Poema escrito pela autora Débora Falcão especialmente para o capítulo 7 do livro "Outono".
Escuridão cega-me
Em meio aos sons incessantes
De vagas inconstantes
Perdido em alto mar.À deriva e sem rumo
Meus pés perderam o prumo
Lançam-me para lugar nenhum
Não consigo me firmar.Chuva que castiga
Como pontiagudas facas,
Cravam-me como estacas
Sem absoluto pesar.Coração e mente
Perdido simplesmente,
Quem sabe ou imagina
Onde irei aportar?Mágoa que afoga,
Emoção que embota
Mente e coração,
Como posso me salvar?Objeto flutuante
Toca-me em instantes,
Seguro-me em desespero
Para não me afogar.De braços abertos
Madeira firme e boa,
Não estou mais à toa:
Parei de afundar.Ainda há água,
Ainda há chuva,
A noite é escura,
Mas posso respirar.
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Outono
Historical FictionUma tradição outonal em 2015 leva um garoto de 12 anos a conhecer um segredo por trás de Lilleo, uma bela propriedade produtora de maçãs numa ilha dinamarquesa pertencente à sua família por gerações. Uma história comovente, do nascimento de um amor...