo passa, tal como as pessoas no prédio, o que me faz prestar atenção em qualquer outra coisa, afinal o déficit de atenção é um defeito que tenho. Observo a sala, e minha mente viaja, imaginando coisas sem muita relação umas com as outras, o que me faz ficar estática encarando o chão a minha frente.
- Lovato, chegou a hora. Lovato? - Ouço alguma voz me chamando, o que me faz sair de meus pensamentos, olhando para quem havia me chamado.
- Uh... - Levanto a cabeça, observando-a. - Perdão, senhorita Gomez...
- Está tudo bem, entendo que esteja nervosa. Vamos?
- Claro... - Demetria pragueja mentalmente por ter cometido tal gafe não estando nem em seu primeiro dia, porém simula que tudo está bem e segue até o elevador, onde sobe junto com Gomez até o quinto andar, que é onde fica a sala da mesma. Caminha por entre mesas de colunistas ocupadas com várias matérias, e admira seu tão bonito trabalho ao fazer este jornal funcionar. Adentra a sala de Gomez, observando as rosas e a pintura que decorava o local. Ela sente sua nuca arrepiar, ao sentir sua futura, ela esperava, chefe chegar perto dela.
- Sente-se, senhorita.
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Sorry, I'm in love with u.
Romanceonde Selena, a dona do maior jornal feminino dos Estados Unidos, acaba se apaixonando pela colunista novata.