"Kyung... Só mais um pouco Kyung, só mais um pouco e eu vou te pegar, vou te libertar, eu prometo"
A voz de Chanyeol ecoava de longe e Kyungsoo a ouvia cada vez mais distante, ele enxergava um vulto no fim da sua rua, mas não o alcançava, não conseguia se mover naquele chão movediço... Ele precisava ficar, aquilo era o que Chan queria, porém... O que significava?
Kyungsoo rolou na cama e então se espreguiçou, nunca dormira tanto, se sentia um urso hibernando. Por alguns segundos sua mente ficou em branco, um sonho... Era importante. Mas o que era?
— Bom dia.
A voz do senhor Craiova soou suave. Ele deixou para pensar no sonho depois.
Soo abriu os olhos, o lorde estava sentado na beira da cama.
— Já é outro dia?
Ele olhou para a janela agora aberta, estava escuro.
— É madrugada, mas logo irá amanhecer.
— Não acredito que dormir tudo isso!
— Estava cansado.
— Isso não é desculpa.
Kyung ficou de lado e olhou para o aristocrático vampiro tão à vontade quase aos seus pés. Ele se sentiu de repente acanhado e se virou para o outro lado levantando e dizendo sem olhar para ele:
— Eu posso Ah... Ficar um pouco sozinho, eu preciso...
— Claro - Ele se levantou e o já habitual casaco escuro estava em seus ombros quase até o pé — Lembra-se do meu escritório? Estarei lá a sua espera.
— Tudo bem.
Kyungsoo o viu sair silencioso e suspirou assim que a porta se fechou. Ainda se sentia um estranho ali, como iria fazer para ficar à vontade com ele? Tinha dormido ao lado dele! Como podia ainda se envergonhar?
— Por que você é assim!
Respondeu para si mesmo, ainda era um interiorano, quisesse ou não.
Sacudindo a cabeça para ver se colocava as ideias em ordem ele foi para o banheiro e tomou um longo banho, depois caminhou de toalha pelo quarto sem saber o que fazer, não tinha roupas.
Estava pronto a vestir as mesmas peças quando uma batida leve soou na porta seguida pela voz do mordomo:
— Senhor Do? - Soo foi até a porta e abriu uma fresta, Armand estava do outro lado segurando várias caixas — Posso entrar?
— Claro.
Ele abriu mais a porta e o mordomo entrou colocando tudo na cama.
— Se precisar de algo mais até amanhã é só me dizer, estou esperando a leva completa, mas ela só vai ser entregue à tarde. Prefere tomar o chá aqui ou na companhia do mestre? - Kyung encarou o velho homem meio chocado, ele o tratava mesmo como uma pessoa especial ou algo assim? — Senhor Do? Onde quer seu chá?
Repetiu prático. Soo gaguejou, mas conseguiu responder.
— Ah... Lá com o senhor Craiova eu acho... Quer dizer...
— Como quiser.
Ele se curvou e saiu fechando a porta silencioso.
— Meu deus!
Ele se voltou para as caixas e as abriu uma a uma, o choque só foi aumentando à medida que roupas esportes, conjuntos completos e sociais, sapatos e roupas intimas de uma das marcas mais caras que conhecia iam surgindo entre os papéis de ceda. Cintos e meias completavam um vestuário de cores claras e chiques que nunca imaginou usar na vida. Deslumbrado demais para não provar, ele vestiu tudo encantado com a precisão em tamanho e em gosto, coisas que sempre desejou, mas nunca pode ter, coisas bonitas, suaves.

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Yin and Yang
FantasyKyungsoo era só mais um dos muitos funcionários que trabalhavam naquele hotel e bar de luxo. Não tinha nada demais ou assim pensava, contudo, um dos mais poderosos lordes vampiros do reino tinha uma opinião diferente e estava prestes a entrar na vid...