Como posso começar...? Meu nome é... qual meu nome mesmo...? Er... Não me lembro muito bem mas pelo menos eu sei minha idade. Eu tenho... Acho que não, não lembro mesmo...
E que lugar é esse? Por acaso perdi a memória ou ela foi apagada por algo ou alguém? Não sei...
A unica coisa que sei é que sou uma garota indefesa em um lugar onde provavelmente não é onde eu moro, é apenas uma impressão mas quem mora em uma... Vila abandonada? É isso? Bem, a única coisa que vejo são duas casas de madeira muito velhas, uma árvore meio morta e... Uma... Floresta? Realmente não faço idéia de onde estou mas exalo uma imensa certeza de que não conheço este lugar... Acho que vou dar uma passada nas casas para ver se tem algo ou alguém que me ajude, pois mesmo sendo abandonado não quer dizer que não seja perto da população.— Olá... Tem alguém aí!? [Eu]
Gritava enquanto entrava na casa a esquerda, e observei atentamento ao meu redor para o caso de algo acontecer, com essa situação estranha em que me encontro pode acontecer toda e qualquer coisa... Vejo dois sofás velhos um sendo vizinho do outro dividindo cantos diferentes, uma mesa de centro com algumas louças pouco importantes em cima e uma lareira fria e apagada como uma vela que passou pelo vento tempos atrás, logo percebo que não tem ninguém, não há um sinal de vida, não há uma bactéria, não existe sinal de nenhuma alma no local, estava totalmente vazio, estava vazio como um deserto ou uma vila abandonada com uma bola de palha passando, não havia um som de inseto ou ruído de algo ou alguém, apenas o som do vento batendo sobre os móveis bem velhos e antigos, tinham uma aparência tão antiga que posso facilmente me confundir com um objeto de Atlântida que passou muito tempo embaixo do mar sendo deteriorado, ou com os objetos de milhares de anos atrás dentro de uma pirâmide egípcia.
Bem, isso é apenas uma maneira exagerada de pensar mas sei que não vou encontrar o que procuro aqui, minha intuição me diz que não devo continuar procurando, minha intuição entre aspas, mas apenas um sentimento ou um pensamento bem estranho que vem em minha mente. Observando direito há poeira no chão, não era uma poeira simples mas uma poeira especial que indicavam que alguém esteve por alqui há pouco tempo, eram poeiras de pegadas. Ao ir para a cozinha velha percebi que a chaleira ainda estava quente. E o que isso significava? Que é hora do chá? Não, mas que alguém esteve há muito pouco tempo por aqui e não quer se revelar, provavelmente ainda está aos arredores e percebo que é hora de eu ir investigar a casa da direita, porque é a única coisa perto dessa casa, ninguém ficaria atrás de uma árvore morta ou um arbusto pequeno o qual não cabe uma pessoa.
Ao dar meia volta e passar pela porta, vou em direção a outra casa, mas fico totalmente chocada no momento em que olho para trás, foi um choque tão imenso que fiquei congelada e de boca aberta, fiquei dormente incapaz de me mover ou sentir algo pois sentia que minha visão estava me enganando, rapidamente passei a mão esfregando os olhos para assim olhar novamente pra direção em que eu olhava anteriormente, e foi no momento em que fiquei chocada uma segunda vez.— Waaaa!? [Eu]
Observei uma superfície totalmente lisa e branca, onde a textura era leve e fina, eram vários tons diferentes de branco e a porta azul com uma textura mais áspera como se fosse de madeira que eu no caso achava que era madeira... Os vidros com tons claros de azul e cinza o qual não sei definir a cor certa, porem haviam dois andares, era uma casa totalmente nova e bela que eu estava vendo, uma com a estrutura totalmente diferente da casa velha e acabada que eu acabara de observar.
— Que macumba é essa!? O que!? [Eu]
De repente vi um velho de chapéu de palha bem grande com uma aparência incomum, carregando pirulitos no único bolso de sua camiseta e usava calças largas a qual não permitia ver seu calçado, o mesmo senhor dizia:
— O que fazes uma jovem de cabelos, olhos e boca de tons azulados sobre meu terreno? [Velho]
— Desculpe, estou perdida, qual seu nome senhor? [Eu]
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Kanjika
AdventureImagine você, acordando sem lembrar o seu próprio nome apenas com uma possível pista de uma letra.